RUGENDAS. (Johann Moritz) HABITANTE DE GOYAS, QUADRO A ÓLEO PINTADO SOBRE MADEIRA.

     
 
 

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INÁCIA. (Sor Margarida) APOLOGIA A FAVOR DO R. P. ANTONIO VIEYRA

DA COMPANHIA DE JESU DA PROVINCIA DE PORTUGAL Porque se desvanece, e convence o Tratado, que com o nome de Crisis escreveu contra elle a Reverenda Senhora Dona Joanna Ignes da Crus, Religiosa de S. Jeronymo da Provincia de Mexico das Indias Occidentaes. ESCREVEU-A A M. SOR. MARGARIDA IGNACIA, Religiosa de Santo Agostinho no Convento de Santa Monica de Lisboa Oriental, QUE A CONSAGRA, E DEDICA AO MUYTO REVERENDO P. PROVINCIAL, E MAIS RELIOGIOZOS Da Companhia de JESU da Provincia de Portugal. LISBOA OCCIDENTAL, Na Officina de BERNARDO DA COSTA, Anno de 1727. Com todas as licenças necessarias. 

In 8º de 19,5x14 cm. com [xxiv], 188 págs.

Encadernação da época, inteira de pele, com ferros a ouro na lombada (por casas fechadas) e no rótulo vermelho. Corte das folhas carminado.

Boa impressão barroca em caracteres redondos e itálicos muito esmaltados e com muita força na tinta, sobre papel muito sonante. Ilustrada com vinhetas, capitulares decoradas com motivos vegetalistas e florões de remate.

Belo exemplar com ex-libris de Raúl Xavier colado na pasta anterior.

Livro muito importante para o estudo da obra do Padre António Vieira, dos debates de ideias entre as literaturas ibéricas e das questões relativas à posição das mulheres nas sociedades peninsulares no século XVII e XVIII.  

Obra que segundo Barbosa Machado é da autoria do irmão de Soror Margarida, P. Luís Gonçalves Pinheiro falecido em 17 de Outubro de 1727. Extruturada em 269 parágrafos o autor defende o Padre António Vieira e contesta as posições defendidas por Soror Juana Inez de La Cruz, na sua obra, Carta Antenagórica, 1690, publicada no México, que por sua vez discordava da tese defendida por Vieira no Sermão do Mandato pregado em Lisboa, em 1650.    

A controvérsia que se estabeleceu era acerca da questão teológica proposta pelo Padre António Vieira: “se maior fineza fizera Cristo aos homens que morrer por eles”- como proclamara Santo Agostinho – “ou ausentar-se deles”. 

A apologia foi traduzida para espanhol, pelo Padre Iñigo Rosende y Lozano e publicada, em Madrid, no ano de 1731.  

Bibliografia de Vieira. Biblioteca Nacional. 1999. Nº 1820. 

Borba de Morais I, 417: «8vo. 12 unnum. Ff. 188 pp. As we already know, this work is attributed to Father Luiz Gonçalves Pinheiro, brother of Sister Margarida Ignacia. In 1769, during the time of Pombal, it was suppressed by the censor».

Rodrigues 1529.

Azevedo Samodães, 1603: «As XII ff. prel. inum. são para: anterrosto, frontispício, dedicatória, prologo ao leitor; e licenças. Atribuído também ao Padre Luis Gonçalves Pinheiro irmão da inculcada autora. Obra apreciada e não vulgar».

Inocêncio VI, 134 e XVI, 348 e XXII, 380. 

Barbosa Machado III, 105.


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Referência: 1705JC005
Local: M-3-C-32

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