[Por]… Capitão-tenente da armada, official às ordens honorário de Sua Magestade El-Rei. Typ. da Livraria Ferin. Lisboa. 1904.

De 23x15 cm. Com x-(i)-385 págs.

Encadernação de época com lombada e cantos em pele.

Ilustrado com 21 gravuras no texto, e em extra-texto; 1 mapa desdobrável (de 80x64 cm) da região do Barué (Moçambique: entre Sena, Tete e Macequece) com itinerários das 10 colunas militares em que se dividiu a operação; 3 gráficos estatísticos desdobráveis (temperaturas, altitudes e o gráfico da marcha das colunas); e 73 documentos com quadros de dados de toda a organização do comando e dos serviços das colunas militares.

Exemplar com dedicatória do autor sobre a página de anterrosto.

João de Azevedo Coutinho assentou praça aos 15 anos em Cavalaria nº 4, mas a sua vocação natural determinou a transferência para o serviço da Armada, em 1882. Em 1886-1887 tomou parte nas expedições às terras de Infusse e Mongiquale. Em 1888 comandou a lancha canhoneira Cherim e deve-se-lhe a ocupação de Chilomo. Nomeado em 1889 governador militar do Chire, dirigiu a campanha que pôs fim à rebeldia dos Macololos. No ano seguinte, a tal ponto se ilustrou na campanha de M’lolo que foi declarado pelas Cortes Benemérito da Pátria e o próprio Rei D. Carlos I fez-lhe a oferta pessoal das insígnias da Torre e Espada. Tinha então 25 anos. Em 1891, depois de malograda a primeira expedição para debelar a revolta dos povos do Barué, chefiou a segunda expedição. Promoveu com êxito um ataque à aringa de M’tondo. No ataque à aringa de Mafunda, após dez horas de intensa luta, caiu gravemente ferido. Distinguiu-se de novo na memorável campanha dos Namarrais (1896-1897), contra o Cambuemba (1897) e na Maganja da Costa (1898). Em 1902, já governador da Zambézia, dirigiu nova campanha no Barué ao longo de dois meses, nos quais as tropas percorreram três mil quilómetros, conseguindo a pacificação completa da região.