Texte et dessins par A. Robida. Georges Decaux, Éditeur. Paris. 1888.

De 30x21 cm. Com [vi], iii, 404, [iii] págs. Encadernação do editor inteira de tela, com desenhos e gravações a ouro nas pastas e lombada. Cortes das folhas dourados. Profusamente ilustrado em face da folha de rosto com uma bela gravura protegida por folha de papel vegetal, no texto com vinhetas a preto e branco desenhadas pelo autor, e em extratexto com gravuras e desenhos, alguns a cores, sobre folhas de papel mais encorpado.

Exemplar com danos na lombada, encontrando-se a pasta anterior descolada do miolo.

O autor dá uma imagem do século XIX em França, com recurso a narração das biografias e das memórias de várias personagens típicas que representam o século XIX, recorrendo à sátira e caricatura.  

Albert Robida (Compiègne, 1848 – Neuilly-Sur-Seine, 1926) foi um ilustrador, gravador, litógrafo, caricaturista e romancista francês. Ilustrou guias turísticos, obras de história popular e clássicos da literatura.

Durante a década de 1880, escreveu uma aclamada trilogia de romances futuristas (Le Vingtième Siècle, 1883; La Guerre au vingtième siècle, 1887; Le Vingtième siècle: La vie électrique, 1890) que suscitam parecenças com Júlio Verne, e onde propõe invenções integradas na vida quotidiana e imagina os desenvolvimentos sociais que delas decorrem, muitas vezes com precisão: promoção social das mulheres, turismo de massas, poluição, etc. A sua obra La Guerre au vingtième siècle descreve a guerra moderna, com mísseis robotizados e gás venenoso. O seu Téléphonoscope era um ecrã plano de televisão que transmitia as últimas notícias 24 horas por dia, as últimas peças de teatro, cursos e teleconferências.

Também se destacou pela edição, em conjunto com Georges Decaux, da revista La Caricature durante 12 anos.