1882-1889. (Edição posthuma). [1ª edição] Edição Augusto Nobre [irmão do autor]. Porto. 1921.

De 22x15 cm. Com IV, 155 págs. Ilustrado com uma fotogravura do autor na folha de anterrosto.

Brochado; Precisa de ser encadernado. 

Exemplar inumerado de uma tiragem de 1500.

Exemplar com assinatura de posse na folha de rosto manuscrita a carvão.

Segunda obra póstuma do autor, à semelhança de quase toda a sua obra publicada, exceto “Só” (1892). Acrescida de “notas” editoriais acerca do conteúdo dos cadernos de apontamentos do autor.

Ao contrário da primeira obra póstuma de António Nobre, “Despedidas” publicada dois anos após a sua morte pelo seu irmão, Augusto Nobre, que consistia nas suas últimas poesias escritas antes das sua morte, a presente obra, tal como o seu título indica, é a reunião dos seus primeiros versos que não foram incluídos na sua primeira publicação “Só”, a maior parte dos quais publicados em revistas e jornais da época.

Inocêncio XX, 257 e XXII, 224. ”António Nobre, poeta de merecimento. Viveu pouco, porque a doença grave o arrebatou na flor dos anos. Morreu em 1900. Deixou apenas um livro de versos intitulado: "SÓ". Passados dois anos os amigos e admiradores mandaram imprimir e divulgar, em volume, como homenagem, algumas das primeiras composições do malogrado e querido poeta. Nasceu no Porto a 16 de Agosto de 1867. Em 1888 dirigiu-se a Coimbra, matriculando-se na Faculdade de Direito da Universidade. Em Coimbra António Nobre formou, com outros rapazes, uma verdadeira falange artística. Dando-se mal logo no começo da carreira, com os estudos jurídicos, sobretudo com os professores, António Nobre, duas vezes reprovado no 1.º ano de direito, resolveu abandonar Coimbra em 1890. Por tal motivo matriculou-se na Faculdade de Direito, em Paris, nos anos de 1890-1895, em que se formou. Atormentado pela doença, viajou em busca de alívios. Os seus sonetos, quase todos com datas, marcam o itinerário das viagens do poeta, que tendo visitado os Açores, Madeira, e algumas cidades de Espanha, França, Inglaterra, Bélgica, Holanda. Suíça e Alemanha, veio a falecer tísico; em Carreiros, na Foz do Douro em 18 de Março de 1900. Quando esteve na Quinta do Seixo, em Vila Meã, pretendeu reunir os seus primeiros versos, para o que mandara tirar na Biblioteca Municipal do Porto cópias das suas composições poéticas dispersas por jornais e revistas. Eis a sua bibliografia: Só. Paris, Leon Vanier, Editeur, 1892. Só. 2ª edição Lisboa. Guillard. Aillaud & Cª. Despedidas. 1895-1899. Prefacio de José Pereira de Sampaio (Bruno), Porto, 1902. Só. 3.ª edição. Lisboa Aillaud. 1913. Só. 3.ª edição. Porto. Renascença Portuguesa. 1913. Em Agosto de 1913 deu-se à estampa esta 3.ª edição. Em fins de 1912 a Renascença Portuguesa combinou com o Exmo. Sr. Augusto Nobre, irmão do poeta, fazer a 3.ª edição do Só. Tal edição começou a ser anunciada na Águia, desde Janeiro e estava a imprimir-se em fins de Maio quando apareceu anunciada e à venda uma outra 3.ª edição da casa Aillaud, que já fizera a 2.ª. A Renascença Portuguesa e o Exmo Sr. Augusto Nobre fizeram desde logo cessar a venda indevida e entraram em negociações com aquela livraria para se resolver a questão amigavelmente. O resto por ulterior acordo, foi dividido em partes iguais pela Casa Aillaud e pela Renascença Portuguesa a Casa Aillaud distribuiu os exemplares conforme estavam; a Renascença Portuguesa, nos seus substituiu-lhes a capa e acrescentou-lhes um retrato de António Nobre, segundo desenho do notável pintor António Carneiro, e a memória da 1.ª edição, hoje raríssima, que o extraordinário poeta tencionava publicar de novo. Eis, pois, os motivos porque apareceram ao mesmo tempo no mercado literário duas terceiras edições do Só, de António Nobre».”