RUGENDAS. (Johann Moritz) HABITANTE DE GOYAS, QUADRO A ÓLEO PINTADO SOBRE MADEIRA.

     
 
 

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PINHEIRO, António. Trasladaçam dos ossos dos muyto altos e muyto poderosos / el Rey dom Manuel /

e a Rainha dona Maria de louvada memoria: feita por o muito alto & muyto poderoso Rey dom Joam o. Iii. Deste nome seu filho / nosso senhor. […] [Colofon]: «E assi chegou a Almeirim a quatorze dias de nouembro. 1551. Laus Deo». S/L. S/I [Lisboa: impresso por Germão Galharde]. 1551.

In 10º (de 18,2x13 cm) com X fólios.

Encadernação do século XX em pergaminho rígido com o titulo caligrafado na lombada.

Exemplar com anotação manuscrita coeva na folha de rosto muito desvanecida: 'Pello Doutor Antonio Pinheiro. - [...].

Rara impressão quinhentista portuguesa em que foram utilizados caracteres góticos e adornada com belas capitulares xilograficas decorativas, o texto é atribuído às prelações do Reverendo Padre António Pinheiro.

Esta obra embora seja um espécie bibligráfico autônomo costuma acompanhar uma outra obra impressa pelo mesmo impressor na mesma data e que trata sobre o mesmo assunto:

Sumário da Pregação Funebre, que o doutor António Pinheiro pregador del Rey N. S. fez por seu mandado: no dia da Tresladação dos ossos [etc] Impresso em Lisboa, em casa de Germão Galhardo, Impressor del Rey N. S. 1551. Com XXX fólios.

Embora os caracteres utilizados em ambas as impressões sejam os mesmos, o facto de ambas as impressões apresentarem numeração romana autônoma na paginação e sobretudo porque a presente obra é constituida por xv capitulos, sendo que todos apresentam  no inicio uma capitular xilografica ornamental, o que não acontece na outra obra, leva-nos a querer que se tratam de duas impressões distintas.

Anselmo (642)  refere «Barbosa I, pag. 355, Dic. da Academia, Ribeiro dos Santos p. 102; Lacerda pag. 66-67; Inocêncio I, A 1288; e VI, 324; Viterbo , Sec XVI; Coelho 8102; M. Santos 7702,;BN de Lisboa só o Sumario.».

Faria - BN  Rio de Janeiro p. 59.

Esta obra trata na verdade da inauguração da Capela Mór do Mosteiro do Jerónimos. O rei Dom João III (1502-1557), procurando cumprir os desejos e o testamento de seu pai o Rei D. Manuel I (1469-1521), concluiu os trabalhos de edificação do Mosteiro de Belém, construído sobre uma igreja da Ordem de Cristo que tinha estado sob a tutela do Infante Dom Henrique o qual aí tinha um apoio aos navegantes estrangeiros e aos frades da ordem. A vida do rei D. Manuel foi curta as obras iniciadas em Belém não estavam concluídas quando este morreu. No entanto o monarca queria honrar e continuar a obra do Infante Dom Henrique na assistência aos mareantes e aos estrangeiros que aportavam a Lisboa (sic), acolhendo-os no mosteiro, pelo que deixou as disposições testamentárias de transformar este mosteiro no seu panteão e da sua mulher a Rainha Dona Maria. A este panteão, tal como é descrito nesta obra, o rei D. João III vai acrescentar a trasladação de toda a restante família real: filhos e netos de D. Manuel, acrescentando também os seus próprios filhos entretanto falecidos, e deixando ainda um lugar disponível para receber o corpo do Cardeal Infante D. Henrique, filho de Dom Manuel, e ainda vivo, caso ele quisesse. A obra descreve a forma por vezes dramática em que foram feitos os levantamentos dos corpos do rei e da rainha, dos príncipes, dos infantes e infantas, alguns falecidos ainda em crianças, literalmente enterrados em vários locais diferentes. Durante 3 dias foram efectuadas cerimónias separadas para o rei e a rainha, para os príncipes falecidos adultos, e outra final e mais festiva para crianças da família real, pelo motivo de ainda serem “anjinhos” e de terem falecido na graça de Deus. Antes, durante e após as cerimónias o autor descreve o itinerário do Rei D. João III, e as razões da vontade do régia estão sempre presentes. Convém no entanto esclarecer o leitor. O famoso Infante Dom Henrique, o Navegador (1394-1460) , irmão mais novo do Rei D. Duarte adopta o filho deste com apenas 5 anos, em 1438, quando o rei morre nesta data. Durante 22 anos Dom Henrique o Navegador vai ser o pai adoptivo de D. Fernando (1433-1470). Este herda do seu tio o título de Duque de Viseu, o seu mestrado da Ordem de Cristo, e os domínios e jurisdições que a mesma ordem tinha na Europa e em África. Assim Dom Manuel I (1469-1521) herdou de seu pai D. Fernando, e de seu tio-avô paterno e adoptivo, todos os domínios e jurisdições da Ordem de Cristo. O seu sucessor D. João III, em 1551, cumprindo com o testamento e a vontade de seu pai D. Manuel I, vai continuar a obra de engrandecimento e monumentalização da Ordem de Cristo. No entanto restringe a ordem a Tomar, torna-a de certa forma hermética ou numa certa clausura, e coloca sob a dependência directa do rei a jurisdição da Ordem de Cristo. Quanto ao grande templo público e com objectivos “internacionais”; este fica sob a tutela da Ordem de São Jerónimo e aí fica colocado o panteão da nova linhagem da família real, recomeçada com o Duque de Viseu e Rei Dom Manuel I. Quando esta notícia é impressa por Germão Galharde, em 1551, já o rei D. João III tinha um império vastíssimo e disperso, das ilhas atlânticas, passando pelas costas ocidental e oriental de África,Brasil Índia, Malásia, Ilhas do Pacífico, China e Japão onde os portugueses tinham chegado na década anterior. Com estas obras e trasladação o rei reconhece o trabalho sistemático e oragnizado que as ordens de Crsito e dos Jerónimos tinham tido nos Descobrimentos e na assistência à expansão, efectuado em poucas gerações, desde o tempo do seu tio-bisavô o Infante Dom Henrique.


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Referência: 1710JC025
Local: M-5-C-23

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