RUGENDAS. (Johann Moritz) HABITANTE DE GOYAS, QUADRO A ÓLEO PINTADO SOBRE MADEIRA.

     
 
 

Recuperar password

Livros disponiveis: 78926

English   
 
   

Clique nas imagens para aumentar.



BETTENCOURT. (Aníbal) e outros. LA MALADIE DU SOMMEIL. RAPPORT

Présenté au Ministère de la Marine et des Colonies par la Mission Envoyée en Afrique Occidentale Portugaise Constituée par Annibal Bettencourt Directeur de L' Institut Royal de Bactériologie Camara Pestana - Chef de Mission. Ayres Kopke Professeur a L' École de Médicine Tropicale de Lisbonne, Chef de Service a L' Institut Royal de Bactériologie Camara Pestana, Médecin de Premiére Classe de la Marine. Gomes de Rezende Chef de Service a L' Institut Royal de Bactériologie Camara Pestana, Médecin de L"Armée. Côrrea Mendes Directeur du Laboratoire de Bactériologie de Loanda Médecin de Première Classe des Colonies. Imprimerie de Libanio da Silva. Lisbonne. 1903.

De 32,4x23 cm. Com [iv], 280, [xlvi] págs. Cartonagem do editor com a lombada em tela com o título da obra impresso numa tira de papel nela colada e com o título da obra impresso na pasta anterior, dentro de uma cercadura igual à da pasta posterior, que tem um elemento ornamental no centro.

Ilustrado no texto com 22 gravuras e 24 quadros e tabelas e, em extratexto, com um mapa de Angola a cores, com 13 gráficos desdobráveis com a evolução da respiração, das pulsações e do ritmo cardíaco dos casos observados, com 5 fotografias a cores de órgãos dos pacientes e 42 fotografias a preto e branco de amostras observadas ao microscópio.

Exemplar com desgastes superficiais na cartonagem, em especial nos cantos, com dedicatória ao alto da folha de rosto a Alves de Oliveira e com desgastes marginais nas sete últimas folhas com fotografias.

Obra rara. Só existem exemplares em bibliotecas especializadas, tais como a London School of Hygiene & Tropical Medicine, Société Francophone de Médicine Tropicale et Santé Internationale, BNP e Biblioteca Central de Marinha.

É muito importante para a história e o estudo desta doença, que ainda em 2015 matou 3500 pessoas, para a história de Angola, da medicina portuguesa, nomeadamente a medicina tropical e da administração portuguesa daquele território.

A grande divulgação, por meio da publicação de vários trabalhos e relatórios em diversas línguas, dando conta das investigações da Missão foi uma tentativa de recuperação do orgulho nacional, frustrado que foi o plano do mapa cor de rosa.

Está dividida em duas partes, na primeira os autores descrevem pormenorizadamente a história da doença, conhecida desde 1803, as áreas geográficas onde foi identificada, sobre a sua etiologia, os sintomas, as patologias anatómicas, os tratamentos, a patologia da estrutura microscópica das células, as pesquisas bacteriológicas, a profilaxia, as conclusões e juntam a bibliografia.

A segunda parte descreve minuciosamente as observações clínicas e as autópsias de 71 doentes, alguns da Ilha do Príncipe, onde a Missão esteve durante 15 dias, e a maioria de Angola. Os autores juntaram depois uma adenda comentando uma comunicação de Castellani, na Royal Society, de Londres, em Maio de 1903, que aponta para o facto da doença ser causadas por trypanosomas. Por fim depois das erratas seguem uma explicação das 42 ilustrações contidas nas últimas páginas.

O presente trabalho insere-se na chamada Corrida para África -Scramble for Africa, iniciada depois da Conferência de Berlim, em 1885. As potências europeias ficavam obrigadas a ocupar os territórios que lhe tinham sido atribuídos e para isso era necessário combater as doenças tropicais, que grassavam no interior do continente. Portugal foi pioneiro ao enviar esta missão a Angola, em 1901, antes das Missões inglesas enviadas, em 1902 e 1903 a Entebe, no Uganda.

Os cientistas portugueses, em especial Bettencourt, defenderam que a doença era causada por uma bactéria, mas a tendência dos ingleses e de outros cientistas nacionais, como Kopke e Correia Mendes foi defender que a doença era provocada por um parasita, que se descobriu posteriormente ter como vector a mosca Tsé-tsé. Na Inglaterra também houve divisão de opiniões.

Apesar de se ter demonstrado que Bettencourt não tinha razão, por Portugal não ter a disciplina de Medicina Tropical, o trabalho da Missão foi muito valioso, pois foi o ponto inicial da institucionalização da medicina tropical com a criação, em 1902, da Escola de Medicina Tropical em Lisboa, moldada nas escolas de medicina tropical de Liverpool e Londres, e integrando médicos oriundos do prestigiado Instituto Câmara Pestana. A Escola de Medicina Tropical realizou oito missões científicas às colónias e Kopke realizou no mesmo período denodadas investigações sobre o tratamento da doença.

 32.4x23 cm. [iv], 280, [xlvi] pp. Editor's cardboard binding with canvas spine with the title of the work printed on a strip of paper pasted on it and with the title of the work printed on the front board within a framing matching that of the rear board, which has an ornamental element in the centre.

Illustrated in the text with 22 engravings and 24 charts and tables and, hors-texte, with a colour map of Angola, with 13 fold-out charts showing the evolution of respiration, pulsations and heart rate of the cases observed, with 5 colour photographs of patients' organs and 42 black and white photographs of specimens observed under the microscope.

Copy with superficial signs of wear on the binding, particularly at the corners, with dedication at the top of the title page to Alves de Oliveira and with marginal signs of wear on the last seven leaves with photographs.

Rare book. Copies only exist in specialist libraries such as the London School of Hygiene & Tropical Medicine, Société Francophone de Médicine Tropicale et Santé Internationale, Portuguese National Library and the Biblioteca Central de Marinha (Portuguese Navy Central Library).

Very important work for the history and study of this disease, which still in 2015 killed 3500 people, for the history of Angola, Portuguese medicine and the Portuguese administration of that territory.

Divided into two parts, in the first part the authors describe in detail the history of the disease, known since 1803, the geographical areas where it was identified, on its aetiology, symptoms, anatomical pathologies, treatments, pathology of the microscopic structure of the cells, bacteriological research, prophylaxis, conclusions and attach the bibliography.

The second part describes in detail the clinical observations and autopsies of 71 patients. The authors then add an addendum commenting on a paper by Castellani, at the Royal Society, London, in May 1903, which confirms the conclusions of this report and points to the fact that the disease is caused by trypanosomes. Finally after the errata follows an explanation of the 42 illustrations contained in the last pages.

This work is part of the so-called Scramble for Africa, which began after the Berlin Conference in 1885. The European powers were obliged to occupy the territories that had been allocated to them and to do so, it was necessary to combat tropical diseases, which raged in the interior of the continent. Portugal was a pioneer in sending this mission to Angola, in 1901, before the British missions sent in 1902 and 1903 to Entebe, in Uganda.

Portuguese scientists, especially Bettencourt, argued that the disease was caused by a bacterium, but the tendency of the English and other national scientists, such as Kopke and Correia Mendes was to argue that the disease was caused by a parasite, which was later found to have the tsetse fly as its vector. In England there was also a division of opinion.

Although Bettencourt was proved wrong, as Portugal did not have the discipline of Tropical Medicine, the work of the Mission was very valuable, as it was the starting point of the institutionalisation of tropical medicine with the creation, in 1902, of the Escola de Medicina Tropical (School of Tropical Medicine) in Lisbon, modelled on the schools of tropical medicine in Liverpool and London, and integrating doctors from the prestigious Câmara Pestana Institute. The Escola de Medicina Tropical undertook eight scientific missions to the colonies and Kopke carried out intensive research into the treatment of the disease.

Referências/References:

Amaral, Isabel - Bactéria ou parasita? A controvérsia sobre a etiologia da doença do sono e a participação portuguesa, 1898-1904. História, Ciências, Saúde – Manguinhos, Rio de Janeiro, v.19, n.4, out.-dez. 2012, p.1275-1300.

Souza Correa, Sílvio Marcus de - ''Hipnóticos” na metrópole: africanos no Hospital Colonial de Lisboa nas primeiras décadas do século XX. Casa de Oswaldo Cruz, Fundação Oswaldo Cruz. História, Ciências, Saúde-Manguinhos, vol. 27, núm. 4, pp. 1125-1147, 2020.


Temáticas

Referência: 2305PG006
Local: SACO NM001-04

Indisponível





Caixa de sugestões
A sua opinião é importante para nós.
Se encontrou um preço incorrecto, um erro ou um problema técnico nesta página, por favor avise-nos.
Caixa de sugestões
 
Multibanco PayPal MasterCard Visa American Express

Serviços

AVALIAÇÕES E COMPRA

ORGANIZAÇÃO DE ARQUIVOS

PESQUISA BIBLIOGRÁFICA

free counters