Estes Cadernos saõ Aquelles que o Pe. António Vieyra. S/d. S/L [Lisboa?].

In folio (de 28x22 cm) com 154 fólios inumerados.

Encadernação da época inteira de pele com ferros a ouro na lombada.

Manuscrito calígrafo a uma só mão firme e legível, redigido sob pena de prisão no cárcere da Inquisição tal como nota no início do texto: «Estando recluso na custódia do Santo Officio Apresentou aos Snrs. Inquisidores Pera Mostrar Trabalhava Em responder Ao que se lhe Arguia». Nota manuscrita por outra mão em despacho no canto superior da folha de rosto: «Este Livro deve estar muito guardado debaixo de Chave e a ninguém se empreste porque é muito desejado, e não tem preço».

Obra manuscrita por um recluso, tratando-se de uma tentativa de encontar uma «terra nova» e sem males que os profectas como o Bandarra sugeriram com sendo uma Nova Atlântida, também sonhada por Francis Bacon em 1627; ou a Cidade do Sol, de Campanella (1602), e a Utopia (1516). Estas foram normalmente ilhas perdidas em algum lugar do Oceano Atlântico, descobertas por navegantes portugueses e descritas por Rafael Hitlodeu a Thomas Morus.