Precedido das Leis, Officios do Presidente da Assembleia Geral, e Resolução das Cortes Respectiva ao Mesmo Banco. Lisboa: Na Typografia Maigrense. Anno de 1822. Calçada de Santa Anna N.º 96.

In 4.º de 20x14,2 cm. Com 51, [i] págs. Brochado. Exemplar apresenta pequenas manchas nas primeiras páginas.

Contém a Carta de Lei de 31 de Dezembro de 1821, mandando executar o decreto das Côrtes para a criação e organização do Banco; a Carta de Lei de 2 de Fevereiro, determinando o encerramento da subscrição e a reunião da Assembleia Geral, previstos na anterior Carta de Lei; os dois primeiros ofícios, do Presidente da Assembleia Geral do Banco, Francisco Duarte Coelho; parecer da Comissão da Fazenda; Resolução do Congresso sobre os juros do dinheiro para pagar as acções; e o Regulamento do Banco de Lisboa, aprovado na Assembleia Geral de 25 de Junho de 1822. 

Muito importante para a história da Banca portuguesa, da economia do século XIX e da Revolução Liberal de 1820. 

O Banco de Lisboa é o 2º banco português (o 1º foi o Banco do Brasil fundado em 1808), o 4º a nível mundial e é o antecessor do Banco de Portugal. Com funções comerciais e emissoras abriu em 21 de Agosto de 1822 e emitiu algumas das primeiras notas que circularam em Portugal que eram de grande beleza estética. A sua função emissora foi-se restringindo à região de Lisboa. Em 1846 o Banco de Lisboa foi fundido com a Companhia Nacional Confiança passando a designar-se por Banco de Portugal e em 1891 obteve o exclusivo da emissão de notas para todo o país.

Durante o Estado Novo passou a depender mais do Governo, tomou medidas para uma política de controlo monetário efectivo e passou a ter algumas competências na supervisão do sistema bancário. Em 1974 foi nacionalizado e em 1998 passou a fazer parte do Sistema Europeu de Bancos Centrais.   

Inocêncio VII, 64.