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RUGENDAS. (Johann Moritz) HABITANTE DE GOYAS, QUADRO A ÓLEO PINTADO SOBRE MADEIRA. |
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Clique nas imagens para aumentar. REBELO DA COSTA. (Agostinho) DESCRIPÇAÕ TOPOGRAFICA, E HISTORICA DA CIDADE DO PORTO. [1.ª EDIÇÃO]Que contém A sua Origem, Situaçaõ, e Antiguidades: A magnificencia dos seus Templos, Mosteiros, Hospitaes, Ruas, Praças, Edificios, e Fontes: O número dos seus Habitadores, o seu Caracter, Genio, Costumes, e Religiaõ que professaõ: Os Appelidos das Familias Illustres, que nella residem: O Catalogo Chronologico dos seus Bispos: Os Governos Ecclesiastico, Civil, Militar, Politico: O nascimento do grande Rio Douro, que a banha, e fórma a sua Barra; As producçoens da Natureza, e Industria, que augmentaõ os Ramos do seu Commercio, e promovem as Fabricas, que tem estabelecidas: Os Privilegios, Isençoens, e Regalîas, que a engrandecem: A noticia dos Homens, e das Mulheres Illustres em Virtudes, Letras, e Armas, que della saõ naturaes &c. &c. &c. Enriquecida com Estampas, e Mappas curiosos, que a ornaõ. Feita Por AGOSTINHO REBELLO DA COSTA Presbytero Bracarense, Doutor em Theologia, e Cavalleiro professo na Ordem de Christo. PORTO: Na Officina de Antonio Alvarez Ribeiro. Anno de CIƆIƆCCLXXXIX [1789]. Com licença da Real Mesa da Commissão Geral sobre o Exame, e Censura dos livros. In 8.º de 20,2x12,8 cm. Com xii, xxxii, 374, [vi] págs. Encadernação do século XIX com lombada em pele com ferros a ouro. Ilustrado no texto com tabelas de dados geográficos e demográficos, incluindo as descrições das comarcas da Feira, da Maia, de Penafiel e de Sobre Tâmega, entre as páginas 137 e 175, que apresentam as suas paroquias, padroeiros, número de fogos e de almas, rendimentos, etc. Em extratexto inclui 4 desdobráveis: um mapa da província de Entre Douro e Minho gravado a metal (26x17,5 cm.), sem indicação do autor, tratando-se de uma reedição de um dos mapas de Carpinetti publicados em 1762, colocado entre a advertência e a descrição preliminar; duas magníficas calcogravuras de grandes dimensões com os panoramas da Cidade do Porto (29,5x44 cm.) e da Barra do Porto (25,5x16,5), desenhados por Teodoro de Sousa Maldonado e gravados por Manuel da Silva Godinho, que incluem uma completa legenda que regista e indica 56 e 30 edifícios e locais importantes, respectivamente; uma xilogravura em face da página 180 (25,5x16,5 cm.) com um esquema da organização da Sala da Relação. O desenho da Cidade do Porto, que está antes do primeiro capítulo, tem um belo anjo que sobrevoa a cidade e segura uma fita com o título do mapa: «C.de do Porto». Trata-se da primeira gravura portuguesa que representa a cidade em finais do século XVIII. A perspetiva vai da Torre da Marca, a poente, até S. Lázaro, no extremo oriental da cidade. A muralha defensiva do velho burgo mantinha-se em toda a sua extensão e são assinaladas as suas portas, onde as principais detinham, devidamente indicadas, torres de vigília fortificadas. Entre os principais edifícios indicados, regista-se o grande número de conventos existentes dentro dos muros. O desenho da Barra do Porto, antes do sexto capítulo, tem o título num emblema no canto inferior direito: «Planta Geográfica da Barra da Cidade do Porto». Folha de rosto com uma pequeníssima gravura da Coroa Real de Portugal. Impressão muito nítida em caracteres redondos e alguns itálicos de vários tamanhos, com notas de rodapé e notas impressas à margem ao longo do texto. Ornamentado com simples cabeções tipográficos ao início da obra e da descrição preliminar, uma inicial decorativa e alguns florões de remate. Exemplar apresenta as charneiras partidas e perda de pele na cabeça e no pé. Primeira edição rara. Existem variantes com a data de 1788. Fez-se uma segunda edição em 1945, pela Livraria Progredior, com prefácio do professor e historiador português Artur de Magalhães Basto e com uma crítica de Tomaz Modessan, contemporâneo do autor, escrita a 10 de Março de 1789. Saiu a terceira edição em 2001 pela editora Frenesi, Lisboa, no mesmo ano em que o Porto foi Capital Europeia da Cultura. Marco essencial para a compreensão histórica e cultural da cidade do Porto no século XVIII, uma peça única para o bibliófilo de temas portuenses e para os historiadores e estudiosos da cidade. Nestas páginas contempla-se o seu património cultural, a sua memória, a alma da cidade. Folhas preliminares com taxação no verso da folha de rosto: «Foi taixado eſte livro em mil e duzentos reis em papel. Meza 27. de Outubro de 1788. Com tres Rubricas»; «Advertência Necessaria» nas primeiras 12 páginas em numeração romana; e «Descrição preliminar da Província d’entre Douro, e Minho» nas restantes 32. As últimas folhas não numeradas contêm índices de conteúdos e uma pequena errata na última página. Ao longo de 10 capítulos, o livro oferece um retrato completo da cidade, abordando a sua origem, situação geográfica e património histórico, bem como as suas principais características urbanas, como templos, mosteiros, ruas, praças e fontes. Destaca também aspectos demográficos e culturais, explorando os hábitos, costumes e o carácter dos seus habitantes, além de apresentar um catálogo das famílias ilustres que ali residiam. Com uma descrição minuciosa dos governos eclesiástico, civil, militar e político, a obra traça o panorama administrativo da cidade e sublinha a importância do comércio que florescia através da barra do Douro. Inclui informações sobre as indústrias locais, os privilégios e regalias que engrandeciam o Porto, e as figuras notáveis nas áreas de virtudes, letras e armas. Além disso, o livro oferece uma visão única das muralhas medievais, antigas portas, conventos, igrejas, pelourinhos e chafarizes da cidade, bem como dos costumes alimentares da época e das revoluções e acontecimentos marcantes que moldaram o Porto. É, sem dúvida, uma fonte inesgotável de conhecimento para quem deseja mergulhar no passado da cidade, oferecendo uma viagem detalhada e enriquecedora pela sua história e legado cultural. Agostinho Rebelo da Costa (Braga, ? – Porto, 1791), presbítero secular, cavaleiro professo na Ordem de Cristo e doutor em Teologia pela Universidade de Coimbra. Natural de Braga, era filho de Manuel Rebelo da Costa e Maria Vieira de Azevedo. Foi sepultado na igreja do extinto convento dos Carmelitas, segundo a sua disposição testamentária. Foi também autor de «Orações panegyricas que recitou na festividade da Matriarcha Sancta Theresa de Jesus nos dias 15 e 17 de Outubro de 1784», impressas na Oficina Régia em Lisboa, 1785. Teodoro de Sousa Maldonado (1759 – 1799), arquitecto, cartógrafo, miniaturista e poeta da Arcádia Portuense, conhecido por ser autor da primeira gravura da cidade do Porto em finais do século XVIII, uma das mais reproduzidas até hoje. Foi também autor de diversas plantas e mapas fundamentais para a cidade, como o perfil da Rua Nova de Santo António e o traçado da Calçada dos Clérigos. Desempenhando um papel crucial em projetos aprovados pela Junta das Obras Públicas. Entre as suas contribuições notáveis, destacam-se o alinhamento da Alameda da Cordoaria, o projeto para o aqueduto de Mijavelhas e a planta da Rua Nova da Boa Vista. As suas representações detalhadas do Porto evidenciam um profundo compromisso com a organização e desenvolvimento urbano, refletindo as transformações da cidade durante o século XVIII. Manuel da Silva Godinho (Lisboa, 1751? - 1819?) foi aluno da Aula de Gravura de Carneiro da Silva na Imprensa Régia, desde 1769 a 1776. Ernesto Soares considera-o um hábil gravador entre os da sua época e informa que abriu muitas dezenas de estampas de motivos religiosos, descrevendo 11 delas, sendo de opinião que a maioria possui bons desenhos e feliz escolha do assunto. Godinho é autor de uma vasta obra que inclui retratos de reis, rainhas, de santos para ilustrar livros assim como gravuras sobre as invasões francesas, sobre o naufrágio de navios e um numeroso conjunto de colecções de gravuras sobre os trajes e costumes de Lisboa e dos uniformes do Exército Português. João Silvério Carpinetti (1740 - 1800), português de origem italiana, é considerado um dos melhores gravadores do século XVIII em Portugal. Discípulo de Vieira Lusitano, dedicou-se à ilustração de livros, realizando muitos registos de santos e retratos. Assina, frequentemente, 'Lusitano'. Ref.: Arquivo Municipal do Porto, Maldonado, Teodoro de Sousa. 1759-1799, arquiteto. [em linha] Museu Nacional Soares dos Reis [em linha] Ernesto Soares - História da gravura artística, I, 317–327. Samodães, II, 214 (2633). Inocêncio I, 22, n.º 117; IV, 37; VIII, 16.
Referência: 1804PG141
Local: M-7-C-48 Caixa de sugestões A sua opinião é importante para nós. Se encontrou um preço incorrecto, um erro ou um problema técnico nesta página, por favor avise-nos. ![]() |
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