DE MANOEL IGNACIO DA SILVA ALVARENGA, Bacharel pela Universidade de Coimbra, e Professor de Rhetorica no Rio de Janeiro. Na Arcadia, ALCINDO PALMIRENO. LISBOA: Na Officina Nunesiana. ANNO M. DCCCI. [1801] Com licença da Mesa do Desembargo do Paço.

In 8º de 16,4x10,8 cm. Com 248 págs. Brochado.

Impressão muito nítida sobre papel de linho muito alvo. Apresenta um trabalho de traça junto ao festo entre as páginas e s páginas, ver fotografias.  

As páginas 1 a 6 contêm a folha de rosto, Aviso do editor, o título «Glaura poemas Eroticos» seguido da expressão que não consta na folha de rosto: «de hum americano», citações de Ovídio e de Anacreonte.

2ª Edição muito rara, a primeira foi publicada pelo mesmo impressor em 1799, de um livro de poesia lírica composto por 69 rondós e 57 madrigais.

Apesar do autor estar incluindo no período neoclássico da poesia portuguesa, nesta obra antecipa já de alguma maneira o Romantismo Brasileiro e as referências às paisagens e motivos próprios do Brasil.

Manuel Inácio da Silva Alvarenga (Vila Rica, Minas Gerais 1749 - Rio de Janeiro 1814). Apesar de ser filho de um mulato pobre e de mãe incógnita formou-se em direito pela Universidade de Coimbra foi advogado, professor de retórica e poética no Rio de Janeiro. Notável poeta português que é considerado um dos percusores da literatura brasileira pelas suas temáticas e sensibilidade, apesar de apresentar também fortes influências da Arcádia e das ideias iluministas. Fundou a «Sociedade Literária» e esteve preso entre 1794 e 1796 por falsas suspeitas de conspirar contra o Vice Rei. É o mais fecundo poeta da escola Mineira e deixou uma obra de elevado nível literário e de grande variedade de géneros poéticos.

Borba de Moraes. Bibliogr. Bras. 1, 29-30 Inocêncio VI, 5-7 e XVI, 226-227.