RUGENDAS. (Johann Moritz) HABITANTE DE GOYAS, QUADRO A ÓLEO PINTADO SOBRE MADEIRA.

     
 
 

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FONSECA. (Tomás da) D. AFONSO HENRIQUES E A FUNDAÇÃO DA NACIONALIDADE.

e a Fundação da Nacionalidade Portuguesa. Coimbra. 1949.

De 25x18 cm. com 420 págs.

Encadernação da época com lombada e cantos em pele, preserva as capas e a lombada da brochura.

Exemplar com dedicatória do autor aos sobrinhos Maria de Lurdes e António B.[ranquinho] d’ Oliveira, na folha de anterrosto.

Colada no verso da capa de brochura tem cópia autógrafa de uma carta enviada, em 13 de Junho de 1963, a Silva Pais, Director da PIDE, por Branquinho d’Oliveira, sobrinho do autor e condiscípulo do Director da Pide, lamentando as perseguições ao tio e nomeadamente a apreensão pela PIDE, numa casa em Cascais, de obras da autoria de Tomaz da Fonseca. Inclui nota escrita a lápis com a lista das obras apreendidas: Sermões da Montanha, O Santo Condestável, O diabo no espaço e no tempo, D. Afonso Henriques e O púlpito e a Lavoura.

Valioso subsídio para a história do Estado Novo, nomeadamente do funcionamento da Censura e das Oposições. Luís Reis Torgal não refere especificamente esta apreensão de livros em Cascais.

Primeira edição da única obra de carácter histórico que o autor publicou, muito valorizada pela dedicatória e pelo documento anexo. A obra foi apreendida juntamente com outras do autor em 10 de Outubro de 1950, mas foi devolvida e autorizada a circular por despacho da Censura de 17 de Março de 1951.

Fonseca, apoiando-se em Herculano, dá grande destaque nesta obra aos conflitos de D. Afonso Henriques com a Igreja e tenta provar que o nosso primeiro rei nunca foi canonizado, apesar dos esforços desenvolvidos por D. João III e D. João V, precisamente por causa da Igreja guardar grande rancor contra ele, estando assim esta obra em linha com a obsessão do autor de denegrir a Igreja Católica. Em contradição com esta preocupação pela não canonização de D. Afonso Henriques o autor lutou contra a canonização de Nuno Álvares Pereira por ele ser: «um militar com as mãos sujas de sangue».

José Tomás da Fonseca (Laceiras, Mortágua 1877 – Lisboa 1968), poeta, ficcionista, jornalista, professor, maçon, militante republicano, deputado na Assembleia Constituinte, no Parlamento e no Senado.

Durante o Estado Novo manteve uma constante luta contra o regime, tendo-se aproximado do Partido Comunista do qual terá sido militante a partir de 1947.

A característica mais notável da sua intervenção política e literária foi o ódio à religião e em especial à Igreja Católica, que se apresenta como uma monomania obsessiva exposta constantemente, com grande fanatismo, nas suas muitas obras literárias em que por vezes entra em contradição, chegando a defender a destruição de obras de Arte Sacra. Um dos indícios mais notáveis do seu extremismo foi o facto de se opor à beatificação e canonização de D. Nuno Álvares Pereira, figura que era um dos raros pontos de convergência entre radicais republicanos e católicos ficando completamente isolado nesta questão.

Foi vigiado pela PIDE e mais de dezassete das suas obras foram proíbidas, o que ele contornava com recurso à sua edição no Brasil ou clandestinamente em Portugal.

Luís Filipe Torgal. Tomás da Fonseca. Educador do Povo. Tese de doutoramento. Coimbra. Setembro 2015. Disponível online.


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Referência: 1610PG015
Local: I-197-C-28


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