Tratado da Agulha de Marear de… Roteiros, sondas e outros conhecimentos relativos à navegação. Códice do século XVI, que pertenceu á livraria do falecido Marquez de Castello Melhor em cujo catálogo de Manuscritos tinha o número 254. Adquirido no respectivo Leilão pelo Excelmo. Sr. Duque de Palmella e a expensas suas publicado. Copiado e coordenado por Jacinto Ignacio de Brito Rebello. Imprensa de Libanio da Silva. Lisboa. 1903.

In 8º grande de 25x18 cm. Com lxxxii, 308 págs.

Encadernação da época, com lombada em pele; Exemplar conserva as capas de brochura; A capa de brochura anterior está impressa a vermelho e preto e reproduz, em policromia, uma belíssima rosa-dos-ventos com a esfera armilar.

Ilustrado com a reprodução a cores das figuras, desenhos e tabelas do manuscrito original.

Exemplar com inscrição manuscrita à cabeça da folha de rosto em letra coeva «Offerecido ao Ex. Senhor Albano Augusto de Magalhães? Ramalho» e com sublinhados e apontamentos a lápis no texto.

As folhas preliminares contêm uma advertência, com a explicação dos critérios de transcrição do texto, um extenso estudo sobre a prioridade e os conhecimentos científicos dos navegadores portugueses da autoria do responsável pela edição, datado de 1898, e a transcrição de vinte e um documentos inéditos. As páginas finais incluem uma nota adicional, índice analítico, índice de assuntos, índice dos documentos e erratas.

1ª Edição desta cuidada e rigorosa publicação de um valioso manuscrito inédito sobre as técnicas de navegação portuguesas nos inícios do Século XVI. Brito Rebelo respeitou integralmente o texto, salvo alguns erros evidentes do copista, e apontou nas notas de rodapé as correcções necessárias para a compreensão do texto.

O Atlas Geográfico com vinte cartas, que estava intercalado no manuscrito aqui editado e que Brito Rebelo descreve neste volume nas páginas lxii a lxiv, só veio a ser publicado no Vol. I dos Portugaliae Monumenta Cartographica (Est. 88-97).

João de Lisboa (ca. 1470 - 1525) foi um notável piloto português da carreira da Índia que integrou a armada de Tristão de Cunha em 1506 e explorou o rio da Prata em 1511 e 1512, tendo acompanhado o Duque de Bragança na conquista de Azamor. Voltou à Índia em 1518 com a Armada de Diogo Lopes de Sequeira e terá naufragado na costa de África em 1525 quando seguia na armada de Filipe de Castro.