|
|
RUGENDAS. (Johann Moritz) HABITANTE DE GOYAS, QUADRO A ÓLEO PINTADO SOBRE MADEIRA. |
|
Clique nas imagens para aumentar. ÁLBUM FOTOGRÁFICO DA FAMÍLIA TAVARES GUERRA.Título atribuído. S.d. [circa 1870]. De 15,5x11,5 cm. Com 25 folhas de cartão, cada uma com encaixes na frente e no verso, em forma de arco e com uma moldura dourada. Encadernação da época em pele, com um super-libris metálico armoriado na pasta anterior e 2 fechos em metal com o cinto da Ordem da Jarreteira. Corte das folhas dourado. Contém 47 fotografias designadas por cartes-de-visite de familiares e amigos de António Ribeiro Tavares Guerra, alguns deles membros da nobreza do Império do Brasil. O seu tamanho é, em média, de 10x6,5 cm., e encontram-se acondicionadas nos ditos encaixes. A maior parte apresenta chancelas de conceituados fotógrafos brasileiros no verso. Os encaixes têm entre eles uma divisória em papel vegetal, exceto nas folhas 2 e 13, que terá sido provavelmente arrancada. A fotografia n.º 1 tem um pequeno rasgo na parte inferior sem atingir a imagem; a n.º 17 apresenta pequena falha superficial junto ao rosto e rasgo na moldura de encaixe; a n.º 39 com pequeno rasgo na moldura do encaixe; a n.º 43 tem 3 picos de oxidação. Álbum de cartes de visite de António Ribeiro Tavares Guerra, muito importante para o estudo da sua família e amigos em concreto e também para o estudo dos “brasileiros” — nome dado aos portugueses que emigravam para o Brasil em busca de fortuna e voltavam ricos. A carte de visite foi um formato fotográfico muito popular entre a burguesia e as classes altas na década de 1860, devido ao seu baixo custo de produção. Tornou a arte do retrato fotográfico acessível a um público mais vasto, conferindo ao retratado um status de distinção social. As fotografias, impressas em papel albuminado, eram coladas sobre um pequeno cartão. Estes cartões eram frequentemente trocados entre familiares e amigos, tornando-se comum a criação de álbuns para a sua coleção e exposição, sendo o presente álbum um exemplo notável desta prática. Descrição das fotografias: Relação das fotografias com numeração sequencial atribuída consoante o encaixe em que se encontram e os nomes dos respectivos fotógrafos ou empresas fotográficas entre parênteses: 1 - Plano de busto de D. Pedro V, Rei de Portugal, vestido com a farda militar. Fotografia recortada em oval, emoldurada com uma cercadura com motivos dourados colada sobre o cartão. (Sem chancela) As pessoas identificadas nas fotografias, foram-no a partir da comparação com outros retratos. As fotografias 3, 33, 35, 46 são assinadas pelo pseudónimo «Modesto», fotógrafo que atuava na Rua do Sabão, N.º 123, Rio de Janeiro e Rua do Ouvidor, N.º 77, Rio de Janeiro. Numa das chancelas consta ainda: «Retratista Economico Modesto A da S.ª Ribr.º». A fotografia 5 foi realizada no estúdio «Fotografia do Cruzeiro do Sul», na Rua do Ouvidor, N.º 123. As fotografias 1, 28, 29 e 44 não têm indicação de fotógrafo ou estúdio. As fotografias 36, 39, 41 e 47, ao contrário das restantes, não foram impressas em albumina. Foram obtidas através do processo Collodion POP — Printing Out Paper. Biografias dos fotógrafos. Antônio da Silva Lopes Cardoso (s.d. — s.d.), proprietário da Photographia Imperial, atuou nas províncias de Pernambuco e da Bahia entre as décadas de 1860 e 1880. Foi nomeado Photographo da Casa Imperial a 30 de novembro de 1864. De acordo com as chancelas deste álbum, Lopes teve o seu estúdio na Rua do Ouvidor N.º 62, Rio de Janeiro e Rua do Hospicio N.º 104, Rio de Janeiro. Joaquim José Insley Pacheco (Cabeceiras de Basto, 1830 – Rio de Janeiro, 1912) foi um fotógrafo, pintor, professor e retratista português que veio viver e trabalhar no Brasil. Fundou um estúdio no Rio de Janeiro e graças à qualidade dos seus trabalhos recebeu o título de Fotógrafo da Casa Imperial em 1855. De acordo com as chancelas deste álbum, Pacheco teve o seu estúdio na Rua do Ouvidor N.º 102, Rio de Janeiro. Theóphile August Stahl (Bérgamo, 1828 – Alsácia, 1877) é considerado um dos mais importantes fotógrafos que atuara m no Brasil no século XIX. Germano Wahnschaffe (s.d. – s.d.) foi um pintor e colorista alemão do qual se sabe pouco. Formaram uma dupla de sucesso bastante procurada pela corte e pela alta burguesia. Obtiveram o título de Photographos da Casa Imperial em 21 de abril de 1862 e detinham o direito de vender imagens oficiais da Família Imperial, o que foi concedido a poucos fotógrafos da época. É de notar que, embora tenham assinado os trabalhos na corte sempre em conjunto, é provável que Wahnschaffe não exercesse diretamente a fotografia e tratasse apenas da pintura — um dos principais produtos do estabelecimento eram os retratos coloridos a guache ou a óleo. De acordo com as chancelas deste álbum, Stahl & Wahnschaffe tiveram o seu estúdio na Rua do Ouvidor N.º 117, Rio de Janeiro e apresentam-se como Photographos de S.M. o Imperador. A dupla de Gaspar Antonio da Silva Guimarães (s.d. – 1874) e Joaquim Feliciano Alves Carneiro (s.d. – 1887) é responsável por algumas das imagens e anúncios mais criativos do século XIX. A parceria aconteceu de 1865 a 1874, quando foi interrompida pela morte de Gaspar. De acordo com as chancelas deste álbum, Carneiro & Gaspar tiveram o seu estúdio na Rua de Gonçalves Dias N.º 60, Rio de Janeiro. Diogo Luiz Cypriano (s.d. – s.d.), fotógrafo, pintor e miniaturista, esteve entre os grandes retratistas da corte e, depois de Insley Pacheco, é o profissional da área que investiu de forma mais constante em publicidade. Destacou-se em 1861 ao ser contemplado com a medalha de cobre da 1.ª Exposição Nacional e ao ser designado como Photographo da Casa Imperial em 20 de setembro de 1864, nomeação que apenas passa a divulgar em 1874. De acordo com as chancelas deste álbum, Cypriano teve o seu estúdio na Rua dos Ourives N.º 34, Rio de Janeiro. Apresenta-se como Retratista da Casa Imperial. Poluceno Pereira de Silva Manuel (s.d. – s.d.) estudou na Academia Imperial de Belas-Artes, especializando-se no retrato e na pintura de história. Obteve medalha de prata nas Exposições Gerais de Belas Artes em 1859, e a de ouro no ano seguinte, voltando a expor alguns retratos em 1870. Foi professor de desenho no Liceu de Artes de Ofícios do Rio de Janeiro e no Colégio Pedro I. Desenvolveu intensa atividade, na antiga capital do Império, entre 1862 e 1890. De acordo com as chancelas deste álbum, Poluceno teve o seu estúdio na Rua dos Latoeiros N.º 55, Rio de Janeiro. Apresenta-se como profissional que retrata em fotografia e a óleo. Joaquim Coelho da Rocha (s.d. – s.d.), fotógrafo lisboeta nomeado Photographo da Casa Imperial do Brasil em 7 de junho de 1872. O seu contacto com a Família Imperial deve ter ocorrido em 1871, durante a primeira viagem de Pedro II ao continente europeu. Eduardo Isidoro Van Nyvel (s.d - s.d.), provavelmente alemão, foi por pouco tempo Fotógrafo da Casa Imperial e estabeleceu parcerias com diversos outros fotógrafos, nomeadamente Guilherme Barros Mangeon (s.d - s.d.), J. F. Guimarães e Albert Henschel. Foi um artista de destaque, com retratos que iam além da competência técnica comum aos seus colegas. Van Nyvel e Mangeon atuaram juntos por pouco tempo entre as décadas de 60 e 70. Foram Photographos da Casa Imperial nos anúncios de 1869 e 1870 feitos no Almanak Laemmert. De acordo com as chancelas deste álbum, Mangeon & Van Nyvel tiveram o seu estúdio na Rua dos Ourives N.º 40, Rio de Janeiro. José Ferreira Guimarães (Minho, 1841 – Paris, 1924) foi um dos mais inovadores da sua área no século XIX e é tido como o mais importante retratista da corte. Também foi, ao lado de Insley Pacheco, o que mais tempo atuou como fotógrafo oficial do Império: 34 anos. José Christiano de Freitas Henriques Junior (Açores, 1832 – Assunção, 1902), mais conhecido como Christiano Junior, é principalmente lembrado pelos seus retratos de negros no Brasil e pela fotografia de paisagem na Argentina, onde até hoje é considerado o principal fotógrafo oitocentista do género. Alfred Fillon (Roanne, 1825 – Lisboa, 1881), francês emigrado em Portugal por razões políticas, foi uma das figuras mais importantes da fotografia portuguesa de oitocentos. Fixando-se em Portugal na década de 1850, Fillon tornou o seu estabelecimento fotográfico num dos mais destacados estúdios portugueses e tornar-se-ia numa referência para as casas fotográficas portuguesas. Nele se fizeram fotografar as mais importantes figuras da sociedade portuguesa do seu tempo, em particular os membros da família real. A sua ligação aos meios teatrais, enquanto fotógrafo do Teatro Nacional, trouxe-lhe enorme prestígio e muitas das fotografias de artistas foram publicadas na revista O Contemporâneo. De acordo com as chancelas deste álbum, Fillon teve o seu estúdio na Rua dos Martyres, N.º 46, Lisboa. Justiniano José de Barros (s.d. - s.d.) foi um fotógrafo ativo durante as décadas de 1850 e 1860. Teve um papel importante como um dos pioneiros da atividade fotográfica no sul do país. De acordo com as chancelas deste álbum, Justiniano José de Barros teve o seu estúdio na Rua do Ouvidor N.º 62, Rio de Janeiro. Dados acerca dos retratados: D. Pedro V (Lisboa, 1837 - Lisboa, 1861) 31.º Rei de Portugal, sucedeu a sua mãe a Rainha D. Maria II, em 1853, com 16 anos de idade. O seu pai, o rei consorte D. Fernando, exerceu funções de regência até à maioridade do filho em 1855. Reinou até 1861 ano em que faleceu de febre tifóide. Casou com D. Estefânia, em 29 de Abril de 1858, que faleceu logo em Julho de 1859. Era dotado de grande cultura e elevada formação moral. Desempenhou o seu cargo com grande dedicação mesmo correndo riscos de contágio pelas numerosas doenças correntes na época (epidemias de cólera e febre amarela) quando visitava hospitais. Juntamente com a sua esposa fundou hospitais e instituições de caridade, como o Hospital de D. Estefânia, em memória dela. Ambrósio Leitão da Cunha, Barão de Mamoré (Pará, 1825 – Rio de Janeiro, 1889), retratado na foto 14, foi um advogado, juiz e político. Iniciou os seus estudos na Faculdade de Direito de Olinda e pouco depois foi transferido para São Paulo. Desempenhou diversos cargos políticos, nomeadamente juiz, chefe de polícia, desembargador, deputado provincial e geral, presidente de província e senador do Império do Brasil de 1870 a 1889. Casou com Maria José da Gama e Silva (Lisboa, 1817 – Rio de Janeiro, 1889). Joaquim José Álvares dos Santos Silva, Barão de São Geraldo (Mar de Espanha, 1842 – Conselheiro Lafaiete, 1901), retratado nas fotos 9 e provavelmente na 18, foi médico, político e proprietário agrícola. Formou-se pela Faculdade de Medicina, foi presidente da Câmara Municipal de Além Paraíba, onde detinha terrenos agrícolas, e diretor da Estrada de Ferro Leopoldina. Antônio Francisco Pereira, Barão de Bujari (Pernambuco, circa 1801 – Goiana, 1868), retratado na foto 30, foi um militar, coronel da Guarda Nacional. Francisco de Paula Ferreira de Resende (Campanha, 1832 – Rio de Janeiro, 1893), retratado na foto 43, foi um juiz e político formado pela Faculdade de Direito de São Paulo. Desempenhou os cargos de Ministro do Supremo Tribunal Federal e Vice-Governador de Minas Gerais. José Rodrigues de Lima Duarte (Barbacena, 1826 — Rio de Janeiro, 1896), foi um médico e político brasileiro, formado em medicina pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Filho do comendador Feliciano Coelho Duarte Badaró, originário de Piranga e de Constança Emídia Duarte Lima. Pelo lado materno era neto de José Rodrigues de Lima, natural do Paracatu e de Maria Antônia de Oliveira filha do inconfidente José Aires Gomes. Dados acerca de familiares dos retratados, possivelmente também retratados: José de Ávila Leal (s.d. – s.d.), que escreve a dedicatória da foto 8, foi um comerciante de café, tal como é evidenciado pelo contrato comercial para a compra e venda de café feito entre o mesmo e Francisco da Costa Nunes que consta do Diário de Notícias, Rio de Janeiro, 18/09/1872. José Rodrigues Pereira Júnior (Pernambuco, circa 1841 – Rio de Janeiro, 1886) foi um político formado pela Faculdade de Direito de Recife em 1863. Era genro do Barão de Mamoré (foto 14) e filho do capitão José Rodrigues Pereira (n. Santos-o-Velho), comissário-geral da cavalaria da capitania de Itamaracá e comerciante em Recife, avô do Barão de Bujari (foto 30). Dados Biográficos do dono do Álbum: António Ribeiro Tavares Guerra (Murça, 18-- – Porto, 1898), foi um capitalista e proprietário que emigrou para o Brasil onde estabeleceu fortuna. Viveu no Rio de Janeiro e em outros pontos da Estrada de Ferro D. Pedro II, mas aquando do seu falecimento era morador da Rua Fernandes Tomás, Freguesia de Santo Ildefonso, Porto. Era proprietário de vários prédios na Vila de Matosinhos, detentor de apólices da Dívida Pública do Brasil, apólices gerais e acções do Banco Comercial, onde tinha uma conta-corrente, e acções do Banco do Brasil. Guardava também acções na Casa Rôxo Lemos & Companhia, no Rio de Janeiro e tinha uma conta-corrente com a casa bancária Pinto da Fonsêca & Irmão, seus amigos. No jornal A Nação, folha politica, commercial e litteraria, edição de 25/06/1873, consta a notícia da dissolução da firma «Antônio Ribeiro Tavares Guerra & C.ª». O seu nome encontra-se citado no Relatório apresentado à Assembleia Legislativa Provincial do Rio de Janeiro na sessão extraordinária no dia 20 de março de 1874 pelo Presidente Desembargador Manuel José de Freitas Travassos. Casou com Carmina Barbosa e com ela teve uma filha de nome Carminda. É filho de Manuel Tavares Guerra e Margarida Joaquina Ribeiro Tavares Guerra. Tem uma irmã de nome Laura, que casou com Adolfo Fernandes Barbosa. Foi irmão da Irmandade de Santo António dos Congregados, da Irmandade do Terço e Caridade, do Senhor de Matosinhos e do Senhor do Bonfim, instituições às quais deixou a quem deixou entregues quantias monetárias em testamento. De entre os vários familiares e amigos contemplados no seu testamento, à parte os já referidos, encontram-se: os seus sobrinhos, filhos de Laura; a sua tia Judith Rosa Tavares Guerra, casada com António Tavares Guerra, e os seus primos Ana Tavares Guerra, casada com Francisco de Paula Fragoso, António Tavares Guerra Filho e João Tavares Guerra, todos residentes no Rio de Janeiro; os compadres, e seus afilhados, Francisco Maria Rodrigues e Rita da Glória, Libania da Veiga Pinto, António Ribeiro Guerra, Victorino Rodrigues Ribeiro, Visconde do Tangil, Angélica Arthayett e José Máximo Alves, José Maria de Assunção e António Teixeira Constantino. 15.5x11.5 cm. With 25 sheets of cardboard, each with slots on the front and back, in the shape of a bow and with a golden frame. Contemporary leather binding, with an armoured metal super-libris on the front board, 2 metal clasps and the Order of the Garter belt. Gilt edges. Contains 47 photographs called cartes-de-visite of family members and friends of António Ribeiro Tavares Guerra, some of them members of the nobility of the Empire of Brazil. They are on average 10 x 6.5 cm in size and are packed in the aforementioned boxes. Most of them are stamped by renowned Brazilian photographers on the back. The inserts have a greaseproof paper divider between them, except on sheets 2 and 13, which has probably been torn out. Photograph no. 1 has a small tear at the bottom that doesn"t affect the image; no. 17 has a small superficial flaw near the face and a tear in the insert frame; no. 39 has a small tear in the insert frame; no. 43 has 3 oxidised spots. Album of cartes de visite from António Ribeiro Tavares Guerra, very important for the study of his family and friends in particular and also for the study of the 'Brazilians' - the name given to the Portuguese who emigrated to Brazil in search of fortune and returned rich. Carte de visite was a photographic format that was very popular among the bourgeoisie and upper classes in the 1860s, due to its low production cost. It made the art of the photographic portrait accessible to a wider audience, giving the subject a status of social distinction. The photographs, printed on albumen paper, were pasted onto a small card. These cards were often exchanged between family and friends, and it became common for albums to be created for their collection and display, with this album being a notable example of this practice. Photo description: List of photographs with sequential numbering assigned according to the box they are in and the names of the respective photographers or photographic companies in brackets: 1 - Plan of bust of King Pedro V, King of Portugal, dressed in military uniform. Photo cut out in an oval, framed with a border with gilt motifs, glued onto the card. ( Without data) The people identified in the photographs were identified by comparing them with other portraits. Photographs 3, 33, 35 and 46 are signed by the pseudonym 'Modesto', a photographer who worked at Rua do Sabão, No. 123, Rio de Janeiro and Rua do Ouvidor, No. 77, Rio de Janeiro. One of the stamps also reads: 'Retractista Economico Modesto A da S.ª Ribr.º'. Photograph 5 was taken at the 'Fotografia do Cruzeiro do Sul' studio in Rua do Ouvidor, No. 123. Photographs 1, 28, 29 and 44 have no indication of photographer or studio. Photographs 36, 39, 41 and 47, unlike the others, were not printed on albumin. They were taken using the Collodion POP — Printing Out Paper. Biographies of the photographers. Antônio da Silva Lopes Cardoso (n.d. - n.d.), owner of the Photographia Imperial, worked in the provinces of Pernambuco and Bahia between the 1860s and 1880s. He was appointed Photographo da Casa Imperial (Imperial Household Photographer) on 30 November 1864. According to the captions of this album, Lopes had his studio at Rua do Ouvidor N.º 62, Rio de Janeiro and Rua do Hospicio N.º 104, Rio de Janeiro. Joaquim José Insley Pacheco (Cabeceiras de Basto, 1830 - Rio de Janeiro, 1912) was a Portuguese photographer, painter, teacher and portrait painter who came to live and work in Brazil. He founded a studio in Rio de Janeiro and thanks to the quality of his work was awarded the title of Photographo da Casa Imperial (Imperial Household Photographer) in 1855. According to the captions in this album, Pacheco had his studio at Rua do Ouvidor N.º 102, Rio de Janeiro. Theóphile August Stahl (Bergamo, 1828 - Alsace, 1877) is considered one of the most important photographers working in Brazil in the 19th century. Germano Wahnschaffe (n.d. - n.d.) was a German painter and colourist about whom little is known. They formed a successful duo much sought after by the court and the upper bourgeoisie. They obtained the title of Photographos da Casa Imperial (Imperial Household Photographers) on 21 April 1862 and held the right to sell official images of the Imperial Family, which was granted to few photographers at the time. It should be noted that, although they always signed their work at the court together, it is likely that Wahnschaffe did not work directly in photography but only in painting - one of the establishment"s main products were colour portraits in gouache or oil. According to the cancellations in this album, Stahl & Wahnschaffe had their studio at Rua do Ouvidor N.º 117, Rio de Janeiro and introduced themselves as Photographos de S.M. o Imperador (Photographers of H. M. The Emperor). The duo of Gaspar Antonio da Silva Guimarães (d.s. - 1874) and Joaquim Feliciano Alves Carneiro (d.s. - 1887) is responsible for some of the most creative images and adverts of the 19th century. The partnership ran from 1865 to 1874, when it was interrupted by Gaspar"s death. According to the captions of this album, Carneiro & Gaspar had their studio in Rua de Gonçalves Dias N.º 60, Rio de Janeiro. Diogo Luiz Cypriano (s.d. - s.d.), photographer, painter and miniaturist, was among the great portrait painters of the court and, after Insley Pacheco, is the professional in the field who invested most constantly in publicity. He made a name for himself in 1861 when he was awarded the copper medal at the 1st National Exhibition and was appointed as Photographo da Casa Imperial (Imperial Household Photographer) on 20 September 1864, an appointment he didn"t publish until 1874. According to the captions of this album, Cypriano had his studio in Rua dos Ourives N.º 34, Rio de Janeiro. He introduces himself as Retratista da Casa Imperial (Portraitist of the Imperial Household ). Poluceno Pereira de Silva Manuel (n.d. - n.d.) studied at the Imperial Academy of Fine Arts, specialising in portraiture and history painting. He won a silver medal at the General Fine Arts Exhibitions in 1859 and a gold medal the following year, exhibiting some portraits again in 1870. He taught drawing at the Liceu de Artes de Ofícios in Rio de Janeiro and at Colégio Pedro I. He was very active in the former capital of the Empire between 1862 and 1890. According to the captions in this album, Poluceno had his studio in Rua dos Latoeiros N.º 55, Rio de Janeiro. He presents himself as a professional who portrais in photography and oil. Joaquim Coelho da Rocha (n.d. - n.d.), Lisbon photographer appointed Photographo da Casa Imperial do Brasil (Photographer of the Imperial Household of Brazil) on 7 June 1872. His contact with the Imperial Family must have taken place in 1871, during King Pedro II"s first trip to the European continent. Eduardo Isidoro Van Nyvel (s.d - s.d.), probably German, was for a short time Fotógrafo da Casa Imperial (Photographer for the Imperial Household) and established partnerships with several other photographers, namely Guilherme Barros Mangeon (s.d - s.d.), J. F. Guimarães and Albert Henschel. He was an outstanding artist, with portraits that went beyond the technical competence common to his colleagues. Van Nyvel and Mangeon worked together for a short time between the 60s and 70s. They were Photographos da Casa Imperial (Photographers of the Imperial Household) in the 1869 and 1870 adverts in the Almanak Laemmert. According to the captions of this album, Mangeon & Van Nyvel had their studio at Rua dos Ourives N.º 40, Rio de Janeiro. José Ferreira Guimarães (Minho, 1841 - Paris, 1924) was one of the most innovative photographers in his field in the 19th century and is considered to be the most important court portraitist. He was also, along with Insley Pacheco, the longest-serving official photographer of the Empire: 34 years. José Christiano de Freitas Henriques Junior (Azores, 1832 - Asunción, 1902), better known as Christiano Junior, is mainly remembered for his portraits of black people in Brazil and for his landscape photography in Argentina, where to this day he is considered the leading 19th century photographer of the genre. Alfred Fillon (Roanne, 1825 - Lisbon, 1881), a Frenchman who emigrated to Portugal for political reasons, was one of the most important figures in Portuguese photography in the 1880s. Settling in Portugal in the 1850s, Fillon turned his photographic establishment into one of the most prominent Portuguese studios and became a benchmark for Portuguese photographic houses. The most important figures in Portuguese society of his time were photographed there, particularly members of the royal family. His connection to the theatre scene, as a photographer for the National Theatre, brought him enormous prestige and many of his photographs of artists were published in the magazine O Contemporâneo. According to the captions, Fillon had his studio in Rua dos Martyres, N.º 46, Lisbon. Justiniano José de Barros (s.d. - s.d.) was a photographer active during the 1850s and 1860s. He played an important role as one of the pioneers of photographic activity in the south of the country. According to the captions in this album, Justiniano José de Barros had his studio in Rua do Ouvidor N.º 62, Rio de Janeiro. Data about those portrayed: King Pedro V (Lisbon, 1837 - Lisbon, 1861). 31st King of Portugal, succeeded his mother Queen Maria II in 1853 at the age of 16. His father, King consort Ferdinand, served as regent until his son came of age in 1855. He reigned until 1861, when he died of typhoid fever. He married Lady Estefânia on 29 April 1858, who died in July 1859. He was endowed with great culture and high moral education. He carried out his duties with great dedication, even at the risk of being infected by the numerous diseases that were rife at the time (cholera and yellow fever epidemics) when he visited hospitals. Together with his wife, he founded hospitals and charitable organisations, such as the Hospital of Queen Estefânia, in her memory. Ambrósio Leitão da Cunha, Baron of Mamoré (Pará, 1825 - Rio de Janeiro, 1889), pictured in photo 14, was a lawyer, judge and politician. He began his studies at the Olinda Law School and shortly afterwards moved to São Paulo. He held various political posts, including judge, chief of police, provincial and general deputy, provincial president and senator of the Empire of Brazil from 1870 to 1889. He married Maria José da Gama e Silva (Lisbon, 1817 - Rio de Janeiro, 1889). Joaquim José Álvares dos Santos Silva, Baron of São Geraldo (Mar de Espanha, 1842 - Conselheiro Lafaiete, 1901), pictured in photos 9 and probably 18, was a doctor, politician and landowner. He graduated from the Faculty of Medicine, was mayor of Além Paraíba, where he owned agricultural land, and director of the Leopoldina Railway. Antônio Francisco Pereira, Baron of Bujari (Pernambuco, circa 1801 - Goiana, 1868), pictured in photo 30, was a military man, a colonel in the National Guard. Francisco de Paula Ferreira de Resende (Campanha, 1832 - Rio de Janeiro, 1893), pictured in photo 43, was a judge and politician who graduated from the São Paulo Law School. He held the positions of Minister of the Supreme Federal Court and Vice-Governor of Minas Gerais. José Rodrigues de Lima Duarte (Barbacena, 1826 - Rio de Janeiro, 1896) was a Brazilian doctor and politician who graduated in medicine from the Faculty of Medicine in Rio de Janeiro. He was the son of Commander Feliciano Coelho Duarte Badaró, originally from Piranga, and Constança Emídia Duarte Lima. On his mother"s side, he was the grandson of José Rodrigues de Lima, originally from Paracatu, and Maria Antônia de Oliveira, daughter of the inconfidente José Aires Gomes. Data about relatives of those portrayed, possibly also portrayed: José de Ávila Leal (s.d. - s.d.), who writes the dedication on photo 8, was a coffee merchant, as evidenced by the commercial contract for the purchase and sale of coffee between him and Francisco da Costa Nunes that appears in the Diário de Notícias, Rio de Janeiro, 18/09/1872. José Rodrigues Pereira Júnior (Pernambuco, circa 1841 - Rio de Janeiro, 1886) was a politician who graduated from the Recife Law School in 1863. He was the son-in-law of the Baron of Mamoré (photo 14) and son of Captain José Rodrigues Pereira (b. Santos-o-Velho), commissioner-general of the cavalry of the captaincy of Itamaracá and merchant in Recife, grandfather of the Baron of Bujari (photo 30). Album owner biographical data: António Ribeiro Tavares Guerra (Murça, 18-- - Porto, 1898), was a capitalist and landowner who emigrated to Brazil where he established his fortune. He lived in Rio de Janeiro and at other points along the D. Pedro II Railway, but at the time of his death he was living in Rua Fernandes Tomás, Santo Ildefonso parish, Porto. He was the owner of several buildings in Vila de Matosinhos, a holder of Brazilian Public Debt policies, general policies and shares in Banco Comercial, where he had a current account, and shares in Banco do Brasil. He also held shares in Casa Rôxo Lemos & Companhia in Rio de Janeiro and had a current account with the banking house Pinto da Fonsêca & Irmão, friends of his. In the newspaper A Nação, folha politica, commercial e litteraria, there is news of the dissolution of the firm 'Antônio Ribeiro Tavares Guerra & C.ª'. His name is mentioned in the Report presented to the Provincial Legislative Assembly of Rio de Janeiro in extraordinary session on 20 March 1874 by the President, Judge Manuel José de Freitas Travassos. He married Carmina Barbosa and had a daughter named Carminda with her. He is the son of Manuel Tavares Guerra and Margarida Joaquina Ribeiro Tavares Guerra. He has a sister named Laura, who married Adolfo Fernandes Barbosa. He was a brother of the Brotherhood of St Anthony of the Congregants, the Brotherhood of the Rosary and Charity, the Lord of Matosinhos and the Lord of Bonfim, institutions to which he left monetary sums in his will. From the family members and friends contemplated on his will, apart from the aforementioned we can find: his nephews sons of Laura; his aunt Judith Rosa Tavares Guerra, married to António Tavares Guerra, e his cousins Ana Tavares Guerra, married to Francisco de Paula Fragoso, António Tavares Guerra Filho e João Tavares Guerra, all residents in Rio de Janeiro; his buddies and his godsons, Francisco Maria Rodrigues e Rita da Glória, Libania da Veiga Pinto, António Ribeiro Guerra, Victorino Rodrigues Ribeiro, Viscount of Tangil, Angélica Arthayett e José Máximo Alves, José Maria de Assunção e António Teixeira Constantino. Referências/References: RIBEIRO DE CASTRO (Danielle) Photographos da Casa Imperial: A Nobreza da Fotografia no Brasil do Século XIX, Ribeirão Preto, 2010. Arquivo Municipal do Porto, Registo do testamento com que faleceu António Ribeiro Tavares Guerra, capitalista e proprietário. Website Mística do Parentesco. Referência: 2308SB001
Local: M-6-E-41 Caixa de sugestões A sua opinião é importante para nós. Se encontrou um preço incorrecto, um erro ou um problema técnico nesta página, por favor avise-nos. |
Pesquisa Simples |
||
|