[Par]... Traduite en vers français par... Société de St-Augustin, Desclée, de Brouwer et Cie. Bruges. S.d. 

In 8.º de 14,5x9 cm. Com [iv], xxxiv, [vi], 369, [v] págs. Encadernação inteira de pele com nervos, ferros a preto e a ouro na lombada e nas pastas formando esquadrias. Corte das folhas dourado, folhas de guarda em papel decorativo e tem fita marcadora em tecido. 

Impressão muito nítida com texto impresso em molduras com filetes simples, ornamentado com inicial decorativo na introdução, cabeções em molduras com motivos vegetalistas e florões de remate. 

Exemplar com rasgo na folha da página 201, sem perda de papel e sem dificultar a leitura. 

As folhas preliminares apresentam um texto introdutório de Aug. Borgnet de 16 juillet 1884, dedicatória de P.  Corneille ao soberano pontífice Alexandre VII, e prefácios das edições de 1651, 1652, 1653 e 1656. Entre os prefácios encontra-se texto de aprovação dos Doutores Gaulde e R. le Cornier. 

A Imitação de Cristo é uma obra devocional sobre a vida de Jesus, atribuída ao monge copista Tomás Kempis, foi escrita originalmente em latim e terá sido traduzida em português por Frei João Álvares, Abade Comendador do Mosteiro Beneditino de Paço de Sousa, com o intuito de transmitir os seus ensinamentos aos frades do Mosteiro, de forma a manter intacta a disciplina monástica e o desapego do mundo. 

A obra é dividida em quatro livros: «Admoestações Úteis para a Vida Espiritual», «Admoestações Conduzindo à Vida Interior», «De Consolação Interior» e «O Sacramento do Altar». Cada livro aborda diferentes aspectos da vida espiritual, desde a imitação das virtudes de Cristo até a importância da humildade e a devoção à Eucaristia.

É um dos tratados mais divulgados de toda a literatura cristã, conheceu um grande número de edições, em meados do século XIX já se contavam mais de 1800, e foi traduzido para muitas línguas. Exerceu e exerce uma profunda e prolongada influência no mundo católico, em muitas denominações protestantes e diversas espiritualidades do nosso tempo, influenciando santos e reformadores, incluindo Santo Inácio de Loyola e São Francisco de Sales.

A autoria de L’Imitation de Jésus-Christ é objeto de debate. Embora Tomás de Kempis seja tradicionalmente reconhecido como o autor, alguns estudiosos sugerem que a obra pode ser uma compilação de textos devocionais e místicos de vários autores medievais. Entre os nomes considerados estão Jean Gerson, abade de Vercelli, e outros membros da Devotio Moderna, movimento espiritual do qual Tomás de Kempis fazia parte.

A Devotio Moderna foi um movimento de renovação da vida religiosa, que teve o seu momento mais elevado entre os séculos XIV e XVI, e beneficiou tanto como aproveitou muito com o aparecimento da imprensa. Nele a vida cristã, que se baseava nas celebrações comunitárias e na transmissão oral da doutrina foi enriquecida por actividades pessoais e íntimas com recurso ao cultivo da vida interior, pela oração mental, pela meditação e leitura.

Tomás de Kempis, também conhecido como Tomás de Kempen, Thomas Hemerken, Thomas à Kempis ou Thomas von Kempen (Kempen, Renânia, 1380 – Zwolle, 1471) foi um monge católico, da Ordem de Sto. Agostinho, escritor alemão, autor do clássico livro: «Imitação de Cristo». 

Pierre Corneille, mais conhecido por Corneille (Ruão, 1606 — Paris, 1684) foi um dramaturgo de tragédias francês, um dos três maiores produtores de dramas na França, durante o século XVII, ao lado de Molière e Racine. Escreveu a sua primeira comédia Melita, em 1629, e peças durante mais de 40 anos. Em 1647 é eleito para a Academia Francesa, ocupando a cadeira número 14 até a sua morte.