RUGENDAS. (Johann Moritz) HABITANTE DE GOYAS, QUADRO A ÓLEO PINTADO SOBRE MADEIRA.

     
 
 

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HISTORIA TRAGICO-MARITIMA. [1.ª EDIÇÃO]

Em que se escrevem chronologicamente os Naufrágios que tiveraõ as Naos de Portugal, depois que se poz em exercicio a Navegação da Índia. TOMO PRIMEIRO [TOMO SEGUNDO] OFFERECIDO Á Augusta Magestade do Muito Alto e Muito Poderoso Rey. D. JOÃO V. Nosso Senhor. POR BERNARDO GOMES DE BRITO (Escudo das armas reais portuguesas) LISBOA OCCIDENTAL. Na Officina da Congregação do Oratório. M. DCC. XXXV. - M. DCC. XXXVI (1735-1736) Com todas as licenças necessárias.

In 4.º de 21x16 cm. 2 volumes com [xvi], 479, [i br.] e [xvi], 538, [ii em br.] págs.

Encadernações inteiras de pele, ao gosto da época, com nervos e ferros a ouro nas lombadas e os títulos gravados a ouro sobre rótulos vermelhos. Corte das folhas carminado.

A obra contém uma dedicatória a D. João V, impressa com grandes e elegantes caracteres itálicos, com cabeção decorativo e capitular ornamentada com artísticos e finos desenhos.

Cada uma das relações apresenta folha de rosto própria, adornada com a respectiva vinheta, representando o naufrágio, cabeções e florões de remate.

Exemplar com assinaturas de posse rasuradas e cotas numéricas da Biblioteca do Convento de S. Francisco de Xabregas inscritas no topo das folhas de rosto. Tem Ex-libris do Engenheiro Agrónomo Dr. João Braga, colados no interior das pastas anteriores.

Valioso espécime bibliográfico que une o excelente estado de conservação com a grande raridade dos exemplares e o elevado valor literário, dramático e humano das obras que o compõem.

Estas relações são muito importantes do ponto de vista histórico porque são a fonte mais original para a localização e classificação dos vestígios arqueológicos produzidos pelos naufrágios.

A obra contém 12 relações de naufrágios, metade das quais são aqui editadas pela primeira vez, as outras foram publicadas em folhetos avulsos próximo da data dos acontecimentos, podendo por isso ser consideradas quase inéditas, dado que as cópias desses folhetos são raríssimas e não constam, na sua maior parte, dos acervos das bibliotecas portuguesas.

O valor literário dos textos é muito elevado em todas estas Relações de Naufrágios, pois datam do Século de Ouro da literatura portuguesa, sendo algumas da autoria de grandes escritores como Diogo do Couto. Todas se caracterizam por um estilo cheio de energia, correcção e elegância.

Por outro lado, as circunstâncias extremas a que eram expostos os náufragos tocaram profundamente os leitores de todas as épocas, tendo o naufrágio do galeão grande São João impressionado os leitores, de tal forma que se tornou precursor e um paradigma do género, tendo sido glosado por inúmeros poetas e escritores, por vezes num alto nível literário como Camões e Jerónimo Corte Real.

Nas duas últimas décadas, esta obra cimeira da literatura universal tem sido alvo de numerosos estudos universitários, dos quais damos, nas referências, um dos exemplos marcantes da autoria de Kioko Koiso.

Tem sido corrente abordar as descrições de naufrágios como o reverso da epopeia, o seu lado negro, no entanto, ainda assim, são extraordinárias histórias de coragem e resiliência protagonizadas por todas as classes sociais de um pequeno povo.

Os dois volumes têm o seu conteúdo assim distribuído: As folhas preliminares não numeradas do primeiro tomo incluem dedicatória a D. João V, censura de Fr. Manuel de Sá e aprovação de Fr. Crispim de Oliveira pelo Santo Ofício, censura do P. Júlio Francisco pelo Ordinário, de Fr. Lucas de Santa Catarina pelo Paço, Licenças e índex dos naufrágios.

As do segundo tomo contêm censura do P. José Troiano e de Fr. José da Assunção pelo Santo Ofício, de Fr. Francisco Xavier de Santa Teresa pelo Paço, licenças e índex dos naufrágios.

1º TOMO (Transcrevemos os títulos do índice, modernizando a ortografia):

Naufrágio do Galeão grande S. João, na Terra do Natal, no ano de 1552. [Capitão Manuel de Sousa de Sepulveda.]. Por Álvaro Fernandes (1ª edição 1554, 1592, 1625, 1633, 17-? contrafacção)

Naufrágio da Nau S. Bento no Cabo de Boa Esperança, no ano de 1554. Por Manuel de Mesquita Perestrello (1ª edição 1562)

Naufrágio da Nau Conceição, Capitão Francisco Nobre, nos Baixos de Pero dos Banhos, no ano de 1555. Por Manuel Rangel (1ª edição 1735, neste tomo)

Relação do Sucesso que tiveram as Naus Águia e Garça, no ano de 1559. Pelo P. Manuel Barradas (1ª edição 1735, neste tomo)

Naufrágio da Nau Santa Maria da Barca, no ano de 1559. (1ª edição 1735, neste tomo)

Naufrágio da Nau São Paulo na Ilha de Samatra, no ano de 1561. Por Henrique Dias (1ª edição 1735, neste tomo)

2º TOMO:

Naufrágio que passou Jorge de Albuquerque vindo do Brasil, no ano de 1565. Por Bento Teixeira Pinto. (1ª edição 1601)

Naufrágio da Nau Santiago, no ano de 1585. Por Manuel Godinho Cardoso. (1ª edição 1601)

Naufrágio da Nau S. Tomé na Terra dos Fumos, no ano de 1589. Por Diogo do Couto. (1ª edição 1736, neste tomo)

Naufrágio da Nau Santo Alberto no Penedo das Fontes, no ano de 1593. Por João Baptista Lavanha. (1ª edição 1597)

Relação da viagem e sucessos da Nau S. Francisco, no ano de 1596. Pelo P. Gaspar Afonso. (1ª edição 1736, neste tomo)

Tratado das batalhas e sucessos do Galeão Santiago com os Holandeses, no ano de 1602. Por Melchor Estácio do Amaral. (1ª edição 1604)

 

 In 4.º Dim.: 21x16 cm. 2 volumes: [xvi], 479, [i br.] e [xvi], 538, [ii em br.] pps.

Binding: Full calf contemporary style, with raised bands, gilt tools and gilt titles on red labels on spine. Red edges.

The work contains a dedication to His Majesty King João V, printed in large elegant italic font, with decorative vignette on top of page and first letter ornamented with fine and artistic drawings. Each account has its own title page, with device representing each shipwreck, and with end vignettes and fleurons.

Copy with erased ownership titles and library entries of the Library of the Convent of S. Francisco de Xabregas on the top of the title pages. With the ex-libris of the Agronomist Dr. João Braga glued on the back of the front boards

A valuable bibliographic copy, which allies the excellent condition to the rarity of the copies and the high literary, dramatic and human value of the works. These accounts are very important from an historical point of view, since they are the most original source to locate and classify the archaeological remains left by the shipwrecks.

The work contains 12 shipwreck accounts, half of which are here edited for the first time, and the other half has been published in single leaflets near to the date of the events, thus being almost considered unpublished. The copies of these leaflets are very rare and most of them are not present in any Portuguese Library.

High literary value of the texts in all the shipwreck accounts, since they were written in the Golden Century of the Portuguese literature and some by famous writers like Diogo do Couto. All having a style full of energy, correctness, and elegance.

On the other hand, the extreme circumstances the shipwrecked people went through deeply moved readers of all times. Specially the shipwreck of the big galleon São João has impressed people so much that it became predecessor and paradigma of the genre, with several poets and authors writing about the event, like Camões or Jerónimo Corte Real.

On the last two decades, this top work of universal literature has been the subject of many scholar studies, like the quite notable one by Kioko Koiso (mentioned in the references below) The shipwreck accounts are commonly considered to be the opposite of epopee, its dark side. However, they are still extraordinary stories of courage and resiliency featuring all social classes of a small people.

Ref.:

KOISO, Kioko, Mar, Medo e Morte: aspectos psicológicos dos náufragos na História Trágico-Marítima, nos testemunhos inéditos e noutras fontes, 2 vols., Cascais, Patrimonia, 2004.

Ameal 1094. Biblioteca Lusitana, I, 532

Inocêncio I, 377. “BERNARDO GOMES DE BRITO. Natural de Lisboa, e nascido a 20 de Maio de 1688. Barbosa nada diz do seu estado ou profissão, nem tão pouco da epocha da sua morte, talvez porque ainda vivia em 1759. Com louvavel curiosidade e diligencia reuniu uma ampla collecção de relações e noticias de naufragios, e successos infelizes, acontecidos aos navegadores portuguezes, dividindo a em cinco volumes, de que todavia só publicou os primeiros dous, ignorando se o destino que tiveram os restantes, os quaes Barbosa affirma acharem se no seu tempo promptos para a impressão. […] Para dar idéa do merito litterario da obra, transcreverei aqui o que a seu respeito diz o professor Pedro José da Fonseca. «Algumas das relações que se comprehendem n’estes dous volumes tinham já sido impressas separadamente, outras porém deu pela primeira vez o editor ao prelo na presente collecção. Como todas ellas foram escriptas no tempo em que a lingua portugueza geralmente se cultivava com summa pureza, e elegancia, este caracter lhes é commum, sem mais differença que a do estylo o qual varia á medida da possibilidade dos que as compuzeram. É cousa notavel, que em homens, como são alguns dos que fizeram as ditas relações, alheios das letras, e pouco practicos no exercicio d’escrever, se dê uma tal policia de linguagem, correcção de phrase, e energia de vozes como n’ellas se encontra!»”.


Temáticas

Referência: 1609PG021
Local: M-11-C-15

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