Considerada em todas as suas relações com a Agricultura e commercio e com a competente legislação antiga e moderna, acompanhada de interessantes observações, e escripta em vinte e cinco cartas. Dirigidas ao Excmº Manoel de Castro Pereira por um Anonymo em 1849. Typ. de José Lourenço de Sousa. Porto. 1849.

In 4º de 20,7x13,5 cm. Com 332, [ii] págs. Brochado.

Obra muito rara que não é registada por Inocêncio e de que só existe um exemplar catalogado na Porbase.

Na folha de rosto apresenta uma citação em francês da Vierge d' Orleans de Schiller: «Voiz tu le soliel qui se couche en se moment? De même qu'il se levera demain, de même, il est sur, qu' un jour la verité luira.»

O autor defende que a principal causa da crise da vinicultura, na região do Douro e no resto do país é o excesso de produção de vinhos de baixa qualidade. Apesar de denunciar que o comércio do vinho estava onerado por elevados impostos e direitos alfandegários, defende que a remoção destes custos seria mais prejudicial do que benéfica. Apresenta também uma grande preocupação com o aumento de população durante os períodos de crescimento económico, que, depois, durante os períodos de crise não encontra meios de subsistência.

Obra importante para o estudo da história da Região do Douro no período liberal, muito interessante pelo estilo cuidado que o autor usa, enriquecido com citações e transcrições de trechos de obras literárias.