RUGENDAS. (Johann Moritz) HABITANTE DE GOYAS, QUADRO A ÓLEO PINTADO SOBRE MADEIRA.

     
 
 

Recuperar password

Livros disponiveis: 78920

English   
 
   

Clique nas imagens para aumentar.



RODRIGUES LOBO, Francisco. CORTE NA ALDEA E NOITES DE INVERNO

DE FRANCISCO RODRIGVEZ LOBO. (Marca do impressor) EM LISBOA. Com Licença da S. Inquisição, Ordinario, & Paço. Por Pedro Craesbecck Impressor del Rey. Anno 1630.

In 4º De 18,8x13,7 cm com [ii], 161 (aliás 159) págs.

Encadernação do século XIX inteira de pele com título em rótulo vermelho e ferros a ouro.

Impressão adornada com capitulares xilográficas decorativas, cabeções, tarjas e florões de remate. O corpo do texto impresso em carateres redondos, tendo sido utilizados belos carateres itálicos para as citações de outros autores, contos e histórias exemplares inseridas no texto, que são indicadas por títulos impressos nas margens.

A edição apresenta os seguintes erros tipográficos de foliação: tem 3 por 2, 69 por 71, 89 por 94 e salta de 117 para 120. As folhas preliminares incluem as licenças e uma lista dos «Livros que são impressos do autor».

Exemplar com leves machas de humidade e assinatura de posse coeva [J. M. S.?] na folha de rosto por cima da marca do impressor, constituída por três iniciais, que se repete no verso da última folha, e outra assinatura de posse também na folha de rosto datada de 1829. Está enriquecido com sublinhados e anotações coevas nas folhas 113 a 115 e na 133. 

Raríssima 2ª edição. Não consta dos principais catálogos de leilões e livrarias, sendo excepção o Monteverde. Foi traduzida para castelhano pela primeira vez em 1623, editada em Córdova, e reeditada em Valência no ano de 1793. A B. N. P. apenas apresenta um exemplar desta segunda edição, sendo que da primeira o único exemplar que possui se encontra incompleto e Inocêncio “nunca viu qualquer exemplar”.

Trata-se de uma das mais célebres obras da literatura portuguesa do Século XVII, da autoria de um poeta e escritor clássico da literatura portuguesa famoso no seu tempo. A obra mostra já algumas caraterísticas barrocas, nomeadamente no diálogo sobre os encarecimentos, utilizando comparações com recurso a hipérboles.  

É um manual de saber viver nas esferas mais elevadas da sociedade, mas com regras que podiam ser usadas por outros extractos sociais, muitas delas ainda hoje em uso.   

Apresenta-se como um tratado, em forma de diálogo, sobre as normas de comportamento próprias das pessoas de qualidade, que tem como modelo Il Cortigiano de Baldassare Castiglione, célebre obra do renascimento italiano que inaugurou este género literário e se tornou no seu paradigma. Rodrigues Lobo designa a sua obra de Corte na Aldeia, aludindo provavelmente ao facto de ao tempo não existir corte em Portugal devido ao país estar a ser governado por reis Espanhóis.

Inclui preceitos sobre a maneira de escrever cartas, de participar em embaixadas e visitas, sobre os encarecimentos, sobre os sentimentos de amor e da cobiça, sobre as formas mais elegantes e próprias a observar na conversação, sobre as cortesias, sobre os frutos da liberalidade e sobre as diferentes formas de ensinar os jovens, na corte, no exército e nas escolas.   

Francisco Rodrigues Lobo (Leiria 1580 - Lisboa 4 de Novembro de 1621) grande escritor e poeta português, influenciado por Camões, com uma prosa de alto nível estético e uma poesia de sabor quinhentista, muito individualizada em relação ao meio literário onde viveu já no período maneirista e com os primeiros prenúncios do estilo barroco. Lobo tem uma forte ligação a Leiria e ao rio Liz, que são o cenário de várias das suas obras.            

Afonso Lopes Vieira. In Prefácio à edição dos Clássicos Sá da Costa em 1945: «Este foi, pois, o livro glorioso que veio abrir um ciclo de obras-primas nas letras portuguesas.»  

 

 In 4º. 18.8x13.7 cm. [ii], 161 (159) pp.

Binding: 19th century full calf, title on red label and gilt tools.

Decorative woodcut capital letters, vignettes and end fleurons. Text printed in round characters, with italic fonts used for the citations of other authors, tales and histories included in the text, which are highlighted by titles printed in the margins.

This edition has the following pagination errors: 3 instead of 2, 69 instead of 71, 89 instead of 94 and a jump from page 117 to 120. The first pages include the licenses and a list of the “books published by the authors”.

Copy with slight traces of damp and contemporary ownership title with three initials [J. M. S. ?] on title page above the printer’s device, repeated in the back of the last page, and yet another ownership title on title page dated 1829. There are several contemporary underlines and notes on folios 113 to 115 and 133, which enrich the text. 

Rare second edition. I tis not mentioned in the main auction catalogues and libraries, except for Monteverde. It was translated for the first time into Spanish published in Cordoba in 1623, and later republished in Valencia in 1793. The Portuguese National Library (BNP) has only a copy of this second edition, and an incomplete copy of the first. Innocencio “has never seen the first edition”.

It is one of the most celebrated Portuguese literature works from the 17th century, by a well-known, and famous in his time, writer and poet. This work already introduces some of the characteristics of the baroque, like the use of hyperboles.  

This is a manual to live within the high spheres of society, but with rules that can be used by other social classes, being most of these rules used till today.   

It is presented as a treatise, using dialogue to speak about the behaviour rules for “quality” people, having as a model Il Cortigiano [The Courtier] by Baldassare Castiglione, a renowned work of the Italian Renaissance, which launched this literary gender and became its paradigm. Rodrigues Lobo titles his work the “Village Court”, probably implying that there was no court in Portugal at the time, since the country was being governed by the Spanish Crown.

It includes rules to write letters; how to participate in embassies and visits; the proper use of hyperboles in speech; the feelings of love and greed; the most elegant and proper ways to take into account in conversation; the courtesies; the results of liberality; and the different ways to teach youngsters in court, the army and at school.   

Francisco Rodrigues Lobo (Leiria 1580 – Lisbon November 4th, 1621) famous Portuguese writer and poet, influenced by Camões, with a prose of high aesthetic level and a poetry with a fifteen century taste, that stood out from the literary scene at the time, in the Mannerist period with the first hints of the Baroque period. Lobo has a strong connection to Leiria and the river Liz, background for many of his works.            

 

Ref.:

- Afonso Lopes Vieira. In Prefácio à edição dos Clássicos Sá da Costa em 1945: «Este foi, pois, o livro glorioso que veio abrir um ciclo de obras-primas nas letras portuguesas.»  

- Ricardo Jorge. Francisco Rodrigues Lobo. Coimbra. 1920. págs 398 e 402.

- Monteverde 4626.

- Costa e Silva. Ensaio Biográfico. V, 5-112. «A prosa principalmente lhe deveu um grau de elegancia, de harmonia, e de pureza de que até então havia carecido.».

Inocêncio III, 46-48.

 

 


Temáticas

Referência: 1401NM001
Local: M-9-F-7

Indisponível





Caixa de sugestões
A sua opinião é importante para nós.
Se encontrou um preço incorrecto, um erro ou um problema técnico nesta página, por favor avise-nos.
Caixa de sugestões
 
Multibanco PayPal MasterCard Visa American Express

Serviços

AVALIAÇÕES E COMPRA

ORGANIZAÇÃO DE ARQUIVOS

PESQUISA BIBLIOGRÁFICA

free counters