RUGENDAS. (Johann Moritz) HABITANTE DE GOYAS, QUADRO A ÓLEO PINTADO SOBRE MADEIRA.

     
 
 

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NATIVIDADE. (Frei António da) SYLVA DE SVFFRAGIOS

Declarados louuados encõmendados pera cômu[m] proueito deuiuos e defuntos. PELO. P. F. ANTONIO DA NAtiuidade daordem dos Eremitas de S. Augustinho da Proui[n]cia, de Portugal &c nella leitor jubilado da sagrada Theologia. Imprimiu Manoel Cardozo impressor de liuros, No Collegio de N. S. do Populo de Braga. era 1635.

In 8.º de 21x15 cm. Com [i, com frontispício gravado], [xvi], 360, [xxviii] fólios. Encadernação da época em pergaminho flexível com título manuscrito na lombada.

Ilustrada com um magnífico frontispício gravado assinado Francisco de Deuras, que será Francisco de Évora, com motivos emblemáticos, representações de São Pedro, Santo Agostinho, de São Nicolau Tolentino, ao alto, ao centro, protector das almas do Purgatório e tendo o brasão de D. Isabel da Silva, em baixo, a quem é dedicada a obra e que era irmã do Arcebispo de Braga, D. Rodrigo da Cunha.

Exemplar com ex-libris coevo de «Frei João de Jesus Maria José, Monge de S. Bento. Foi da Livraria». Pertence a uma variante desta edição, que se distingue de outra por ter 360, xxviii, em vez de 358, xxx fólios. 

Raríssima impressão bracarense, única edição desta obra já muito rara no tempo de Inocêncio. Foi traduzida em castelhano, por Fr. Diogo Noguera, com edições em Madrid, 1648, Saragoça, 1649 e depois em Madrid, 1666.

Muito importante para o estudo do culto das almas do Purgatório, em Portugal e, em especial, na região de Braga no século XVII, que tinha grande expressão na sociedade e dava origem a um vasto conjunto de costume e formas de associação dos fiéis que marcaram profundamente a cultura nacional até aos nossos dias. É também uma notável obra literária escrita numa prosa cadenciada, de grande beleza e riqueza.

Frei António da Natividade pregou durante muitos anos em irmandades das almas do Purgatório, sob a invocação de São Nicolau Tolentino ligadas à sua ordem religiosa em Portugal.

Por isso, nesta obra, explica todas as questões relativas ao Purgatório e às almas que nele esperavam a purificação. Está divida em sete partes, designadas por livros, como era costume na época. Na primeira o autor refere o estado das almas do purgatório, na segunda demonstra a eficácia dos sufrágios; na terceira refere a sua excelência, ou seja, o seu valor; na quarta os interesses, isto é, demonstra que a devoção às almas do Purgatório é também de grande proveito para os vivos; na quinta trata da obrigação que todos os católicos têm de oferecer sufrágios; na sexta enumera as obras que se podem oferecer em sufrágio e na sétima explica como deviam ser celebrados os sufrágios pelas almas.

A existência do Purgatório infere-se da escritura sagrada e da tradição da Igreja e foi solenemente definida pelo Concílio de Trento, 1563, começando desde essa data a aumentar muito o número de confrarias dedicadas a sufragar as almas que estavam no Purgatório, assim como o costume de deixar legados para a celebração de missas pela alma do testador.

Frei António da Natividade (Lisboa, 1592? - Lisboa, 2 de Novembro de 1665) Eremita Augustiniano, professou em 16 de Setembro de 1607. Foi Mestre nos conventos de Lisboa, Évora e Coimbra da sua Ordem e Capelão do Convento da Penha de França. É autor das seguintes obras: Tratado da devoção da Corrêa de Sancto Agostinho. Lisboa, 1627; Sermão nas exequias [...] do Sr. D. Rodrigo da Cunha, Arcebispo da mesma cidade, Josué portuguez. Lisboa, por Antonio Alvares, 1643; Stromata Oeconomica, Olyssipone, 1653, (2.ª ed. Paris, 1656); Montes de corôas de Sancto Agostinho, Lisboa, por Henrique Valente de Oliveira, 1663.

 In octavo. 21x15 cm. [i, with engraved frontispiece], [xvi], 360, [xxviii] folios. Contemporary binding in flexible parchment with handwritten title on the spine.

Illustrated with a magnificent engraved frontispiece signed Francisco de Deuras, who will be Francisco de Évora, with emblematic motifs, representations of St Peter and St Augustine and bearing the coat of arms of Lady Isabel da Silva, to whom the work is dedicated and who was the sister of the Archbishop of Braga, Rodrigo da Cunha.

Copy with coeval ex-libris of "Friar João de Jesus Maria José, Monk of St Benedict. It belonged to the Library".

A very rare printing from Braga, the only edition of this work, which was already very rare at the time of Inocêncio. It was translated into Spanish by Friar Diogo Noguera, with editions in Madrid in 1648, Zaragoza in 1649 and then Madrid in 1666.

Very important for the study of the cult of the souls in Purgatory, in Portugal and especially in the region of Braga in the 17th century, which had great expression in society and gave rise to a vast array of customs and forms of association of the faithful that have profoundly marked national culture to this day. It is also a remarkable literary work written in a cadenced prose of great beauty and richness.

Friar António da Natividade preached for many years in brotherhoods of the souls in Purgatory, under the invocation of St Nicholas Tolentine, linked to his religious order in Portugal.

Therefore, in this work, he explains all the issues relating to Purgatory and the souls who awaited purification in it. It is divided into seven parts, called books, as was the custom at the time. In the first, the author refers to the state of the souls in Purgatory; in the second, he demonstrates the efficacy of suffrages; in the third, he refers to their excellence, that is, their value; in the fourth, to their interests, that is, he demonstrates that devotion to the souls in Purgatory is also of great benefit to the living; in the fifth, he deals with the obligation that all Catholics have to offer suffrages; in the sixth, he lists the works that can be offered in suffrage; and in the seventh, he explains how suffrages for souls should be celebrated.

The existence of Purgatory is inferred from sacred scripture and Church tradition and was solemnly defined by the Council of Trent in 1563. Since then, the number of brotherhoods dedicated to suffraging the souls in Purgatory has greatly increased, as has the custom of leaving legacies for the celebration of Masses for the soul of the testator.

Friar António da Natividade (Lisbon, 1592? - Lisbon, 2 November 1665) Augustinian hermit, professed on 16 September 1607. He was Master of his Order's convents in Lisbon, Évora and Coimbra and Chaplain of the Convent of Penha de França. He is the author of the following works: Tratado da devoção da Corrêa de Sancto Agostinho. Lisboa, 1627; Sermão nas exequias [...] do Sr. D. Rodrigo da Cunha, Arcebispo da mesma cidade, Josué portuguez. Lisboa, por Antonio Alvares, 1643; Stromata Oeconomica, Olyssipone, 1653, (2.ª ed. Paris, 1656); Montes de corôas de Sancto Agostinho, Lisboa, por Henrique Valente de Oliveira, 1663.

Referências/References:

Norberto Tiago Gonçalves Ferraz – O Purgatório e a salvação da alma na Braga de setecentos. Revista M. Vol. 1, n. 2, Rio de Janeiro, 2016, p. 295-319.
Iberian Books, B38837 [50087].
Dr. Afonso Lucas, 697. 
Ernesto Soares, História da Gravura, I, pág. 239, n.º 743. 
Ameal, 425. 
Azevedo e Samodães, 2194.
Nepomuceno, 1177. Com xvii, 358, xxx págs, 
Palha, 31.
Inocêncio, I, 211.
Barbosa Machado, I, 337-338.


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Referência: 1508JC023
Local: M-3-C-23


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