[Por]... Conservadora do Museu de Arte Popular, Ex-Bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian, Ex- Bolseira do Instituto de Alta Cultura. Edições Excelcior. Lisboa. 1966.

De 31x23 cm. Com 374, [ii] págs. Encadernação do editor inteira de percalina com ferros a ouro na lombada e na pasta anterior e com a marca do impressor na pasta posterior. 

Profusamente ilustrado no texto com 208 gravuras a preto e branco e com seis gravuras a cores em extratexto.

Exemplar 672/1000 numerado e assinado pela autora.

Obra impressa sobre papel couché fino.

Luxuosa edição, com o texto impresso a duas colunas, que alia uma grande beleza gráfica e artística a um elevado rigor e aprofundamento na investigação realizada pela autora.

Estudo fundamental sobre a arte indo portuguesa, ou seja a arte praticada por artistas indianos que realizavam obras com motivos e modelos oriundos de Portugal geralmente relacionados com a religião católica e por outro lado a existência de motivos decorativos orientais em obras de arte realizadas por artistas portuguesas tanto na Índia como em Portugal. Produto dos intercâmbios entre os portugueses e os povos da Índia a arte Indo portuguesa é um intensa demonstração da capacidade de relacionamento dos portugueses com outras culturas e uma demonstração da miscigenação entre diferentes visões do mundo.

O termo arte indo portuguesa foi usado pela primeira vez por Sousa Viterbo e posteriormente tem sido alvo de continuada atenção de numerosos investigadores que têm demonstrado a importância do seu estudo para a compreensão da expansão portuguesa na Índia e da influência de paradigmas religiosos e culturais do sub continente indiano na cultura e na arte portuguesas.

A confluência de linguagens que caracteriza a arte indo portuguesa foi também muito importante como instrumento pedagógico, na maior parte dos casos com finalidades catequéticas, por ser mais próxima e familiar à visão do mundo dos povos da Índia.