RUGENDAS. (Johann Moritz) HABITANTE DE GOYAS, QUADRO A ÓLEO PINTADO SOBRE MADEIRA.

     
 
 

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PALACIO SALAZAR. (Paulo de) IN ECCLESIASTICUM COMMENTARIUS PIUS ET DOCTUS

PER PAULUM DE PALACIO Granatensem D. Henrrici Lusitaniae Regis, & S. Romanae Ecclesiae Cardinalis Concionatorem: & D. Catharinae Lusitanorum Reginae Eleemosinarium: & S. Literarum in Inclyta Conimbricensium Academia Enarratorem. » CUM RERUM INSIGNIORUM. OMNIA JUDICIO S. R. ECCLESIAE SUBDITA SUNTO. [Vinheta tipografica com uma palmeira coroada de principe entre as alegorias rio Douro e do rio Minho alusivas ao arcebispado de Braga pontificado por D. Henrique; e com o moto «Gaudet Virtus Media Utroque»]. Apud Villam Viridem Francorum. Excudebat Antonius Riberius Typographus. Anno Domini. M. D. LXXXI. CUM FACULTATE ET APPROBATIONE Supremi Senatus S. Inquisitionis Generalis: ET ORDINARII. [Alenquer, 1581].

In fólio (de 27x20 cm) com [8], 256 págs.

Encadernação da época em pergaminho flexível com vestígios de atilhos.

Ilustrado com belas vinhetas xilográficas historiadas (conteúdo descrito abaixo).

Texto primorosamente impresso em dupla coluna.

Exemplar apresentando leves sublinhados, anotações marginais e um título de posse da época manuscrito na folha de rosto, algo ilegível : « (?) Frey Lourenço da S[ilva]» ('?). Folha de guarda anterior com o número "400" manuscrito a tinta da época.

Primeira edição desta obra. A 2ª edição foi impressa in 8º em Colónia, Alemanha, no ano de 1593.

Primeiro livro impresso em Alenquer mais propriamente em Vila Verde dos Francos. Não existe exemplar no catalógo dos Livros Antigos Portugueses de D. Manuel II. Alenquer não é mencionada nesta obra.

As vinhetas, no total de 50 (com 4,2x4,2 cm), apresentam gravuras xilográficas historiadas, das quais apresentamos um resumo fotográfico nesta página. O conjunto das imagens ilustra o tema do processo jurídico inquisitorial tratado na obra. Entre as vinhetas encontram-se algumas referentes ao interrogatório da inquisição com recurso à tortura. Apresenta-se o réu «chamado à pedra» e interrogado por vários inquisidores (capitular M, pág. 149); o réu a ser interrogado num pelourinho; o réu a ser esticado numa polé (capitular T, pág. 177); o réu a ser preso de pés e mãos numa canga (capitular S, pág. 135); e o réu a ser forçado a falar por empalamento (pág. 115). Outras figuras historiadas: o escritório do escrivão ou juiz, onde são recebidos os pedidos (pág. 197),  arresto (pág. 216), a inquirição (pág. 189), uma audiência (pág. 220), o julgamento (pág. 226), ida do juiz a investigar (pág. 234), levar o réu à audiência com o juiz (pág. 47), a apresentação ao juiz (pág. 70), o pregão público da sentença (pág. 96), o pagamento ao juiz das custas (pág. 90), pedido de perdão ao juiz (capitular P, pág. 237), transporte do preso para cumprir a pena, antecedido de um arauto (capitular D, pág. 130), pedido de recurso e perdão ao juiz (pág. 153), o pagamento ao juiz (pág. 241), a execução da pena com tratos de pelourinho (pág. 174), a pena de ser queimado vivo na fogueira (pág. 169) e o encarceramento (capitular C, pag. 251).

A segunda edição desta obra foi publicada em Colónia, na Alemanha: "In Ecclesiasticum commentarius pius et doctus […] Nunc primùm in Germania emendatius editus […] Coloniae: apud Geruinum Calenium, & haeredes Iohannis Quentelij Calenius [Colonia Alemanha]. 1593".

Outra obra de Pablo de Pallacio foi também impressa em Alenquer no mesmo ano: In duodecim prophetas quos minores vocant commentarius pius et doctus [...] Apud Villam Viridem Francorum : excudebat Antonius Riberius, 1581.

O autor Paulo de Pallacio, ou Paulo de Palacio Salazar, foi o Prior de Alenquer, também denominada Villa Verde, e referida nas Memórias da Literatura Portuguesa publicadas pela Academia das Ciências de Lisboa em 1812 (vide Tomo III, Parte I, pág. 109): «Villa Verde [Alenquer] foi também um dos lugares em que a Arte Tipográfica teve exercício por algum tempo; ali a levou o célebre impressor António Ribeiro por 1581 a instâncias de Paulo de Palacios Salazar, Prior daquela vila, que para ela o chamou, a fim de lhe imprimir a seguinte obra = In Ecclesiasticum Commentarius pius et doctus per Paulum de Palacios Granatensem D. Henrici Lusitaniae Regis [etc] apud Villam Viridem Francorum, Excudebal Antonius Riberius Typographus anno D. 1581. I vol. fol. (Livraria do Convento de São Francisco de Enxobregas)».

Anselmo (946, pag. 274-275) reproduz a folha de rosto desta obra em página inteira ! Colação de Anselmo: fol.- [4fl.], 255 p. 2 col. - 52 l. - índice em itálico em 3 colunas. Referências tomadas por Anselmo: Ribeiro dos Santos pág. 109; Viterbo Hesp. pág. 354; BN de Lisboa (2 exemplares). Nota: o exemplar de Anselmo encontra-se encadernado junto com a outra obra de Palacio impressa em Alenquer (In Duodecim Prophetas).

Palau (1959, Tomo 12, ent. 209062) refere 12 obras e edições deste autor, na sua maioria impressas em Portugal. Palau parece citar outra edição, ou um exemplar sem folha de rosto, sem ter confirmado fisicamente, e assim diz-nos: «In Ecclesiasticum Commentarius pius et doctus, Id. Villam Viridem in aedibus Pauli Pallacii Salazarii, 1581, fol. 3 h. 356 p. (Bibl. Nac. de Lisboa y sin portada en la Bibl. Nac de Madrid). Nicolás Antonio anota también 1579.».

Barbosa não menciona (vide Inocêncio).

Inocêncio (VI, 369) não refere esta obra, porém refere o autor: «Padre PAULO DE PALACIO, castelhano de nação, e natural de Granada. Foi Doutor em Teologia e Lente na Universidade de Coimbra. Traduziu e imprimiu no idioma da sua pátria a obra seguinte, cujos exemplares são raríssimos: 115) Suma Caietana sacada en lenguaje castellana […] en Lisboa en casa de Joannes Blavio de Colonia. Acabose a los xx. dias de Mayo de 1557. […] Este autor na sua qualidade de estrangeiro foi excluído por Barbosa da Bibl. Lusitana. A Summa é, pois, um dos pouquíssimos livros adicionados pelo coletor do chamado Catalogo da Academia a quási totalidade dos que descreve, copiados textualmente da referida Bibl. Ignorou porém a existência de outra obra do mesmo autor, escrita em português, se podemos fia-nos na indicação que nos dá António Ribeiro dos Sanctos (Mem. de Litter., tomo VIII, pag. 122); pois pela minha parte declaro que não a vi, nem d"ella tenho mais noticia».

O Catalógo dos Livros Antigos de D. Manuel II não refere esta obra, no entanto refere as outras 24 obras impressas por este importantíssimo tipógrafo. António Ribeiro imprimiu pela primeira vez em 1574 (vide D. Manuel, Tomo III, pág. 75) e imprimiu pela última vez em 1588 (vide D. Manuel, Tomo III, pág. 207). Entre 1574 e 1588 imprimiu em todos os anos, excepto no ano de 1582. Esta data foi conturbada e de mudança dinástica.

Em 1578, António Ribeiro imprimiu a Victoria de Lepanto, escrita por Jerónimo Corte Real e dedicada a D. João de Áustria. Nesta obra observamos, por comparação, a existência das mesmas capitulares historiadas (inclusivamente com os mesmos defeitos e desgastes nos respectivos cunhos) pelo que serão as mesmas capitulares utilizadas mais tarde, em 1581, na obra In Ecclessiasticum Commentarius.

No catálogo de Dom Manuel (vol. III pag. 118) encontram-se reproduzidas as capitulares C, D, E, M, P, S, T e L (esta representando uma decapitação, não se encontrando no "In Eclesiasticum Commentarios"). No cólofon da a Victoria de Lepanto encontra-se o monograma (ou vinheta) do impressor que, mais tarde, em 1581, encontramos na folha de rosto de "In Ecclessiasticum Commentarius" (ver D. Manuel, III. pág. 119).

Após a impressão da Victoria de Lepanto, António Ribeiro imprime em 1579 e em 1580. Nesta última data imprime as Alegações de Direito à Sucessão da Coroa por parte do muito poderoso Rei Dom Henrique de Portugal. Em 1581 António Ribeiro imprime o Index Librorum Prohibitorum no qual se intitula impressor de Sua Ilustrissima e Reverendissima Senhoria o Arcebispo de Lisboa e Inquisidor Geral Dom Jorge de Almeida. Segue-se em 1582 o único interregno nas datas de impressão de António Ribeiro.

Nas obras seguintes, (vide Dom Manuel vol. III, 175) no Kalendarium Gregorianum Perpetuum, intitula-se pela primeira vez, em 1583 "Antonius Riberius Catholicae Maiestatis Typographus" [i.e. Tipógrafo de Sua Majestade Católica Filipe II de Espanha] e impressor del-Rei no Regimento da Casa da Suplicação, em 1583, ou ainda Impressor de Sua Majestade. nomeadamente na obra Reformação da Justiça, de 1583, e nas Patentes das Mercês das Cortes de Tomar, de 1584. Nas obras seguintes nada acrescenta à sua profissão de tipógrafo, excepto na Censura in Libellum, de Duarte Nunes de Leão, em 1585, e também na última obra impressa em 1588, nas quais se intitula Tipógrafo Régio.

Deschamps, Pierre (Dictionnaire de Geographie, Suplement au Brunet IX, 1349) : «Villa Viridis, Villa Verde, paroisse du diocese de Lisbonne, men Portugal, anc. prieuré. Cette place ne figure pas dans la liste donné par Mendez de «Ciudades y lugares que han tenido imprenta« et nou trouvons cependant das Antonio (II, 162): «Paulo Palacios de Salazar. In Ecclesiasticum Commentaria. In Portugallia apud Villam-Viridem edita, 1581, in-fol., et du même auteur: In XII Prophetas minores Comment. Apud eamdem Villam-Viridem typis Antonii Riberii, 1581, in-fol. Un peu après, Antonio nous donne la situation géographique de Villa-Verde».

Viterbo (Hesp. pág. 354) refere apenas o exemplar da BNP: «[...] No fim. Laos Deo. Apud Villam Viridem Francorum. In aedibus Pauli Palatij Salazarij, huius Libri Authoris. Anno 1581. 1 vol. fol. a 2 col. 3 fólios prel. inn, 256 págs. No verso do frontíspicio a Approbatio de Fr. Bartholomeu Ferreira. Exemplar da Biblioteca Nacional  de Lisboa».

 In folio. 27x20 cm. [8], 256 pp.

Binding: Flexible parchment with traces of clasps.

Illustrated with beautiful historiated woodcut vignettes. Text exquisitely printed in two columns.

Copy with some underlining, marginal notations, and a contemporary ownership title on title page, partially unreadable « (?) Frey Lourenço da S[ilva]» ("?). Half-title with the number '400' handwritten in contemporary ink.

First edition of this work. The second edition was printed in 8º, in Cologne, Germany in 1593.

The 50 vignettes (4.2x4.2 cm) show historiated woodcut engravings. The set of images illustrates the theme of the Inquisition legal process detailed throughout the book. Some of the vignettes show the torture inflicted by the Inquisition in their interrogations.


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Referência: 1803JC003
Local: M-10-C-9

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