RUGENDAS. (Johann Moritz) HABITANTE DE GOYAS, QUADRO A ÓLEO PINTADO SOBRE MADEIRA.

     
 
 

Recuperar password

Livros disponiveis: 78926

English   
 
   

Clique nas imagens para aumentar.



GUERRA DAS LARANJAS. [Pasta armoriada+5 Folhetos+1 Grav.]

5 Volumes de 31x21,5 cm. Com paginações diversas. Brochados. Gravura de D. João VI e D. Carlota Joaquina. 

Acondicionados na pasta de despacho da Princesa Carlota Joaquina, caixa a imitar um livro revestida a pele com ferros a ouro na lombada, e nas pastas formando esquadria ornamentada com flores e ramagens. Ao centro das pastas apresenta o super-libris da Princesa Carlota Joaquina, com o seu brasão rodeado por ramagens decorativas. As seixas estão ornamentadas com ferros a ouro. As faces exteriores correspondentes aos cortes das folhas de um livro e o interior da caixa estão revestidos com belo papel marmoreado da época. 

A caixa apresenta desgaste de manuseamento no pé da lombada e nos cantos das pastas. 

Conjunto de 1 gravura, 3 diplomas legais, um folheto com o articulado do acordo de paz, que pôs fim à Guerra das Laranjas e outro folheto com a sentença condenando à morte o tenente coronel Verissimo Antonio da Gama Lobo por ter entregue sem combate a Praça de Juromenha.

Descrição dos documentos:

REAL CEDULA DE S. M. Y SEÑORES DEL CONSEJO, EN QUE CONFORME AL DECRETO INSERTO se declara la guerra á la Reyna Fidelísima de Portugal, sus Reynos y súbditos, y se corta toda comunicacion, trato y comercio entre ellos de esta Corona. AÑO 1801. EN MADRID EN LA IMPRENTA REAL. 

De 30x20,4 cm. Com 10 págs. sem numeração. Última página em branco. Ilustrado com as armas reais do Rei de Espanha, no centro da folha de rosto. 

DECRETO [DO PRINCIPE REGENTE NOSSO SENHOR] Na Regia Officina Typografica. 24 de Maio de 1801. 

De 31x21,5 cm. Com 4 págs. sem numeração. Última página em branco. Ilustrado com as armas reais da Rainha D. Maria I na parte superior da folha de rosto.     

REAL CEDULA DE S. M. Y SEÑORES DEL CONSEJO, POR LA QUAL SE MANDA OBSERVAR, guardar y cumplir el Tratado de Paz y Amistad concluido entre el Rey nuestro Señor y el Príncipe Regente de Portugal. AÑO 1801. EN MADRID EN LA IMPRENTA REAL. 

De 30x20,4 cm. Com 18 págs. sem numeração. Última página em branco. Ilustrado com as armas reais do Rei de Espanha, no centro da folha de rosto.  

TRATADO DE PAZ, E DE AMIZADE ENTRE AS COROAS DE PORTUGAL, E DE HESPANHA, ASSINADO EM BADAJOZ PELOS PLENIPOTENCIARIOS DO PRINCIPE REGENTE, E DE SUA MAGESTADE CATHOLICA Em 6 de Junho de 1801, E RATIFICADO POR AMBOS OS SOBERANOS. LISBOA NA REGIA OFFICINA TYPOGRAFICA. ANNO M. DCCCI. 

De 21,7x15,7 cm. Com  13, [iii] págs. sem numeração. Últimas 3 páginas em branco. Ilustrado com as armas reais da Rainha D. Maria I, no centro da parte inferior folha de rosto. 

SENTENÇA Do Conselho de Guerra, a que Sua Alteza Real o Principe Regente Nosso Senhor mandou proceder por Aviso da Secretaria de Estado dos Negocios da Guerra, datada de Abrantes aos 26 de Junho de 1801, para nele ser por haver rendido intempestivamente, e sem a mínima defeza a sobredita Praça. Na Regia Officina Typographica. Lisboa. S/D. [1802] 

De 29x20 cm. Com 6 págs. Encadernação recente com as pastas forradas com belo papel marmoreado actual.

Documento original impresso, condenando à morte o tenente coronel Verissimo Antonio da Gama Lobo, por ter entregue e rendido, sem luta, a praça de Jerumenha, da qual era governador, durante a "Guerra das Laranjas", na investida espanhola sobre as praças de Olivença e Juromenha. Ambas as praças fortes caíram e os dois comandantes foram levados a conselho de guerra.

Existem exemplares que têm em anexo o documento de quatro páginas onde D. João VI, em acto de clemência, modifica a pena de morte para pena de prisão perpétua.

Manuel Amaral relata que “parte da 3.ª divisão espanhola, comandada pelo general napolitano Carrafa, que participará na 1.ª invasão francesa, em 1807 ao acompanhar o general Junot desde Alcântara até Abrantes, apresentou-se em frente de Juromenha, na tarde desse mesmo dia 20 de Maio. A fortaleza, governada pelo tenente-coronel Veríssimo António da Gama Lobo, defendia a travessia do Guadiana, na aproximação a Vila Viçosa e Estremoz. Com uma guarnição formada por duas companhias de infantaria de 1ª linha e de meio batalhão das milícias do Crato, esperava-se que se defendesse durante algum tempo, dificultando a progressão das forças espanholas para o interior da província. Mas a verdade é que, como a inspecção das fronteiras reportou em 1803, para ser defensável a fortaleza precisava de novas obras exteriores, que em 1801 não tinha, nem nunca viria a ter. O governador Gama Lobo, tenente-coronel desde 1797, antigo oficial do regimento de artilharia de Lisboa, não prestava serviço activo num regimento desde 1784, data em que tinha sido nomeado ajudante de ordens do governador das armas do Alentejo, o general de infantaria visconde da Lourinhã, tendo sido agraciado com o cargo de governador de Juromenha em 1789.

Gama Lobo também não hesitou muito e entregou às 10 horas da noite, muito rapidamente, a praça que dirigia. A sua atitude era difícil de defender e por isso, julgado em conselho de guerra, foi condenado à morte, tendo a sentença sido comutada em degredo para Angola, por decreto de 23 de Janeiro de 1802, onde morreu. Antes de abandonar a capital foi demitido do exército, em frente da guarnição de Lisboa, numa parada realizada no Rossio.”

Ref.: Inocêncio VII, 241, Nº 113. AMARAL, Manuel, Os oficiais do Exército Português em finais do Antigo Regime, Arqnet - O Portal da História, 2000-2010

GRAVURA SÉC. XVIII - SEQUEIRA. (Domingos António de) O REI D. JOÃO VI E A RAINHA D. CARLOTA JOAQUINA. [Título]: EXIGET MONUMENTUM AERE PERENIUS. [Por]... 1º Pint[or] da Cam[ara] de S[ua] . M[agestade]. Fid[elissima], G. F. de Queiroz Sculp. Lxª [Lisboa]. 1817.

De 21x12 cm. Dimensão da impressão: 15,5x10,5 cm. Gravura finamente aberta em chapa de metal e impressa sobre papel. A epígrafe colocada na legenda da gravura: EXIGET MONUMENTUM AERE PERENIUS significa em latim: «Erigi um monumento mais perene que o bronze», reportando-se a verso da Ode III de Horácio. A gravura mostra D. João VI com a mão esquerda segurando no peito a imposição dos seus títulos e das suas medalhas, a sua mão direita dada com a mão esquerda da Rainha Carlota Joaquina e a mão direita da rainha apontando para a frota no Rio Tejo, em frente da Torre de Belém, pronta a zarpar para o Brasil. Esta gravura segindo alguns autores conterá uma crítica velada de o rei ter fugido para o Brasil a pedido da rainha. Domingos António de Sequeira foi o mais importante pintor e desenhador português da sua época, tendo produzido as primeiras gravuras que foram impressas em notas de banco. Esta obra não é referida no Dicionário de Iconografia Portuguesa de Ernesto Soares e Ferreira Lima.

Domingos António Sequeira (Belém, Lisboa, 1768 -  Roma, 1837), um dos mais notáveis pintores portugueses do seu tempo, foi Director honorário da Academia das Belas Artes de Lisboa e Conselheiro da Academia Romana de S. Lucas. Era Comendador da Ordem de Cristo e Cavaleiro da Imperial do Cruzeiro do Brasil. Estudou em Roma onde foi discípulo de Antonio Cavallucci e onde obteve vários prémios de diversas academias italianas. Autor de vasta obra pictórica, dela destacam-se a empreitada de pinturas para o Palácio da Ajuda, os retratos de trinta e três deputados das Cortes de 1821, ou A Morte de Camões (hoje perdida) que recebeu a medalha de ouro do Salão do Louvre.   

Ref.: Inocêncio IX, 137.  

O primeiro documento é uma Cédula Real do Rei D. Carlos de Espanha contém a declaração de Guerra a Portugal, datada de 28 de Fevereiro de 1801. O segundo documento é o decreto de D. João, Príncipe Regente de Portugal, com data de 24 de Maio de 1801, ordenando a saída de todos os súbditos espanhóis de Portugal num prazo de 15 dias. O terceiro documento é a Real Cédula do Rei D. Carlos de Espanha, com data de 12 de Agosto de 1801, determinando a observância do tratado de paz celebrado, em 6 de Junho de 1801, na cidade de Badajoz, com o reino de Portugal. O quarto documento é um folheto publicado na Regia Oficina Tipográfica de Lisboa, que contém a Carta de Confirmação, Aprovação, e Ratificação, com data de 14 de Junho de 1801, do Tratado celebrado em Badajoz a 6 de Junho, (que é transcrito neste impresso da página 4 à 12). O quinto documento é uma sentença do Conselho de Guerra datada de Abrantes aos 26 de Junho de 1801, que condena à morte (comutada depois em prisão perpétua) o comandante da Praça de Juromenha por a ter entregue sem combate, impressa na Regia Officina Typographica, Lisboa provávelmente em 1802.  

O tratado foi negociado e assinado pelo Plenipotenciário do Príncipe Regente de Portugal Luís Pinto de Sousa Coutinho, Ministro e Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e pelo Plenipotenciário do Rei de Espanha, D. Manuel de Godoy, Príncipe da Paz.           

Na sequência da Guerra das Laranjas (20 de Maio a 6 de Junho de 1801), o governo português assinou um tratado, com condições humilhantes, que previam a perda para a França de partes do Norte do Brasil e a perda perpétua de Olivença para Espanha.

O Tratado de Paz acima referido foi assinado em Badajoz em 6 de Junho de 1801 e foi revogado pela Conferência de Viena de Áustria em 1815, que restituiu a posse de Olivença a Portugal na sequência da derrota definitiva de Napoleão Bonaparte.

 War of the Oranges. [5 booklets+1 engraving.]

5 volumes with 31x21.5 cm. Different pagination (see description below). Soft covers. Engraving of King D. João VI and D. Carlota Joaquina. 

The documents are inside the folder of Princess Carlota Joaquina, which is a case imitating a book, full calf with gilt tools on spine and boards. On the boards the gilt floral tools frame the coat of arms of the princess. The case liner is also decorated in gold. The edges and inside of the box are coated with a beautiful contemporary marbled paper. 

The box is worn-out due to handling at the bottom extreme of the spine and corners of the boards. 

This set includes 1 engraving, three legal documents, and a leaflet with the articles of the peace agreement that ended the War. The first document is Royal Ballot of Ling Charles of Spain declaring war to Portugal, dated February 28th, 1801. The second is the decree of D. João, Prince Regent of Portugal, dated May 24th, 1801, ordering the departure from Portugal of all Spanish subjects within 15 days. The third document is the Royal Ballot of King Charles of Spain, dated August 12th, 1801, ensuring the compliance to the peace treaty signed on June 6th, 1801 at the city of Badajoz, with the kingdom of Portugal. The forth document is a leaflet published by the Regia Oficina Tipográfica de Lisboa [Royal Print house of Lisbon], that contains the Confirmation Letter, Approval, and Ratification (dated June 14th, 1801) of the treaty celebrated in Badajoz on June 6th, that is transcribed in this leaflet from pages 4 to 12. 

The treaty was negotiated and signed by the Plenipotentiary of the Prince Regent of Portugal Luís Pinto de Sousa Coutinho, Minister and Secretary of State for Foreigner Affairs and by the Plenipotentiary of the King of Spain D. Manuel de Godoy, Prince of Peace.           

Following the War of oranges (May 20th to June 6th, 1801) the Portuguese government signed a treaty that previewed the loss to France of parts of the north of Brazil and the perpetual loss of Olivença to Spain.

The above mentioned Peace Treaty was signed in Badajoz on June 6th, 1801 and was revoked in 1815 at the Vienna (Austria) Conference returning Olivença to Portugal after the final defeat of Napoleon Bonaparte.

Description of the Documents:

REAL CEDULA DE S. M. Y SEÑORES DEL CONSEJO, EN QUE CONFORME AL DECRETO INSERTO se declara la guerra á la Reyna Fidelísima de Portugal, sus Reynos y súbditos, y se corta toda comunicacion, trato y comercio entre ellos de esta Corona. AÑO 1801. EN MADRID EN LA IMPRENTA REAL. Dim.: 30x20.4 cm with 10 unnumbered pages. Last page is blank. Illustrated with the coat of arms of the King of Spain at the centre of title page. 

DECRETO [DO PRINCIPE REGENTE NOSSO SENHOR] Na Regia Officina Typografica. 24 de Maio de 1801. Dim.: 31x21.5 cm with 4 unnumbered pages. Last page is blank. Illustrated with the coat of arms of Quenn D. Maria I on the top of title page.     

REAL CEDULA DE S. M. Y SEÑORES DEL CONSEJO, POR LA QUAL SE MANDA OBSERVAR, guardar y cumplir el Tratado de Paz y Amistad concluido entre el Rey nuestro Señor y el Príncipe Regente de Portugal. AÑO 1801. EN MADRID EN LA IMPRENTA REAL. Dim.: 30x20.4 cm with 18 unnumbered pages. Last page is blank. Illustrated with the coat of arms of the King of Spain at the centre of title page.  

TRATADO DE PAZ, E DE AMIZADE ENTRE AS COROAS DE PORTUGAL, E DE HESPANHA, ASSINADO EM BADAJOZ PELOS PLENIPOTENCIARIOS DO PRINCIPE REGENTE, E DE SUA MAGESTADE CATHOLICA Em 6 de Junho de 1801, E RATIFICADO POR AMBOS OS SOBERANOS. LISBOA NA REGIA OFFICINA TYPOGRAFICA. ANNO M. DCCCI. Dim.: 21.7x15.7 cm with 13, [iii] unnumbered pages. The three last pages are blank. Illustrated with the coat of arms of Queen D. Maria I at the bottom centre of the title page. 

18TH CENTURY ENGRAVING - SEQUEIRA. (Domingos António de) O REI D. JOÃO VI E A RAINHA D. CARLOTA JOAQUINA. [Título]: EXIGET MONUMENTUM AERE PERENIUS. [Por]... 1º Pint[or] da Cam[ara] de S[ua] . M[agestade]. Fid[elissima], G. F. de Queiroz Sculp. Lxª [Lisboa]. 1817.

Dim.: Total: 21x12 cm. Print: 15.5x10.5 cm. Engraving open in metal plate and printed on paper. The inscription at the caption of the engraving EXIGET MONUMENTUM AERE PERENIUS translates into «I erected a monument more lasting than bronze », recalling a verse of the Ode III by Horace. As for the image of the engraving, it shows D. João VI holding with his left hand on his chest the medals and commendations, his right hand in the hand of the Queen Carlota Joaquina. The right hand of the Queen pointing to the fleet on River Tagus, in front of Belém Tower, ready to sail heading to Brazil (where they were living on the date this engraving was printed). This engraving is a concealed critique to the king that fled to Brazil on the Queen’s request. Domingos António de Sequeira was the most important Portuguese painter and draughtsman of hius time, being the designer of the first engravings printed on bank notes. This work is not mentioned on the dictionary of Portuguese Iconography by Ernesto Soares e Ferreira Lima.


Temáticas

Referência: 2003PG028
Local: M-8-A-20

Indisponível





Caixa de sugestões
A sua opinião é importante para nós.
Se encontrou um preço incorrecto, um erro ou um problema técnico nesta página, por favor avise-nos.
Caixa de sugestões
 
Multibanco PayPal MasterCard Visa American Express

Serviços

AVALIAÇÕES E COMPRA

ORGANIZAÇÃO DE ARQUIVOS

PESQUISA BIBLIOGRÁFICA

free counters