RUGENDAS. (Johann Moritz) HABITANTE DE GOYAS, QUADRO A ÓLEO PINTADO SOBRE MADEIRA.

     
 
 

Recuperar password

Livros disponiveis: 89238

English   
 
   

Clique nas imagens para aumentar.



BRITO CAPELO. (Hermenegildo Carlos de) e Roberto Ivens. DE BENGUELLA ÁS TERRAS DE IÁCCA

Descripção de uma viagem na Africa Central e Occidental. Comprehendendo narrações, aventuras e estudos importantes sobre as cabeceiras dos rios Cu-nene, Cu-bango, Lu-ando, Cu-anza e Cuango, e de grande parte do curso dos dois ultimos alem da descoberta dos rios Hamba, Cauali, Sussa e Cu-gho, e larga notícia sobre as terras de Quiteca N'bungo, Sosso, Futa e Iácca. Por... Officiaes da Armada Real. Expedição organisada nos annos de 1877-1880. Edição illustrada. Imprensa Nacional. Lisboa. 1881.

2 Volumes in fólio de 23x16 cm. Com xlv, [i em br], 379, [ii]; xii, 413, [ii] págs. Encadernações com lombadas e cantos em pele, com nervos, rótulos e ferros a ouro em casas fechadas nas lombadas. Cortes das folhas carminados à cabeça, com fitas em cetim e folhas de guarda decorativas.

Profusamente ilustrados com retratos dos autores em anterrosto, gravuras com panoramas da progressão da coluna expedicionária, gravuras de indígenas, tipos e chefaturas locais, desenhos de objectos recolhidos e as suas denominações, pautas musicais, mapas parciais no texto e ainda 2 mapas desdobráveis acondicionados em estojos abertos nas guardas interiores das encadernações, nomeadamente: “Carta das terras entre Luanda e Ambaca e do curso do rio Cu-anza do Dondo ao Oceano por Capello e Ivens [De 40x80 cm na escala de 1:370370]. Compreendendo o traçado definitivo do caminho de ferro e parte da directriz projectada segundo indicações dos engenheiros Raphael Gorjão da Comissão de 1877 a 1880 e de Angelo de Souza Prado, impressa na Lithographia da Imprensa Nacional” e “Carta da África Occidental Austro-Equatorial [de 120x90 cm na escala 1:481480] contendo o itinerário e explorações de Capello e Ivens 1877-1890”, apresentando os perfis das altitudes nos vários percursos (Dondo e Benguela) na longitude e na latitude e um quadro de declinações magnéticas.

Brito Capelo foi escolhido em Maio de 1877, para dirigir uma expedição à África Central, juntamente com o também oficial de marinha Roberto Ivens e o major do exército Serpa Pinto. De acordo com o decreto que os mandatou, foram nomeados «para comporem e dirigirem a expedição que há-de explorar, no interesse da ciência e da civilização, os territórios compreendidos entre as províncias de Angola e Moçambique, e estudar as relações entre as bacias hidrográficas do Zaire e do Zambeze, segundo as instruções que receberem autorizadas pelo meu Governo». Sob os auspícios da Sociedade de Geografia, esta expedição tinha por fim «…o estudo do rio Cuango nas suas relações com o Zaire e com os territórios portugueses da costa ocidental, assim como toda a região que compreende ao Sul e a sueste as origens dos rios Zambeze e Cunene e se prolonga ao Norte, até entrar pelas bacias hidrográficas do Cuanza e do Cuango…».

A 7 de Julho de 1877 iniciam a expedição. Após concluído o trajecto Benguela-Bié, começam as divergências entre Brito Capelo e Serpa Pinto. Este ultimo quer tentar a travessia até Moçambique, no espírito do que desejava Luciano Cordeiro, e na ânsia de levar a cabo uma empresa grandiosa em África. A expedição divide-se em duas com Serpa Pinto a falhar o seu objectivo, ao não conseguir atingir qualquer ponto da costa moçambicana como era sua intenção. Consegue no entanto chegar a Pretória no Transval e posteriormente a Durban no Natal, ambas as cidades em províncias britânicas. Brito Capelo e Roberto Ivens concentraram as suas atenções na missão inicial, a qual prosseguiram, e exploraram as relações entre as bacias hidrográficas do Zaire e do Zambeze. Percorreram as regiões de Benguela até às terras de Iaca, tendo delimitado os cursos dos rios Cubango, Luando e Tohicapa. A 1 de Março de 1880, Lisboa recebe triunfalmente Brito Capelo e Roberto Ivens, tendo o êxito da expedição ficado perpetuado nesta obra.

Em 1875, Luciano Cordeiro fundara a Sociedade de Geografia de Lisboa. O seu principal propósito não estava exclusivamente direcionado para África, mas desde cedo, com a criação da Comissão Nacional Portuguesa de Exploração e Civilização da África, mais conhecida por Comissão de África, assumiu a função de despertar a opinião pública para as questões do Ultramar e preparou as primeiras grandes expedições de exploração científico-geográfica, financiadas através de subscrição nacional, contribuindo assim para a definição de uma política colonial portuguesa em África.

No entanto a Sociedade de Geografia de Lisboa, apareceu tarde em relação às suas principais homólogas europeias. Um forte surto expansionista da Europa no continente africano, em que exploradores de todas as grandes potências europeias se lançaram na prospecção de territórios não explorados com o intuito de os cartografar (e reclamar), obrigou Portugal a rever urgentemente a sua política colonial e com estas expedições a efectivar a sua presença nestes locais, mas as pretensões portuguesas de ocupação do espaço entre Angola e Moçambique chocaram com as pretensões inglesas, que se materializaram na consequente reivindicação dessa zona para o império inglês através do Ultimato Britânico a Portugal.

Hermenegildo Carlos de Brito Capelo (Palmela, 1839 — Lisboa, 1917), foi oficial da marinha portuguesa e explorador do continente africano durante o último quartel do século XIX. Em 1860 embarcou como guarda-marinha para Angola a bordo da corveta D. Estefânia, comandada pelo príncipe D. Luís, em 1863 regressa a Lisboa e é aprovado Segundo Tenente. Em 1874 torna-se Primeiro Tenente, Capitão Tenente supranumerário em 1877, e Capitão de Fragata em 1884. Ajudante de Campo Honorario de Sua Magestade El-Rei, comendador da ordem de S. Thiago. Em resultado de uma exploração científica em África, com outro distinto oficial da marinha de guerra, o Sr. Roberto Ivens, escreveu e publicou a seguinte obra: De Benguella ás Terras de Iácca. Lisboa, na Imp. Nacional, 1881.

Roberto Ivens (São Pedro, Ponta Delgada, 1850 — Dafundo, Oeiras, 1898), filho de pai inglês e de mãe açoriana, foi um oficial da Armada, administrador colonial e explorador do continente africano, português. Concluiu o curso de Marinha em 1870 com as mais elevadas classificações, no ano seguinte frequentou a Escola Prática de Artilharia Naval, partindo em setembro para a Índia, pelo Canal do Suez, integrado na guarnição da corveta Estefânia, onde é feito guarda-marinha. A partir de 1872 inicia contactos regulares com o continente africano, ascende a diversos cargos e termina a sua carreia como Oficial.

 2 Volumes in folio of 23x16 cm. xlv, [i in bl], 379, [ii]; xii, 413, [ii] pp. Binding with leather spines and corners, raised bands, labels and gilt tooled on spine. With satin ribbon marker and recent marbled endpapers in contemporary style.

Profusely illustrated with portraits of the authors on the back, engravings with panoramas of the progress of the expeditionary column, engravings of indigenous people, local types and chieftaincies, drawings of objects collected and their names, musical scores, partial maps in the text and also 2 fold-out maps packed in open cases in the inner pastedowns, namely: 'Map of the lands between Luanda and Ambaca and of the course of the Cu-anza River from Dondo to the Ocean” by Capello and Ivens [40x80 cm on a scale of 1:370370], comprising the definitive route of the railway and part of the projected guideline according to the indications of the engineers Raphael Gorjão from the 1877 to 1880 Commission and Angelo de Souza Prado, printed at the Lithographia da Imprensa Nacional and 'Carta da África Occidental Austro-Equatorial [120x90 cm scale 1:481480] containing the itinerary and explorations of Capello and Ivens 1877-1890', showing profiles of the altitudes on the various routes (Dondo and Benguela) in longitude and latitude and a table of magnetic declinations.

Brito Capelo was chosen in May 1877 to lead an expedition to Central Africa, along with naval officer Roberto Ivens and army major Serpa Pinto. According to the decree that mandated them, they were appointed 'to compose and direct the expedition that will explore, in the interests of science and civilisation, the territories comprised between the provinces of Angola and Mozambique, and study the relations between the hydrographic basins of Zaire and Zambezi, according to the instructions they receive authorised by my Government'. Under the auspices of the Geographical Society, the purpose of this expedition was to '...study the Cuango river in its relations with the Zaire and with the Portuguese territories on the west coast, as well as the entire region that includes the origins of the Zambezi and Cunene rivers to the south and south-east and extends to the north, until it enters the Cuanza and Cuango hydrographic basins...'.

The expedition began on 7 July 1877. After completing the Benguela-Bié route, disagreements began between Brito Capelo and Serpa Pinto. The latter wanted to attempt the crossing to Mozambique, in the spirit of Luciano Cordeiro"s wishes, and in his eagerness to carry out a grandiose enterprise in Africa. The expedition split in two, with Serpa Pinto failing to reach any point on the Mozambican coast as he had intended. He did, however, manage to reach Pretoria in Transvaal and then Durban in Natal, both cities in British provinces. Brito Capelo and Roberto Ivens focussed their attention on the initial mission, which they continued, and explored the relationship between the Zaire and Zambezi river basins. They travelled from Benguela to the lands of Iaca, delimiting the courses of the Cubango, Luando and Tohicapa rivers. On 1 March 1880, Lisbon triumphantly received Brito Capelo and Roberto Ivens, and the success of the expedition was perpetuated in this work.

In 1875, Luciano Cordeiro founded the Lisbon Geographical Society. Its main purpose was not exclusively directed towards Africa, but early on, with the creation of the Portuguese National Commission for the Exploration and Civilisation of Africa, better known as the Africa Commission, it took on the role of awakening public opinion to overseas issues and prepared the first major scientific-geographical exploration expeditions, financed by national subscription, thus contributing to the definition of a Portuguese colonial policy in Africa.

However, the Lisbon Geographical Society appeared late in relation to its main European counterparts. Europe"s strong expansionist surge on the African continent, in which explorers from all the major European powers set out to prospect unexplored territories with the aim of mapping (and claiming) them, forced Portugal to urgently review its colonial policy and with these expeditions to make its presence in these places effective, but Portuguese pretensions to occupy the space between Angola and Mozambique clashed with English pretensions, which materialised in the consequent claiming of this area for the English empire through the British Ultimatum to Portugal.

Hermenegildo Carlos de Brito Capelo (Palmela, 1839 - Lisbon, 1917) was a Portuguese naval officer and explorer of the African continent during the last quarter of the 19th century. In 1860 he embarked as a marine guard for Angola aboard the corvette D. Estefânia, commanded by Prince Luís. In 1863 he returned to Lisbon and was approved Second Lieutenant. In 1874 he became First Lieutenant, Captain Lieutenant supernumerary in 1877, and Frigate Captain in 1884. Honorary Aide-de-Camp to His Majesty the King, Commander of the Order of St James. As a result of a scientific exploration in Africa with another distinguished naval officer, Mr Roberto Ivens, he wrote and published the following work: De Benguella ás Terras de Iácca. Lisbon, Imp. Nacional, 1881.

Roberto Ivens (São Pedro, Ponta Delgada, 1850 - Dafundo, Oeiras, 1898), the son of an English father and an Azorean mother, was a Portuguese naval officer, colonial administrator and explorer of the African continent. He graduated from the Navy in 1870 with the highest marks. The following year he attended the Practical School of Naval Artillery, leaving in September for India, via the Suez Canal, as part of the garrison of the corvette Estefânia, where he was made a marine guard. From 1872 onwards, he began regular contacts with the African continent, rose to various positions and ended his career as an officer.

Referências/References:

Inocêncio XI, 261


Temáticas

Referência: 2406RS174
Local: M-19-C-2


Caixa de sugestões
A sua opinião é importante para nós.
Se encontrou um preço incorrecto, um erro ou um problema técnico nesta página, por favor avise-nos.
Caixa de sugestões
 
Multibanco PayPal MasterCard Visa American Express

Serviços

AVALIAÇÕES E COMPRA

ORGANIZAÇÃO DE ARQUIVOS

PESQUISA BIBLIOGRÁFICA

free counters