RUGENDAS. (Johann Moritz) HABITANTE DE GOYAS, QUADRO A ÓLEO PINTADO SOBRE MADEIRA.

     
 
 

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VIEIRA. (Padre António) SERMOENS DO P. ANTONIO VIEIRA, [1.ª EDIÇÃO, 17 VOLUMES]

Da Companhia de Iesu, Prégador de Sua Alteza. PRIMEIRA PARTE. Dedicada ao PRINCIPE, N. S. EM LISBOA. Na Officina de Ioam da Costa. M. DC. LXXIX. [1679]. Com todas as licenças necessarias, & Privilegio Real.

In 4.º de [xxiv], 559, [i em br.], [cviii] págs. As 559 páginas estão numeradas por coluna num total de 1118, duas por página.

As páginas preliminares contêm: Dedicatória ao Principe Regente D. Pedro, que, posteriormente será o Rei D. Pedro II; prólogo ao leitor; Lista dos sermões impressos com o nome do autor, com distinção entre os que são autênticos e os que são apócrifos e listas comentadas das traduções para espanhol publicadas em Madrid, em 1662, 1664 e 1678; Licenças com aprovação do padre Frei João da Madre de Deus; licença da Companhia de Jesus, pelo Padre Luís Álvares e licença do ordinário assinada por Frei Cristóvão de Almeida, Bispo de Martíria; erratas, índice dos sermões deste primeiro volume; privilegio Real e respectivo Alvará ao Padre António Vieira. As páginas finais incluem os índices das citações da Sagrada Escritura e o índice temático.

Este primeiro volume inclui os seguintes sermões: Da Dominga da Sexagesima; Primeiro de Quarta Feira de Cinza; do Santíssimo Sacramento, em Santa Engrácia; Sermão de Nossa senhora da Luz; da terceira Quarta Feira da Quaresma; de Santo Inácio; da terceira dominga da Quaresma; do Santíssimo Sacramento, no Carnaval de Roma; da quinta Quarta Feira da Quaresma; de Nossa Senhora da Penha de França; no sábado quarto da Quaresma; das Lágrimas de S. Pedro; do Mandato; da Bula da Santa Cruzada; e da segunda Quarta Feira de Cinza.

APRESENTAÇÃO. Conjunto completo da primeira edição, muito rara e procurada, dos Sermões do Padre António Vieira com 17 volumes, conforme os exemplares de Azevedo e Samodães, Ameal e Borba de Morais. Inocêncio e depois José dos Santos, que elaborou o catálogo da Livraria de Azevedo e Samodães, são concordes em afirmar a grande raridade do conjunto e em especial dos dois últimos volumes, Santos afirma: «os dois últimos quase nunca aparecem no mercado».

Tal raridade poderá ser devida ao facto de a Companhia de Jesus ter sido expulsa de Portugal, por determinação do Marquês de Pombal, em 1759, 11 anos apenas depois da publicação dos referidos volumes, de que ainda existiriam uma certa quantidade acumulada nos diversos colégios e casas da Companhia.

Os volumes desta primeira edição dos sermões de Vieira são especialmente valiosos, pois foram editados por iniciativa do autor, em sua vida, e por ele revistos até ao décimo terceiro volume, circunstância que poucas vezes se verifica e que outros grandes pregadores não puderam fazer, como Bossuet, cujos sermões foram publicados muito depois da sua morte ou Bourdaloue, que viu a suas obras oratórias publicadas a partir de cópias estenográficas.

O valor deles é ainda maior pois incluem, além dos cerca de 216 sermões pregados pelo Padre António Vieira, um numeroso conjunto de outras obras do autor, assim como obras poéticas e em prosa escritas por ocasião da sua morte e em seu louvor.

O Padre António Vieira é um dos maiores escritores portugueses de sempre e um dos maiores escritores do mundo. Na sua obra o poder da palavra é elevado a um máximo excepcional muito raramente atingido, de expressividade, precisão, beleza, vivacidade e energia com recurso a um extenso vocabulário de grande variedade, e riqueza usado com a maior propriedade e rigor. Para todos e para sempre Vieira é: «O Imperador da língua portuguesa» como Fernando Pessoa o evoca na Mensagem e que refere através do seu heterónimo Bernardo Soares, no Livro do Desassossego: «Lembro-me [...] da noite em que ainda criança li, [...] o passo célebre de Vieira sobre Salomão: Fabricou Salomão um palácio... E fui lendo até ao fim, trémulo, confuso; depois rompi em lágrimas felizes, [...]. Aquele movimento hierático da nossa clara língua majestosa, aquele assombro vocálico em que os sons são cores ideais - tudo isso me toldou do espírito como uma grande emoção política.».

É também uma figura tutelar e fundadora da cultura brasileira, país onde viveu e actuou com a maior coragem metade da sua vida e onde decidiu viver os seus últimos dias. Hoje a sua obra é muito influente e estudada no Brasil, sendo oriundos desse país alguns dos maiores especialistas em Vieira, tais como: Alcir Pécora, Adma Muhana, João Adolfo Hansen, a par dos portugueses, Margarida Viiera Mendes, Arnaldo do Espírito Santo, Ana Travassos Valdez e os referidos mais abaixo.

Vieira escreveu com o mesmo brilhantismo obras em latim, espanhol e italiano e pregou em tupi e quimbundo, «Não houve língua que para o Padre António Vieira fosse estranha», segundo afirma o seu contemporâneo o Arcebispo de Cranganor, no 14.º volume, desta 1.ª edição. Dominando ele muitas línguas os seus sermões foram traduzidos para as mais importantes línguas do mundo, desde o momento em que os pregava até aos nossos dias, para latim, alemão, espanhol, inglês, francês, italiano, catalão, flamengo, polaco, russo, servo-croata, mandarim, japonês, árabe e búlgaro.

Além desta grandeza como génio da literatura, foi, ao mesmo nível um visionário sonhando com um destino providencial para Portugal, missionário, diplomata, defensor dos índios, interventor na elaboração das leis régias que determinavam a liberdade dos mesmos (Lei de 1 de Abril de 1680), lutador contra os maus tratos aos escravos e mesmo defensor do fim da escravatura, dentro dos quadros mentais da época, (Boxer nota que Vieira, ao contrário da maioria dos seus contemporâneos, não acreditava na superioridade inata do homem branco).

Foi defensor da limitação dos poderes da Inquisição e do fim da descriminação dos descendentes dos judeus, «figura com uma trajetória riquíssima e, em alguns aspetos, única» como afirma Pedro Cardim, que destaca «a riqueza da sua obra e [...a] complexidade da sua vida», o que tudo se espelha na sua brilhante obra literária. Como afirma António Nóvoa: «A sua obra lega-nos todo um património de pensamento e domínio da palavra essenciais para a definição do que fomos e do que podemos ainda ser». Um dos seus mais ilustres estudiosos, divulgador e coordenador da vasta equipa que realizou a edição mais completa das obras do Padre António Vieira, o professor José Eduardo Franco afirma: «Vieira e a sua palavra poderosa são, sem dúvida, estímulo para não desistirmos da construção de um mundo melhor»

ESTRUTURA DA FICHA: Devido à sua extensão, vamos dividir a descrição desta obra nas seguintes partes: Descrição geral do conjunto relativamente ao aspecto físico: encadernações, ilustrações, características da impressão e das suas ornamentações tipográficas, estado do exemplar, assim como uma nota resumida sobre o conteúdo e valor desta obra. Segue-se a descrição pormenorizada de cada volume, uma explicação mais extensa do valor desta obra e uma nota biográfica do seu autor.

Encadernações todas iguais do início do século XX, inteiras de pele com nervos, rótulos, ferros a ouro em casas fechadas com motivos vegetalistas e com ferros a seco nas pastas formando dupla esquadria, com motivos vegetalistas. Com os cortes das folhas carminados e fitas marcadoras em seda vermelha.

Ilustrado com uma gravura de página inteira representando o brasão de D. Catarina de Bragança, rainha viúva de Inglaterra, na primeira página sem numeração do décimo primeiro volume.

Impressão muito nítida sobre papel de linho, ornamentada, nas folhas de rosto, com o trigrama sagrado rodeado por uma coroa de flores, no primeiro volume, o mesmo trigrama inserido numa rosa, nos volumes segundo a sétimo, sem ornamentação no oitavo, trigrama inserido numa rosa inscrita num quadrado, no nono volume, com um querubim no décimo, ornamentação do undécimo igual à do nono, trigrama dentro de resplendor rodeado de volutas com flores inseridas num quadrado no duodécimo volume, pequena taça com flores no décimo terceiro volume; décimo quarto volume igual à decoração dos volumes segundo a sétimo; e volume décimo sétimo com um sol rodeado por flores e ramagens.

Os volumes 15.º e 16.º publicados na segunda metade do século XVIII, em 1736 e 1748, apresentam a exuberância de ornamentos característica do período final do barroco, tendo o 15 volume uma folha de rosto a preto e vermelho e o 16.º volume, com folha de rosto impressa a vermelho e preto, com cabeções gravados em chapa de metal, e não xilografados, como nos 15 volumes anteriores, com uma dedicatória impressa em belos caracteres itálicos, ornamentada por grande cabeção alegórico com as armas do reino de Portugal e inicial decorada, desenhadas por L. Simonneau e por Rochefort em 1736 e abertas em chapa de metal, tendo a inicial retoque de Debrie em 1742. O volume décimo sétimo, apesar de publicado em 1748, no mesmo ano do décimo sexto, volta a ser mais discreto nas ornamentações apresentando um sol rodeado por flores e ramagens, na folha de rosto.

Texto impresso a duas colunas ornamentado com cabeções alegóricos xilogravados ou constituídos por séries de vinhetas, iniciais decoradas e florões de remate xilogravados de grande variedade e beleza, alguns de apreciáveis dimensões, muitos deles reproduzidos em Paiva, 1999 e no site da Iberian Books.

Exemplar com pequenos desgastes nas encadernações, nos volumes oitavo e nono, nas charneiras e com perdas de pele na coifa do oitavo e no pé da lombada do nono. Todos os volumes deste exemplar, com excepção do primeiro, preservam as folhas de guarda originais. Com leves picos de traça nas folhas de guarda novas de quase todos os volumes, que em poucos casos atingem as folhas finais e iniciais de alguns volumes. Pequena mancha à cabeça do décimo primeiro volume, desde a página 165 ao fim. Defeito de impressão na página 196 do oitavo volume que torna as últimas seis linhas quase ilegíveis. Leves manchas à cabeça das primeiras folhas e com pequenos picos de traça restaurado, que não impedem a leitura, nas três últimas folhas do décimo segundo volume.

Os volumes 3.º, 8.º, 9.º apresentam a assinatura de posse de António Bernardino Gouveia, no pé das folhas de rosto; o volume 3.º tem a assinatura de posse coeva da mesma pessoa ao alto da quarta das páginas finais e também dois carimbos oleográficos com ex-libris heráldico (que se repetem no volume 9.º); o 7.º volume tem um assinatura de posse coeva, um carimbo oleográfico do Padre Francisco Correia Bettencourt (Graciosa); carimbo oleográfico da Biblioteca da Revista Brotéria; e dedicatória de oferta, do século XIX, do Padre Manuel Teófilo de Sousa ao Dr. António Pinto de Carvalho, como lembrança de Santa Cruz de Pera; o volume décimo segundo apresenta uma assinatura de posse em letra coeva à cabeça da folha de rosto de Frei Fernando da Soledade.

Conjunto composto por volumes de diferentes impressões que são identificadas em Paiva, 1999, n.º 990-1031, sendo os volumes 2.º, 3.º, 4.º, 5.º, 6.º, 10º, 12.º pertencentes à impressão A; os volumes 7.º, 8.º, 11.º, pertencem à impressão B; e os volumes 1.º, 9.º e 13.º à impressão C. O volume 14.º pertence a uma impressão diferente de qualquer das três identificadas na referida bibliografia.

DESCRIÇÃO DOS VOLUMES 2 a 17:

2 - Da Companhia de Iesv, Prégador de Sua Alteza. SEGVNDA PARTE. Dedicada no Panegyrico da Rainha Santa Ao Serenissimo Nome DA PRINCEZA N. S. D. ISABEL. EM LISBOA. Na Officina de MIGUEL DESLANDES. E à sua custa, & de Antonio Leyte Pereyra Mercador de Livros. M. DC. LXXXII. [1682] Com todas as licenças, & Priuilegio Real.

In 4.º de [viii], 470, [ii em br.], [lvi] págs.

As páginas preliminares compreendem: Aprovações de Frei João de Deus, Frei Tomé da Conceição, e Frei João da Madre de Deus; Licenças incluindo as da ordem pelo Padre António de Oliveira, Provincial do Brasil e o índice dos sermões. As finais contêm os índices das citações da Sagrada Escritura e o índice temático.

Contém os seguintes sermões: da Rainha Santa Isabel; de Nossa Senhora da Glória; da primeira Dominga de Quaresma; da terceira Quarta Feira de Quaresma; de Santo António, em Roma; de São Roque; de São Pedro Nolasco; da sexta sexta feira de Quaresma; da quinta Dominga de Quaresma; de Nossa Senhora da Graça; de Santo António, no Maranhão; de São Bartolomeu; do Mandato; ao enterro dos ossos dos enforcados; da primeira Dominga do Advento.

3 - Da Companhia de IESV, Prégador de Sua Magestade. TERCEIRA PARTE. EM LISBOA. Na Officina de MIGUEL DESLANDES, e à sua custa, & de Antonio Leyte Pereyra Mercador de Livros. M. DC. LXXXIII. [1683] Com todas as licenças & Privilegio Real.

In 4.º de [x], 574 (i é 572), [iv] págs. A página 177 está numerada 179 e continua assim até ao fim do volume.

As páginas preliminares contêm: Aprovações de Frei Manuel da Graça, Frei Manuel de Santiago, Frei João da Madre de Deus, Arcebispo da Baía, Licenças incluindo as da ordem pelo Padre António de Oliveira, Provincial do Brasil; as erratas da segunda e da terceira parte; e o índice dos sermões. As páginas 539 a 574 contêm os índices das citações da Sagrada Escritura e o índice temático e as quatro finais o cólofon e três páginas em branco.

Contém os seguintes sermões: do Santíssimo Sacramento; de Nossa Senhora do Carmo; da terceira Quarta Feira da Quaresma; de Santo Agostinho; da Primeira Dominga do Advento; da Quarta Dominga da Quaresma, de Santo António; de Santa Catarina; de Dia de Ramos; do Bom Ladrão; do Mandato; do Espírito Santo; da Dominga XIX, depois do Pentecoste; pelo bom sucesso das Armas de Portugal contra as de Holanda; e Sermão de Santa Teresa.

4 - Da Companhia de IESV, Prégador de Sua Magestade. QVARTA PARTE. EM LISBOA. Na Officina de MIGUEL DESLANDES, e à sua custa, & de Antonio Leyte Pereyra, Mercador de Livros. M. DC. LXXXV. [1685] Com todas as licenças, & Privilegio Real.

In 4.º de [xii], 600 págs.

As páginas preliminares compreendem: Aprovações de Frei Tomé da Conceição, Frei Manuel de Santiago, e Frei José de Jesus Maria, licenças incluindo as da ordem pelo Padre António de Oliveira, Provincial do Brasil; índice dos sermões, as erratas e uma página em branco. As páginas 551 a 600 contêm os índices das citações da Sagrada Escritura e o índice temático.

Contém os seguintes sermões: do Quarto Sábado da Quaresma; de Nossa Senhora do O; da Primeira Sexta Feira da Quaresma, no Convento de Odivelas; das Cadeias de S. Pedro; de Todos os santos; da segunda Dominga da quaresma; da primeira Sexta feira da Quaresma, na Capela Real; de Santa Teresa; da Quinta Dominga da quaresma; do Mandato na Misericórdia; do Mandato, no mesmo dia, na Capela Real; da Primeira Oitava da Páscoa; nas Exéquias da Senhora D. Maria de Ataíde; de São Roque; da Epifânia.

5 - SERMOENS DO P. ANTONIO VIEIRA DA COMPANHIA DE JESU, VISITADOR DA PROVINCIA DO BRASIL, Prègador de Sua Magestade. QVINTA PARTE. LISBOA, Na Officina de MIGUEL DESLANDES, Impressor de Sua Magestade. A custa de Antonio Leyte Pereyra, Mercador de Livros. M. DC. LXXXIX. (1689). Com todas as licenças necessarias, & Privilegio Real.

In 4.º Com [xii], 624 págs. As páginas preliminares contêm as censuras de Frei António de Santo Tomás, Frei Tomé da Conceição e do Padre Manuel de Sousa, licenças incluindo a da ordem assinada pelo Padre Alexandre de Gusmão, lista dos sermões, erratas e uma página em branco. As páginas 571 a 624 contêm os índices das citações da Sagrada Escritura e o índice temático.

Contém os seguintes sermões: da primeira Dominga do advento; da segunda Dominga do Advento; da terceira do Dominga do Advento; da quarta Dominga do Advento; de Nossa Senhora da Conceição; da Dominga decima sexta depois do Pentecoste; do Sacramento em dia do Corpo de Deus, na Encarnação; de São Gonçalo; da Dominga vigésima segunda depois do Pentecoste; de Nossa Senhora da Graça; de S. João Evangelista; da segunda Dominga da Quaresma; de santa Bárbara; do sábado antes da Dominga de Ramos; e de São João Baptista.

6 - SEXTA PARTE. EM LISBOA. Na Officina de MIGUEL DESLANDES, e à sua custa, & de Antonio Leyte Pereyra Mercador de Livros. M. DC. LXXXX. [1690] Com todas as licenças necessarias & Privilegio Real.

In 4.º de [viii], 595, [i em br.] págs.

As páginas preliminares compreendem: Aprovações Frei Tomé da Conceição, Frei João do Espírito Santo, e Frei Manuel de Sequeira, licenças, incluindo a da ordem assinada pelo Padre Alexandre de Gusmão, erratas, e o índice dos sermões. As páginas 579 a 595 contêm os índices das citações da Sagrada Escritura e o índice temático.

Contém os seguintes sermões:

7 - SEPTIMA PARTE. LISBOA. Na Officina de MIGUEL DESLANDES, Impressor de Sua Magestade. A custa de Antonio Leyte Pereira, Mercador de Livros. M. DC. LXXXXII. [1692] Com todas as licenças necessarias, & Privilegio Real.

In 8.º de [xii], 558 (i é 556), págs. Página 197 está numerada 199 e segue assim até ao fim do volume.

As páginas preliminares compreendem: Aprovações do Padre Domingos Leitão da Companhia de Jesus, de Frei Francisco de Lima, Carmelita, licença da ordem assinada pelo Padre Diogo Machado, Provincial do Brasil, o índice dos sermões e uma página em branco. As páginas 527 a 558 contêm os índices das citações da Sagrada Escritura e o índice temático.

Contém os seguintes sermões: Contém os seguintes sermões: da ascensão de Cristo Senhor Nosso; da Dominga vigésima segunda depois do Pentecoste; do santíssimo Sacramento; da Quinta terça feira da Quaresma; do Nascimento da Mãe de Deus, da Publicação do Jubileu; de São Pedro; da segunda Quarta feira da Quaresma; na madrugada da ressurreição; da primeira Dominga da Quaresma; do Mandato; da Quarta Dominga depois da Páscoa; da Visitação de Nossa Senhora a Santa Isabel; pelo bom sucesso de nossas Armas; de São José.

8 - XAVIER DORMINDO, E XAVIER ACORDADO: DORMINDO, Em tres Orações Panegyricas no Triduo da sua Festa, Dedicadas Aos Tres Principes Que A RAINHA NOSSA SENHORA Confessa dever à intercessaõ do mesmo Sancto, ACORDADO, Em doze Sermoens Panegyricos, Moraes, & Asceticos, os nove da sua Novena, o decimo da sua Canonizaçaõ, o undecimo do seu dia, o ultimo do seu Patrocinio, Author o Padre ANTONIO VIEYRA da Companhia de JESU, Prègador de Sua Magestade. OITAVA PARTE. LISBOA, Na Officina de MIGUEL DESLANDES, Impressor de Sua Magestade. A custa de Antonio Leyte Pereira, Mercador de Livros. M. DC. LXXXXIV. [1694] Com todas as licenças necessarias, & Privilegio Real. In 8.º de [xxiv], 536, págs.

As páginas preliminares sem numeração contêm: dedicatória à Rainha D. Maria Sofia Isabel de Neuburgo, mulher de D. Pedro II, do P.e Baltazar Duarte, S.J. Procurador Geral em Corte pela província do Brasil, Notícia prévia, censuras de Fr. Tomé da Conceição, Fr. Jerónimo de Santiago, Fr. Timóteo do Sacramento, Bispo de S. Tomé, licenças com a licença da ordem do P. Alexandre de Gusmão, Provincial do Brasil, índice dos 15 sermões que integram a obra e uma advertência sobre a naturalidade do Padre António Vieira. As páginas 497 a 536 contêm os índices das citações da Sagrada Escritura e o índice temático. Contém os seguintes sermões: 3 de Xavier dormindo: Sonho Primeiro; Sonho Segundo; Sonho Terceiro; e 12 de Xavier acordado: I - Anjo; II - Nada; III - Confiança; IV - Pretendentes; V - Jogo; VI - Assegurador; VII - Doidices; VIII - Finezas; IX - Braço; X - Da sua Canonização; XI - Do seu dia; XII - Da sua Protecção.

9 - MARIA ROSA MYSTICA. Excellencias, Poderes, e maravilhas do seu Rosario, COMPENDIADAS EM TRINTA SERMOENS ASCETICOS, & Panegyricos sobre os dous Evangelhos desta solemnidade Novo, & Antigo: OFFERECIDAS À SOBERANA MAGESTADE DA MESMA SENHORA Pelo P. ANTONIO VIEIRA DA COMPNHIA DE JESV DA PROVINCIA do Brasil, em comprimento de hum voto feito, & repetido em grandes perigos da vida, de que por sua immensa benignidade, & poderosissima intercessaõ sempre sahio livre. I. PARTE. LISBOA. Na Officina de MIGVEL DESLANDES, na Rua da Figueyra. A custa de Antonio Leyte Pereyra, Mercador de Livros. M. DC. LXXXVI. [1686] Com todas as licenças, & Privilegio Real.

In 8.º de [viii], 554 (544), 46 págs. A página 117 está numerada 127 e continua assim até ao fim.

As páginas preliminares contêm as licenças com aprovações de D. Rafael Bluteau, Frei Tomé da Conceição e Frei Bartolomeu do Quental e as erratas. Primeira parte da obra Rosa Mística que foi publicada na coleção dos Sermões, que inclui os sermões nº 1 a nº 15, de um conjunto de 30 sobre Nossa Senhora do Rosário, que é a 9ª parte dos Sermões. As páginas da segunda numeração em algarismos árabes contêm os índices das citações da Sagrada Escritura e o índice temático.

10 - MARIA ROSA MYSTICA. II. PARTE. LISBOA. Na Impressaõ Craesbeeckiana. Anno M. DC. LXXXVIII. [1688] À custa de Antonio Leyte Pereyra, Mercador de Livros. Com todas as Licenças & Privilegio Real.

In 8.º de [viii], 518 (i é 520), 32, 24 págs.

As páginas preliminares contêm as censuras de Frei Tomé da Conceição, Fr. António de S. Tomás, P. Bartolomeu do Quental, licenças entre elas da Religião assinada pelo P. Alexandre de Gusmão e erratas do primeiro volume. As páginas com numerações próprias no fim da obra incluem o índice das citações da Bíblia e o índice dos assuntos. Segunda parte da obra Rosa Mística que foi publicada na coleção dos Sermões, que inclui os sermões nº 16 a nº 30, de um conjunto de 30 sobre Nossa Senhora do Rosário, que é a 10ª partes dos Sermões. A obra Rosa Mística é um conjunto de Sermões em louvor da Virgem Maria em que o autor, partindo de várias passagens dos Evangelhos, demonstra as excelências da que foi escolhida para ser Mãe de Deus. Compara a Virgem, primeira entre os Santos, à Rosa primeira entre as flores.

11 - SERMOENS DO P. ANTONIO VIEYRA da Companhia de JESU, Prègador de Sua Magestade. UNDECIMA PARTE, OFFERECIDA à Serenissima Rainha da GRÃ BRETANHA. LISBOA, Na Officina de MIGUEL DESLANDES, Impressor de Sua Magestade. M. DC. LXXXXVI. [1696] Com todas as licenças necessarias & Privilegio Real.

In 4.º de [xx], 590 (568), 23, [i] págs. A página 49 está numerada 69 e a página 169 está numerada 171 e continua assim até ao fim do volume.

Ilustrado com uma gravura com o Brazão de armas da Rainha da Grã Bretanha, D. Catarina.

As páginas preliminares contêm: Dedicatória do Padre António Vieira a D. Catarina, as licenças com censuras de Frei Manuel de São José e Santa Rosa, Frei Álvaro Pimentel, e D. Diogo da Anunciação Justiniano, Arcebispo de Cranganor; índice dos sermões e as erratas. As 23 páginas finais incluem um sermão do felicíssimo nascimento da Infanta D. Teresa.

Contém os seguintes sermões: de Santa Catarina; de São José; da primeira Sexta feira da Quaresma; de Santo António; das Quarenta Horas; do Evangelista São Lucas; do Beato Estanislau Kosta; do Demónio Mudo; doméstico na Vespera da Circuncsisão; de Santo António; dos Bons Anos; da quinta Dominga da Quaresma; das Dores da Sacratissima Virgem Maria; de Acção de graças pelo nascimento do Infante D. João, quarto filho do Rei D. Pedro II, de Portugal; gratulatório a S. Francisco xavier, pelo nascimento do mesmo Infante; do felicissimo nascimento da Infanta Teresa Francisca Josefa.

12 - SERMOENS DO P. ANTONIO VIEYRA da Companhia de Jesu, Prègador de Sua Magestade. PARTE DUODECIMA Dedicada À PVRISSIMA CONCEIÇAÕ DA VIRGEM MARIA SENHORA NOSSA, LISBOA. Na Officina de MIGUEL DESLANDES, Impressor de Sua Magestade. Com todas as licenças necessarias. Anno de 1699. À custa de Antonio Leyte Pereyra.

In 4.º de [xvi], 441 [i, com cólofon] págs. Segundo Paiva falta uma folha final em branco.

As páginas preliminares contêm: licenças com censura de D. Diogo da Anunciação Justiniano, Arcebispo de Cranganor; e o índice dos sermões. As páginas 409 a 441 contêm os índices das citações da Sagrada Escritura e o índice temático.

Contém os seguintes sermões: da Conceição da Virgem Maria; de São Roque; da Exaltação da Santa Cruz; da Degolação de São João Baptista; de Santo António; da quarta Dominga da Quaresma, da Ressurreição de Cristo; do Nascimento da Princesa Nossa Senhora; da quarta Dominga da Quaresma; das Chagas de São Francisco, em Lisboa, 1646; de Santo António, em Roma; do Santíssimo Sacramento; da primeira Dominga da Quaresma; das Chagas de São Francisco, em Roma, 1672; de São José; e de Santo António, panegírico e apologético, em Roma.

13 - PALAVRA DE DEOS EMPENHADA, E DESEMPENHADA: EMPENHADA NO SERMAM DAS EXEQUIAS DA Rainha N. S. Dona Maria Francisca Isabel de Saboya; DESEMPENHADA NO SERMAM DE ACÇÃM DE GRAÇAS pelo nascimento do Principe D. João Primogenito de SS. Magestades, que Deos guarde. Prègou hum, & outro O P. ANTONIO VIEYRA da Companhia de Jesu, Prégador de S. Magestde: O primeiro Na Igreja da Misericordia da Bahia, em 11 de Setembro, anno de 1684. O segundo Na Catedral da mesma Cidade, em 16. de Dezembro, anno de 1688. LISBOA, Na Officina de MIGUEL DESLANDES, Impressor de S. Magestade. Com todas as licenças necessarias. Anno de 1690.

In 4º de 20x13,4 cm. Com [xvi], 260 págs. As páginas preliminares contêm carta do P. António Vieira ao P. Leopoldo Fuess, confessor da rainha, pareceres de Frei Tomé da Conceição, Fr. Francisco do Espírito Santo, licença da ordem do P. António Vieira, e licenças do ordinário e do Paço. As páginas 1 a 64 contêm o primeiro sermão, as páginas 65 a 137 apresentam o segundo sermão, as páginas 139 a 276 contêm: Palavra do Pregador empenhada e defendida e da 277 à 296 constam os índices dos lugares da Sagrada Escritura e das cousas mais notáveis.

1.ª edição muito rara do 13.ª volume dos sermões do P. António Vieira, ainda revisto pelo autor e publicado durante a sua vida. Contém os seguintes sermões:

14 - SERMOENS E VARIOS DISCURSOS do Padre Antonio Vieyra da Companhia de Jesu, Prégador de Sua Magestade. TOMO XIV. Obra posthuma, DEDICADA À PURISSIMA CONCEYÇAM DA VIRGEM MARIA NOSSA SENHORA. LISBOA, POR VALENTIM DA COSTA DESLANDES, Impressor de Sua Magestade. M. DCCX. [1710] Com todas as licenças necessarias.

In 8.º de [xxiv], 350, [ii] págs. As páginas preliminares contêm um Índice Universal de todos os sermões contidos nestes 14 volumes; licenças com aprovações de Frei José de Sousa, Frei Jerónimo de Santiago e D. Diogo da Anunciação Justiniano; e um índice dos sermões e das obras deste volume.

Compreende os seguintes sermões: dos anos da rainha Nossa senhora; de S. Roque, na casa professa do mesmo santo; e cinco sermões sobre as cinco pedras de David;

Além dos sermões contém as seguintes obras: Cartas do Geral da Companhia, Padre João Paulo Oliva; carta do Reitor do Colégio da Baía ao Geral comunicando o falecimento do Padre António Vieira; carta do mesmo sobre um caso notável acontecido antes da morte do Padre José Soares; as seguintes obras de Vieira: Voz de Deus ao Mundo, a Portugal e à Baía; Carta ao rei D. Pedro II sobre as missões do Ceará, do Maranhão, do Pará e do grande Rio Amazonas; censuras e aprovações de livros. As páginas 307 a 350 incluem os índices das citações da Bíblia e de assuntos.

15 - VOZES SAUDOSAS, DA ELOQUENCIA, DO ESPIRITO DO ZELO, E EMINENTE SABEDORIA DO PADRE ANTONIO VIEIRA, Da Companhia de Jesus, Prégador de Sua Magestade, e Principe dos Oradores Euangelicos: ACOMPNHADAS com hum fidelissimo Echo, que sonoramente resulta do interior da obra CLAVIS PROPHETARUM, Concorda no fim a suavidade das Musas em elogios raros Tudo reverente dedica AO PRINCIPE NOSSO SENHOR O P. ANDRÉ DE BARROS, Da Companhia de Jesus, Academico do numero da Academia Real da Historia Portuguesa LISBOA. na Officina de MIGUEL RODRIGUES, Impressor do Eminent. Senhor Patriarca. M. DCC. XXXVI. [1736] Com todas as licenças necessarias.

In 4.º de [xxiv], 315, [i] págs.

Livro editado pelo P. André de Barros, que reúne um conjunto de textos inéditos do P. António Vieira, divididos em doze secções segundo os temas, aqui publicados pela primeira vez, que são os seguintes: Relação da Missão da Serra de Ibiapaba, que descreve a acção dos missionários jesuítas no Maranhão entre 1605 e 1616; Informação que por ordem do Conselho Ultramarino deu sobre as coisas do Maranhão, Carta ao Padre Provincial do Brasil, de 14 de Novembro de 1652; Voto sobre as dúvidas dos moradores de S. Paulo, acerca da administração dos Índios; Carta para o Rei D. Pedro II, de 1 de Junho de 1691; Carta para o Marquês de Gouveia, datada 23 de Maio de 1682; Protesto à Câmara de Belém do Pará, contra a expulsão dos Padres Jesuítas, de 18 de Agosto 1661; Poesias em latim do Padre António Vieira, Carta ao Rei D. Afonso VI, de 20 de Abril de 1657.

Cada parte é antecedida por explicações e introduções muito elogiosa da autoria do Padre André de Barros.

Contém ainda O juízo sobre a obra de Vieira, Clavis Prophetarum, pelo P. Carlos António Casnedi; um conjunto de poesias em latim escritas por ocasião da morte de Vieira, em 18 de Julho de 1697 dos Padres Jerónimo de Castilho, Mateus Correia, Manuel de Oliveira, Henriques de Carvalho e uma oração em louvor de Vieira, pelo Padre Nicolás de Segura, em espanhol.

16 - SERMÕES VARIOS E TRATADOS, Ainda naõ impressos, DO GRANDE PADRE ANTONIO VIEYRA Da Companhia de Jesus; OFFERECIDOS A’ MAGESTADE DELREY D. JOAÕ V. NOSSO SENHOR, PELO P. ANDRÉ DE BARROS Da Companhia de Jesus. TOMO XV. E de Vozes Saudosas Tomo II. LISBOA: Na Officina de MANOEL DA SYLVA, M. D. CC. XLVIII. (1748) Com permissão dos Superiores, e Privilegio Real.

In 8º Com [xxiv], 434, [ii em br.] págs.

Folha de rosto impressa a vermelho e negro. Dedicatória impressa em belos caracteres itálicos, ornamentada por grande cabeção alegórico com as armas do reino de Portugal e inicial decorada, desenhadas por L. Simonneau e por Rochefort em 1736 e abertas em chapa de metal, tendo a inicial retoque de Debrie em 1742.

As folhas preliminares sem numeração contêm dedicatória ao rei D. João V, licenças e censuras de Fr. José Pereira de Santa Ana, do cónego D. João Evangelista e de Fr. Henrique de Santo António, Prólogo e notícia prévia ao leitor com informações sobre a proveniência dos inéditos aqui dados à estampa.

Inclui sermões do dia de Reis, do Nascimento do Menino Deus, de Santo Estevão, da Agonia do Senhor, Prática espiritual da Crucificação, Homília sobre o Evangelho da Primeira Segunda-Feira da Quaresma, das Exéquias do Infante D. Duarte, do Príncipe D. Teodósio, de D. João IV, do Conde de Unhão e uma Via Sacra.

17 - VOZ SAGRADA, POLITICA, RHETORICA , E METRICA OU SUPLEMENTO ÀS VOZES SAUDOSAS Da eloquencia, do espirito, do zelo, e eminente sabedoria DO PADRE ANTONIO VIEIRA Da Companhia de Jesus, Prégador de S. Magestade, e Principe dos Oradores Evangelicos. OFFERECIDA AO SENHOR DOUTOR JOSEPH DE LIMA PINHEIRO E ARAGAM Cavalleiro professo na Ordem de Christo, do Desembargo de S. Magestade, Juiz de India e Mina LISBOA: Na Officina de FRANCISCO LUIZ AMENO, Impressor da Congregaçaõ Cameraria da S. Igreja de Lisboa. M. DCC. XLVIII. Com as licenças necessarias.

In 4.º de [xl], 247, [i em br.]

As páginas preliminares compreendem: a Dedicatória do impressor e editor, Francisco Luís Ameno; prólogo ao leitor; índice do volume; 25 poesias de vários autores recitadas na Academia dos Anónimos na sessão comemorativa do centésimo décimo aniversário, em 1718, do nascimento do Padre António Vieira, que foi presidida por José do Couto Pestana, que recitou a oração que ocupa as páginas 134-139 ; elogio de Vieira por Diogo Barbosa Machado, que cita diversos elogios de outros autores incluindo uma poesia de Soror Violante do Céu; e as licenças.

Este décimo sétimo volume inclui: de Vieira - Pratica na Festividade da Conceição de Nossa Senhora proferida no tempo em que era noviço; Parecer que mandou ao Rei D. Afonso VI; Cartas ao marquês de Niza e a outros; Memorial ao Rei D. pedro II, duas obras em latim; poesias em português, latim e espanhol; e Discurso a favor de Heráclito. De outros autores contém o discurso a favor de Demócrito do Padre Jerónimo Cataneo; a Relação das exéquias do Padre António Vieira celebradas pelo Conde da Ericeira na Igreja de S. Roque, a oração fúnebre nelas recitada pelo padre D. Manuel Caetano de Sousa; e a Crisis sobre un sermon [de Vieira] por Soror Juana Inês de la Cruz.

PADRE ANTÓNIO VIEIRA (Lisboa, 1608 - Salvador, Brasil, 1697) O maior escritor português, autor de uma vasta obra em português, latim e italiano, sendo definido lapidarmente, por Fernando Pessoa, como o «Imperador da língua portuguesa». Ao mesmo tempo desenvolveu com brilhantismo, visão e coragem actividades políticas e diplomáticas na defesa de Portugal durante a Guerra da Restauração, tendo entrado em conflito aberto com a Inquisição, que venceu com o apoio do Papa.

Mais importante ainda foi a sua prolongada e dedicada actividade missionária, em que se distinguiu pela defesa da liberdade dos índios e pela condenação da escravatura, dentro dos moldes possíveis na sua época, pelo que chegou a ser expulso pelos colonos, que tratavam mal os escravos oriundos de África e queriam escravizar os índios, apesar das leis régias em contrário, que obteve de D. João IV e de D. Pedro II.

Vieira conseguiu conciliar um grande realismo político com uma crença arraigada no Sebastianismo, começando por identificar D. João IV, como o Desejado do mito Sebastianista, que havia de ressuscitar. Apesar de Vieira dar grande valor e se ter dedicado prolongadamente às suas obras teológicas e proféticas, foram os sermões que o consagraram como grande orador e escritor. A sua forte personalidade e capacidade oratória atraíam multidões para ouvi-lo pregar, mas foi a possibilidade de se ter podido consagrar a rever e a acompanhar a publicação dos sermões, que os tornou obras literárias de grande valor e não apenas o frio registo das suas capacidades oratórias.

Foi para a Baía com a família, em 1614, onde Vieira frequentou o Colégio da Companhia de Jesus. Relativa a esta época chegou até aos nossos dias, uma lenda, que refere ter o jovem Vieira dificuldades da aprendizagem, mas um certo dia, repentinamente, ultrapassou todas as suas dificuldades dando nas vistas pelas suas capacidades intelectuais e linguísticas, tendo sido escolhido pera redigir o relatório anual, em 1625, com apenas 17 anos, sendo este facto conhecido como o «Estalo de Vieira».

Em 5 de Maio de 1623 iniciou o noviciado na Companhia e durante ele passou algum tempo na Missão do Espírito Santo, onde aprendeu a língua tupi e entrou em contacto com a cultura e a psicologia dos índios, que haveria de defender durante toda a sua vida.

Em 6 de Maio de 1625 proferiu os primeiros votos e logo a seguir foi encarregado de redigir a carta ânua relativa aos anos de 1624 e 1625 e começou a ensinar retórica no Colégio de Olinda, tendo sido ordenado sacerdote em 10 de Dezembro de 1634. Durante este período tornou-se notada a sua capacidade oratória e fez muitas pregações em casa da ordem, em missões e fazendas, tendo a primeira pregação oficial ocorrido no 4.º Domingo da Quaresma de 1634, na Igreja da Conceição da Baía.

Em 27 de Fevereiro de 1641 acompanhou a Lisboa o filho do Marquês de Montalvão, Vice-rei do Brasil, começando um período de actividade política, como conselheiro de D. João IV, e diplomática, missões em Paris e Haia, de 1646 a 1648, Roma, em 1650, e outra vez Roma de 1669 a 1675, onde tentou ractivar o processo de canonização do Beato Inácio de Azevedo e obter o apoio do Papa, que lhe concedeu isenção perante a Inquisição Portuguesa pelo breve de 17 de Abril de 1675. Em Roma tinha começado a rever os seus sermões e o primeiro volume foi publicado em Lisboa, em 1679. Em 27 de Janeiro de 1681 partiu para o Brasil, tendo vivido até ao momento da sua morte perto da Baía ocupado na revisão dos seus sermões e em especial na redacção da sua obra de teologia e profética: Clavis Prophetarum.

Esta obra pesa mais de 5 Kg. e está sujeita a custos de porte adicionais.

 In quarto. [xxiv], 559, [i in bL.], [cviii] pP. The 559 pages are numbered by column for a total of 1118, two per page.

The preliminary pages contain: Dedication to Prince Regent Pedro, who would later become King Pedro II; prologue to the reader; List of sermons printed with the author's name, and commented lists of the Spanish translations published in Madrid in 1662, 1664 and 1678; Licences with the approval of Father Frei João da Madre de Deus; licence from the Society of Jesus, by Father Luís Álvares and licence from the ordinary signed by Friar Cristóvão de Almeida, Bishop of Martíria; errata, index of the sermons in this first volume; Royal privilege and respective charter to Father António Vieira. The final pages include an index of quotations from Sacred Scripture and a thematic index.

PRESENTATION. A complete set of the very rare and sought-after first edition of Father António Vieira's Sermons, with 17 volumes, according to the copies from Azevedo e Samodães, Ameal and Borba de Morais. Inocêncio and, later, José dos Santos, who produced the catalogue for the Livraria de Azevedo e Samodães, agree on the great rarity of the set and especially the last two volumes. Santos says: "the last two hardly ever appear on the market."

Such rarity may be due to the fact that the Society of Jesus was expelled from Portugal by order of the Marquis of Pombal in 1759, only 11 years after the publication of these volumes, of which there were still a certain quantity accumulated in the various colleges and houses of the Society.

The volumes of this first edition of Vieira's sermons are especially valuable because they were edited on the author's initiative during his lifetime and revised by him up to the thirteenth volume, a circumstance that rarely occurs and that other great preachers were not able to do, such as Bossuet, whose sermons were published long after his death, or Bourdaloue, who saw his oratorical works published from stenographic copies.

Their value is even greater because they include, in addition to the 216 or so sermons preached by Father António Vieira, a large number of other works by the author, as well as poetic and prose works written on the occasion of his death and in his honour.

Father António Vieira is one of the greatest Portuguese writers of all time and one of the greatest writers in the world. In his work, the power of the word is elevated to an exceptional height, rarely reached, of expressiveness, precision, beauty, vivacity and energy, using an extensive vocabulary of great variety and richness, used with the utmost propriety and rigour. Vieira is for everyone and forever: : "The Emperor of the Portuguese Language" as Fernando Pessoa evokes it in Message and refers to it through his heteronym Bernardo Soares, in the Book of Disquiet.

He is also a figurehead and founder of Brazilian culture, a country where he lived and acted with the greatest courage for half his life and where he decided to live out his last days. Today his work is very influential and studied in Brazil, with some of the greatest Vieira specialists coming from that country, such as: Alcir Pécora, Adma Muhana, João Adolfo Hansen, along with the Portuguese, Margarida Viiera Mendes, Arnaldo do Espírito Santo, Ana Travassos Valdez and those mentioned further below.

Vieira wrote with the same brilliance in Latin, Spanish and Italian and preached in Tupi and Quimbundo. "There was no language that was foreign to Father António Vieira," says his contemporary, the Archbishop of Cranganor, in the 14th volume of this 1st edition. As he mastered many languages, his sermons have been translated into the world's most important languages, from the moment he preached them to the present day, into Latin, German, Spanish, English, French, Italian, Catalan, Flemish, Polish, Russian, Serbo-Croatian, Mandarin, Japanese, Arabic and Bulgarian.

In addition to his greatness as a literary genius, he was also a visionar, dreaming of a providential destiny for Portugal, a missionary, a diplomat, a defender of the Indians, an intervener in the drafting of the royal laws that determined their freedom (Law of April 1st.1680), a fighter against the mistreatment of slaves and even an advocate of the end of slavery, within the mental framework of the time (Boxer notes that Vieira, unlike most of his contemporaries, did not believe in the innate superiority of the white man).

He was an advocate of limiting the powers of the Inquisition and ending discrimination against Jewish descendants, "a figure with a very rich and, in some respects, unique trajectory", as Pedro Cardim states, who emphasises "the richness of his work and [...] the complexity of his life", which is all reflected in his brilliant literary work. As António Nóvoa says: "His work bequeaths us a whole heritage of thought and mastery of the word that is essential for defining what we were and what we can still be." One of his most illustrious scholars, the promoter and coordinator of the vast team that produced the most complete edition of Father António Vieira's works, Professor José Eduardo Franco says: "Vieira and his powerful word are undoubtedly a stimulus for us not to give up on building a better world".

DESCRIPTION FILE STRUCTURE: Due to its length, we will divide the description of this work into the following parts: General description of the set in terms of its physical appearance: bindings, illustrations, characteristics of the printing and its typographical decorations, condition of the copy, as well as a brief note on the content and value of this work. This is followed by a detailed description of each volume, a more extensive explanation of the value of this work and a biographical note on its author.

Early 20th-century, full leather similar bindings with raised bands, labels, gilt tools on the spine panels with plant motifs and blind tools on the boards forming double framess, with plant motifs. Red edges and red silk marker ribbons.

Illustrated with a full-page engraving depicting the coat of arms of Lady Catarina de Bragança, widowed queen of England, on the first unnumbered page of the eleventh volume.

Very clear printing on linen paper, decorated on the title pages with the sacred trigram surrounded by a wreath in the first volume, the same trigram inserted in a rose in the second to seventh volumes, without ornamentation in the eighth, trigram inserted in a rose inscribed in a square in the ninth volume, with a cherub in the tenth, ornamentation in the eleventh the same as in the ninth, trigram inside a splendour surrounded by volutes with flowers inserted in a frame in the twelfth volume, small bowl with flowers in the thirteenth volume; fourteenth volume matching the decoration of the second to seventh volumes; and seventeenth volume with a sun surrounded by flowers and branches.

The 15th and 16th volumes published in the second half of the 18th century, in 1736 and 1748, show the exuberance of ornamentation characteristic of the late Baroque period, with the 15th volume having a title page in black and red and the 16th having a title page in red and black, with engraved metal plates and not xylographed as in the previous 15 volumes. The 16th volume has a title page printed in red and black, with headpieces etched in metal plate, not xylographed as in the previous 15 volumes, with a dedication printed in beautiful italic characters, decorated by a large allegorical headpiece with the arms of the kingdom of Portugal and a decorated initial, designed by L. Simonneau and Rochefort in 1736 and etched in metal plate, with the initial retouched by Debrie in 1742. The seventeenth volume, although published in 1748, the same year as the sixteenth, is again more discreet in its ornamentation, featuring a sun surrounded by flowers and branches on the title page.

Text printed in two columns decorated with woodcut allegorical headpieces or made up of a series of vignettes, decorated initials and woodcut finishing fleurons of great variety and beauty, some of them of appreciable size, many of them reproduced in Paiva, 1999 and on the Iberian Books website.

Copy with minor signs of wear on the bindings, on the eighth and ninth volumes, on the hinges and with loss of leather on the headcap of the eighth and on the foot of the spine of the ninth. All the volumes in this copy, with the exception of the first, have preserved their original title pages. There are slight moth holes on the flyleaves of almost all the volumes, which in a few cases reach the final and initial pages of some volumes. Small stain at the head of the eleventh volume, from page 165 to the end. Printing flaw on page 196 of the eighth volume, which makes the last six lines almost illegible. Slight stains at the head of the first leaves and with small restored moth holes, which do not prevent reading, on the last three leaves of the twelfth volume.

Volumes 3, 8 and 9 have the handwritten ownership tilte of António Bernardino Gouveia at the foot of the title pages; volume 3 has the same person's ownership title at the top of the fourth of the final pages and also two oleographic stamps with heraldic ex-libris (which are repeated in volume 9); volume 7 has the same person's ownership title at the top of the fourth of the final pages and also two oleographic stamps with heraldic ex-libris (which are repeated in volume 9). The 7th volume has a coeval handwritten ownership title, an oleographic stamp from Father Francisco Correia Bettencourt (Graciosa); an oleographic stamp from the Library of Brotéria magazine; and a 19th century gift dedication from Father Manuel Teófilo de Sousa to Dr António Pinto de Carvalho, as a souvenir of Santa Cruz de Pera; the 12th volume has an ownership title in coeval handwriting at the head of the title page from Friar Fernando da Soledade.

Set composed of volumes from different printings which are identified in Paiva, 1999, no. 990-1031, with volumes 2, 3, 4, 5, 6, 10, 12 belonging to printing A; volumes 7, 8, 11 belonging to printing B; and volumes 1, 9 and 13 to printing C. Volume 14 belongs to an imprint other than any of the three identified in the aforementioned bibliography.

DESCRIPTION OF VOLUMES 2 TO 17:

Please check the description of the volumes on the portuguese description

PADRE ANTÓNIO VIEIRA (Lisbon, 1608 - Salvador, Brazil, 1697) Portugal's greatest writer, author of a vast body of work in Portuguese, Latin and Italian, and famously described by Fernando Pessoa as the "Emperor of the Portuguese language". At the same time, he carried out political and diplomatic activities with brilliance, vision and courage in defence of Portugal during the Restoration War, coming into open conflict with the Inquisition, which he won with the Pope's support.

More important still was his prolonged and dedicated missionary activity, in which he distinguished himself by defending the freedom of the Indians and condemning slavery in the way that was possible at the time. He was even expelled by the colonists, who treated slaves from Africa badly and wanted to enslave the Indians, despite royal laws to the contrary, which he obtained from King João IV and King Pedro II.

Vieira managed to reconcile great political realism with a deep-rooted belief in Sebastianism, beginning by identifying King João IV as the Wish of the Sebastianist myth, who was to be resurrected. Although Vieira valued and devoted a great deal of time to his theological and prophetic works, it was his sermons that established him as a great orator and writer. His strong personality and oratory skills attracted crowds to hear him preach, but it was the possibility of being able to devote himself to revising and accompanying the publication of his sermons that made them literary works of great value and not just a cold record of his oratory skills.

He went to Baía with his family in 1614, where Vieira attended the College of the Society of Jesus. A legend has come down to the present day that the young Vieira had learning difficulties, but one day he suddenly overcame all his difficulties and was recognised for his intellectual and linguistic abilities, being chosen to write the annual report in 1625 at the age of 17. This fact is known as the "Vieira Slap".

On May 5th 1623 he began his novitiate in the Society and during this time he spent some time at the Espírito Santo Mission, where he learned the Tupi language and came into contact with the culture and psychology of the Indians, which he was to defend throughout his life.

On May 6th 1625 he took his first vows and soon afterwards he was commissioned to write the annual letter for the years 1624 and 1625 and began teaching rhetoric at the College of Olinda, where he was ordained a priest on 10 December 1634. During this period, his oratory skills were noted and he preached many times in the order's houses, missions and farms, with his first official sermon taking place on the 4th Sunday of Lent in 1634, in the Church of Conceição da Baía.

On 27 February 1641, he accompanied the son of the Marquis of Montalvão, Viceroy of Brazil, to Lisbon, beginning a period of political activity as an advisor to King João IV, and diplomatic activity, missions to Paris and The Hague from 1646 to 1648, Rome in 1650, and Rome again from 1669 to 1675, where he tried to revive the canonisation process of Inácio de Azevedo and obtain the support of the Pope, who granted him exemption from the Portuguese Inquisition by the breve of 17 April 1675. In Rome he had begun to revise his sermons and the first volume was published in Lisbon in 1679. He left for Brazil on 27 January 1681 and lived until his death near Baía, busy revising his sermons and especially writing his theological and prophetic works: Clavis Prophetarum.

This work weighs more than 5 kg. and is subject to additional shipping costs.

Referências/References:

-Pedro Cardim - Para uma visão mais informada e plural do padre António Vieira. Expresso, 20 de Junho de 2020.
-João Francisco Marques - Introdução geral à parenética. In: Obra Completa do Padre António Vieira, Tomo II, Parenética, Volume I, Sermões do Advento do Natal e da Epifania. Círculo de Leitores. Lisboa. 2013, p. 9-47.
-José Eduardo Franco e Pedro Calafate - Introdução geral, In Obra Completa do Padre António Vieira, Tomo I. Epistolografia. Volume I. Cartas diplomáticas. Círculo de Leitores. Lisboa. 2013, p. 13-33.
-José Eduardo Franco - Padre António Vieira, Grandes pensamentos, aforismos e adágios. Gradiva. Lisboa. 2008.
-Aníbal Pinto de Castro - Padre António Vieira, Biblos Enciclopédia Verbo das literaturas de língua portuguesa. Verbo. Lisboa. 2005, p. 854-874.
-João Francisco Marques - Oratória Sacra ou Parenética. In: Dicionário de História Religiosa de Portugal. IV, 2001, p. 470-510.
-José Pedro Paiva. Padre António Vieira. 1608-1697. Bibliografia. BNP. Lisboa. 1999, n.º
-Eugénio Lisboa (Coord.) - Dicionário cronológico de autores portugueses. Publicações Europa-América. Mem-Martins. Vol. I, 1991, p. 425-427.
-Borba de Morais, II, 1983, p. 918-920, 17 Volumes.
-Ávila Perez, 8017, só com 15 volumes.
-Serafim Leite - História da Companhia de Jesus no Brasil. Tomo IX, 192-363, n.º 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12,13, 14, 965, 15, e 966.
-Ameal, 2495. Completo com 17 volumes, mas descrição muito sumária.
-Azevedo e Samodães, 3516.
-Xavier da Cunha - Impressões Deslandesianas, I, p. 613-616. 1.º e 2.º Volumes.
-José dos Santos. Arquivo bibliográfico, 1168, com 16 volumes.
-Rodrigo Veloso, Segundo escrínio bibliográfico, 7861, 16 volumes.
-Rodrigo Veloso, Primeiro escrínio bibliográfico, 4579, 16 volumes.
-Condessa de Azambuja, 2682, só com 15 volumes.
-Inocêncio I, 287-293 (289-290), VIII, 316-319, XXII, 369-383 (377).
-Barbosa Machado, I, 416-426. (421-422) e IV, 62-63.


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