RUGENDAS. (Johann Moritz) HABITANTE DE GOYAS, QUADRO A ÓLEO PINTADO SOBRE MADEIRA.

     
 
 

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DICCIONARIO DA LINGOA PORTUGUEZA. Publicado pela Academia Real das Sciencias de Lisboa.

DICCIONARIO DA LINGOA PORTUGUEZA PUBLICADO PELA ACADEMIA REAL DAS SCIENCIAS DE LISBOA. TOMO PRIMEIRO. A [único publicado]  LISBOA NA OFFICINA DA MESMA ACADEMIA. ANNO DE M. DCC. XCIII. Com licença da Real Meza da Comissão Geral sobre o exame, e Censura dos Livros.

In fólio de 40x26cm. Com 543 págs.

Encadernação do século XIX com cantos e lombada em pele.

Exemplar com Ex-Libris de Oliveira Simões.

Trata-se da primeira edição do famoso 'Dicionário da Academia' do qual só dois séculos mais tarde saiu uma edição completa.

A obra apresenta, no seu início, um extenso e importante catálogo bibliográfico dos autores e obras clássicas da literatura portuguesa, por ordem de grandeza literaria,  num total de 100 páginas. Segue-se o dicionário da letra A até á palavra Azurrar.

Segundo Inocêncio os seus 2 dos seus autores ficaram cegos antes de poderem terminar a obra e o terceiro com a saúde extremamente debilitada.

Inocêncio IX, 137. 'DICCIONARIO DA LINGUA PORTUGUEZA, publicado pela Academia Real das Sciencias de Lisboa. Tomo I. Lisboa, na Offic. da mesma Academia 1793. folio gr. De CCVI544 pag. - Contém apenas a letra A, e finda na palavra Azurrar.

A proposito d'este Diccionario diz o sabio academico José Corrêa da Serra: «N'elle se descobrem a cada pagina provas da actividade, da paciencia e do bom gosto dos seus auctores. Bem longe de se limitarem á signicação de cada uma das palavras, elles se applicaram a verificar as modicações ainda as mais fugitivas, dadas pelos escriptores a esta significação primitiva, ou seja na disposição das phrases, ou seja na associação de uma palavra principal com outras palavras. Os criticos mais escrupulosos não têem podido queixarse senão da superabundancia dos exemplos; porém este defeito, se o é, abona um Diccionario de exemplo de todos os mais defeitos.»

O erudito philologo José Vicente Gomes de Moura tambem não duvida affirmar: «que se este Diccionario se acabasse, competiria com os mais ricos das linguas vivas da Europa.»

Grande louvor cabe por certo aos tres benemeritos academicos e distinctos professores, que principalmente se deram a este trabalho improbo com incalculaveis fadigas, empregando n'elle as horas de descanso que lhes ficavam livres dos encargos do magisterio nas respectivas cadeiras. Assim conseguiram para a Academia a gloria de publicar, decorridos apenas quatro annos depois da sua fundação aquellas primicias monumentaes, a que só a maledicencia, ou a inveja pódem negar o devido apreço. E o mais é, que deixaram ainda elaborados e promptos numerosos subsidios para os volumes seguintes, os quaes a incuria deixou perder de todo, sem que hoje se saiba o destino que levaram, com quanto não reste duvida de que existiram, pelo testemunho auctorisado dos que affiançam tel-os visto.

Entre os tres collaboradores principaes, ou quasi unicos do Diccionario, merece mais distincta e especial menção o laboriosissimo Pedro José da Fonseca, a quem se deve, além da parte que lhe tocou na letra A, todas as peças accessorias que a esta precedem no volume; isto é, a Dedicatoria, Planta, e Catalogo dos auctores, tudo trabalhos de notavel erudição, e exclusivamente seus, cormo verifiquei em grande parte pelos autographos, que vi da sua propria letra. As vigilias e fadigas que isto lhe custou arruinaram de todo a sua já deteriorada saude, reduzindoo ao estado valetudinario em que houve de arrastar ainda por bastantes annos os restos de uma vida atribulada. Seus companheiros, Agostinho José da Costa de Macedo e Bartholomeu Ignacio Gorge perderam um e outro a vista ao fim de alguns annos, para mais não a recuperarem. E o premio de seus trabalhos? Foi um exemplar do Diccionario, que cada um d'elles recebeu, como qualquer dos outros socios!

 v. tomo II, 115. 'DICCIONARIO DA LINGUA PORTUGUEZA, publicado pela Academia Real das Sciencias, etc. (v. Dicc., tomo II, pag. 137).

Cumpre corrigir até certo ponto o que se diz no final d'este artigo, com respeito á falta de premio dado aos tres academicos, que mais efficazmente collaboraram na composição e coordenação do volume publicado. Na acta da sessão da Academia de 9 de Março de 1793, registrada no livro respectivo, acha-se exarada a seguinte disposição: «Determinou-se que a cada um dos socios Pedro José da Fonseca, Bartholomeu Ignacio Gorge e Agostinho José da Costa, com os louvores da Academia se désse uma medalha de ouro pela acertada execução do tomo I do Diccionario». Vê-se pois que houve, quando menos, o projecto de uma distincção honorifica; mas se a determinação chegou a pôr-se por obra, ou ficou meramente em palavras escriptas, é o que não saberei dizer.

Como specimen curioso, de que bem poucos haverão conhecimento, deixarei aqui o conceito que do tomo do Diccionario publicado fazia ha mais de cincoenta annos um homem de letras d'aquelle tempo, e menos mau philologo, o muitas vezes citado Nuno Alvares Pereira Pato Moniz. A pag. 93 do tomo III do periodico Observador portuguez, impresso em 1819, diz elle a proposito do assumpto: «Falando com a ingenuidade e clareza que são proprias de homens de letras, temos por bem lamentavel cousa que compondo-se a nossa Academia de tantos homens illustrados, e tractando de uma de suas tarefas mais importantes, tractando de compor um Diccionario da lingua, fossem as opiniões tão controversas, desvairando em tão longos e intempestivos debates, que alfim adoptaram um dos peiores systemas, e compuzeram somente o primeiro volume de um diccionario, que a aver-se por aquelle teor de se completar, precisaria quem o quizesse de apromptar cincoenta moedas, e um carro para o levar para casa, vindo assim mesmo a ficar com um muito imperfeito diccionario da lingua! Porém que ha de ser se, não sei porque força do destino, ha ainda cabeças tão empoeiradas, que em seu juizo Francisco Manuel é um auctorzinho, e Bocage é uma peste!»-Será desnecessario observar, que o auctor d'estes periodos morreu sem ser academico.'


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