RUGENDAS. (Johann Moritz) HABITANTE DE GOYAS, QUADRO A ÓLEO PINTADO SOBRE MADEIRA.

     
 
 

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ARQUIVO DE JOSÉ JOAQUIM DA COSTA E DESCENDENTES. [1767-1925]

O Arquivo da família Costa reune um conjunto de documentos desde meados do céculo XVIII até 1925, com uma maior concentração no período de finais do século XIX e início do século XX. É muito importante para o estudo de épocas fundamentais da história de Portugal, a sociedade do Antigo Regime no Reinado de D. Maria I, a consolidação do regime da Monaquia Liberal, no início do Cabralismo durante o Reinado de D. Maria II, assim como o funcionamento da Igreja Católica na mesma época.

É ainda especialmente importante para o estudo do mundo do jornalismo e da imprensa, no período final da Monarquia Constitucional, relativamente ao grupo de intelectuais e jornalistas próximos de Manuel Pinheiro Chagas e de Hintze Ribeiro, político oriundo dos Açores, que foi o líder do Partido regenerador e Presidente do Conselho de Ministros, por três vezes, de 1893 a 1897, 1900 a 1904 e 1906, assim como de Wenceslau de Lima, que foi Ministro dos Negócios Estrangeiros, nos governos de Hintze, por três vezes e Presidente do Conselho de Ministros, em 1909.         

Integra oito fundos, correspondentes à documentação de oito membros da família, desde José Joaquim Costa, Cavaleiro da Ordem de Santiago (1750? - ?) até João Costa, (1861 - 1926) jornalista e escritor, muito esquecido nos nossos dias.   

Segue-se a descrição segundo o Método Arquivístico e as normas Internacionais aplicáveis. Em anexo apresentamos breves notas biográficas das pessoas que remeteram correspondência a João Costa e descrições das instituições a que pertenceram os membros da família. 

ARQUIVO DA FAMÍLIA COSTA.

CÓDIGO DE REFERÊNCIA. - PT-AFC.

NÍVEL. Arquivo. TÍTULO. Arquivo da Família Costa.  

DATAS. 1757-1925. DIMENSÃO. 1 Pasta, 44 Documentos. SUPORTE. Papel.

NOME DOS PRODUTORES: José Joaquim da Costa, João Pedro Costa, Ana de Jesus Alves, José Joaquim da Costa (II), Maria Luísa de Almeida Palmeirim, Maria Palmeirim Costa, Helena Palmeirim Costa, João Costa.  

HISTÓRIA BIOGRÁFICA. Os membros da família Costa, que estão representados neste conjunto documental, incluem o fundador (no estado dos nossos conhecimentos) José Joaquim Costa (1750? - ?), que foi Cavaleiro da Ordem Militar de Santiago; um seu neto João Pedro da Costa que exerceu cargos no regime da Monarquia Constitucional, depois da queda dos Setembristas, duas pessoas com um documento cada uma de que não sabemos a sua inserção na árvore genealógica da famíla; e pessoas do sexo feminino que são muito provávelmente a mulher e as duas filhas do último representante da família, o jornalista e escritor João Costa. 

Os dados biográficos que foi possível recolher serão referidos nos fundos documentais referentes a cada um dos membros da família.     

ÂMBITO E CONTEÚDO. A documentação é constituída por documentos de nomeação para o exercício de cargos e funções oficiais, certidões do exercío de funções, diplomas comprovativos da concessão de títulos honoríficos e da pertença a diversas associações e correpondência recebida. Estavam acondicionados numa pasta com os cantos e a lombada em pele e com um rótulo com o seguinte título: Asilo Municipal. Contas Processadas.  

Além dos organismos da Coroa e do estado os documentos são da autoria de destacadas personagens da cultura e da política de fins do século XIX e inícios do XX, como, por exemplo: Ramalho Ortigão, Conde de Arnoso, Branca de Gonta Colaço e D. Augusto Eduardo Nunes, Arcebispo de Évora.    

SISTEMA DE ORGANIZAÇÃO.

O Arquivo da Família Costa é composto por oito fundos, 2 séries e 44 documentos. A documentação está organizada por unidades arquivísticas e por ordem cronológica, dentro de cada unidade.    

IDIOMA/ESCRITA. Português, castelhano, italiano, norueguês. 

CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E REQUESITOS TÉCNICOS. Muitos dos documentos são de grandes dimensões e de grande beleza tipográfica e artística como por exemplo  

Documentação em bom estado, tendo apenas pequenos rasgões causadas pelo facto dos documentos terem estado dobrados durante muito tempo. Um dos documentos, muito acastanhado devido à qualidade do papel, está quase partido ao meio, por esse motivo.     

NOTA DO ARQUIVISTA. Descrição elaborada para a Livraria Castro e Silva por Paulo Gonçalves, Mestre em Ciências da Informação e da Documerntação pela Faculdade de Ciências Humanas e Sociais da Universidade Nova de Lisboa. 

- Regras, convenções e bibliografia teórica:

- ISAD’G - Internacional Santard for Archival Description, General. 

- ODA – Orientações para a Descrição Arquivística. ANTT/DGARQ , Lisboa, 200 

- Luciana Duranti and Giovanni Michetti - The Archival Method. 

- Data da descrição: Julho de 2024.

1 - FUNDO JOSÉ JOAQUIM DA COSTA 

CÓDIGO DE REFERÊNCIA. - PT-AFC/FJJC. NÍVEL. Fundo. TÍTULO. Fundo de José Joaquim da Costa.  

DATAS. 1757-1792. DIMENSÃO. 6 Documentos. SUPORTE. Papel.

NOME DOS PRODUTORES: José Joaquim da Costa. HISTÓRIA BIOGRÁFICA. José Joaquim Costa (1750? - ?), foi Cavaleiro da Ordem Militar de Santiago e exerceu funções na Repartição de Obras da Contadoria da Junta do Comércio.  

ÂMBITO E CONTEÚDO. A documentação é constituída por documentos de nomeação para o exercício de cargos e funções oficiais e uma certidão do respectivo exercício. Compreende os seguintes documentos: 

PT-AFC/FJJC/1 - 4 de Maio de 1767 - Nomeação para praticante supranumerário da Contadoria da Junta do Comércio, da Repartição das Obras.   

PT-AFC/FJJC/2 - 21 de Fevereiro de 1775 - Certidão de ter desempenhado as referidas funções.  

PT-AFC/FJJC/3. - 3 de Agosto de 1791 - Alvará da Rainha D. Maria I ordenando a qualquer Cavaleiro da Ordem Militar de Santiago, que arme Cavaleiro José Joaquim da Costa, na Capela Real ou na Igreja do Mosteiro de Santos.   

PT-AFC/FJJC/4. - 22 de Março de 1792 - Certidão de profissão de José Joaquim da Costa na Ordem Militar de Santiago, por D. José de Melo, Dom Prior-Mor da Ordem Militar de Santiago da Espada. 

PT-AFC/FJJC/5. - 22 de Março de 1792 - Carta e Título de Hábito de José Joaquim da Costa, Cavaleiro noviço da Ordem Militar de Santiago, por D. José de Melo, Dom Prior-Mor da Ordem Militar de Santiago da Espada. 

PT-AFC/FJJC/6. - 22 de Março de 1792 - Carta Remissória por D. José de Melo, Dom Prior-Mor da Ordem Militar de Santiago da Espada, que autoriza José Joaquim da Costa, Cavaleiro da Ordem Militar de Santiago, por três anos, a viver em Lisboa, ou outra cidade e a escolher livremente confessor fora da Ordem. 

2 - FUNDO JOÃO PEDRO DA COSTA.

CÓDIGO DE REFERÊNCIA. - PT-AFC/FJPC. NÍVEL. Fundo. TÍTULO. Fundo de João Pedro Costa.

DATAS. 1839-1880. DIMENSÃO. 4 Documentos. SUPORTE. Papel.

NOME DOS PRODUTORES: João Pedro Costa.  HISTÓRIA BIOGRÁFICA. João Pedro Costa (c. 1820 - depois de 1880) foi Guarda-Mór da Câmara Municipal de Lisboa, Major da Guarda Nacional e membro fundador da Associação de Jornalistas e Escritores Portugueses.   

ÂMBITO E CONTEÚDO. A documentação é constituída por documentos de nomeação para o exercício de cargos e funções oficiais e uma certidões do respectivo exercício. Compreende os seguintes documentos:

PT-AFC/FJPC/1 - 10 de Agosto de 1839 - Nomeação para Major da Guarda Nacional.

PT-AFC/FJPC/2 - 10 Dezembro de 1839 - Nomeação de Cavaleiro da Ordem de Cristo. 

PT-AFC/FJPC/3 - 8 de Março de 1848 - Determina que deve receber oito mil réis anuais, provenientes de vencimentos de servidor e pensionário do Estado, de que se mostrou credor segundo o disposto no Art.º 27, n.º 6, alínea única do Decreto de 19 de Novembro de 1846, que criou um fundo de amortização.    

PT-AFC/FJPC/4 - 30 de Novembro de 1880 - Diploma de sócio fundador, n.º 162, da Associação de Jornalistas e Escritores Portugueses, fundada em 10 de Junho de 1880.  

3 - FUNDO ANA DE JESUS ALVES.

CÓDIGO DE REFERÊNCIA. - PT-AFC-FAJA. NÍVEL. Fundo. TÍTULO. Fundo de Ana de Jesus Alves.

DATAS. 1850. DIMENSÃO. 1 Documento de . SUPORTE. Papel.

NOME DOS PRODUTORES: Ana de Jesus Alves. HISTÓRIA BIOGRÁFICA. Ana de Jesus Alves. 

ÂMBITO E CONTEÚDO. Fundo constituído pelo seguinte documento: PT-AFC/FAJA/1 - 30-01-1850 Admissão de Ana de Jesus Alves na Irmandade do Santíssimo Sacramento da Igreja de São Nicolau.  

4 - FUNDO JOSÉ JOAQUIM DA COSTA [2.º] 

CÓDIGO DE REFERÊNCIA. - PT-AFC/FAJJC, II. NÍVEL. Fundo. TÍTULO. Fundo de José Joaquim da Costa. 

DATAS. 1757-1792. DIMENSÃO. 1 Documento. SUPORTE. Papel.

NOME DOS PRODUTORES: José Joaquim da Costa. HISTÓRIA BIOGRÁFICA. Não foi possível obter informações. 

ÂMBITO E CONTEÚDO. Fundo constituído pelo seguinte documento: PT-AFC/FAJJC, II./1 - 1 de Setembro de 1871.  Diploma de Sócio Honorário da Associazione de Salvatori per Umani Socorsi ed Opere Benefiche. Comitato Centrale. Napoli. 

5 - FUNDO MARIA LUÍSA DE ALMEIDA PALMEIRIM. (1865 -?) 

CÓDIGO DE REFERÊNCIA. - PT-AFC-FMALAP. NÍVEL. Fundo. TÍTULO. Fundo de Maria Luísa de Almeida Palmeirim. 

DATAS. 1881. DIMENSÃO. 1 Documento. SUPORTE. Papel.

NOME DOS PRODUTORES: Maria Luísa de Almeida Palmeirim. HISTÓRIA BIOGRÁFICA. Maria Luísa de Almeida Palmeirim (1865 -?) pelas informações presentes casou com João Costa e teve pelo menos duas filhas.   

ÂMBITO E CONTEÚDO. Fundo constituído pelo seguinte documento: PT-AFC/FMALAP/1 - 15 de Janeiro de 1881, Certidão de ter frequentado com aproveitamento o 1.º Termo, com três anos, da Escola de Música do Conservatório Real de Lisboa.  

6 - FUNDO MARIA PALMEIRIM COSTA. 

CÓDIGO DE REFERÊNCIA. - PT-AFC/FMPC. NÍVEL. Fundo. TÍTULO. Fundo de Maria Palmeirim Costa. 

DATAS. 1894. DIMENSÃO. 1 Documento. SUPORTE. Papel.

NOME DOS PRODUTORES: Maria Palmeirim Costa. HISTÓRIA BIOGRÁFICA. Maria Palmeirim Costa pelos apelidos e data do único documento existente é irmã mais velha da seguinte e filha de Maria Luísa de Almeida Palmeirim (Fundo, n.º 5) e de João Costa (Fundo, n.º 8).   

ÂMBITO E CONTEÚDO. Fundo constituído pelo seguinte documento: PT-AFC/FMPC/1 - 12 de Novembro de 1894, Nomeação pela Comissão Municipal de Lisboa, para um lugar [na expectativa] de merceeira da Capela de D. Sancha, com obrigação de assistir na Real Igreja de Santo António.   

7 - FUNDO HELENA PALMEIRIM COSTA.

CÓDIGO DE REFERÊNCIA. - PT-AFC/FHPC. NÍVEL. Fundo. TÍTULO. Fundo de Helena Palmeirim Costa. 

DATAS. 1897. DIMENSÃO. 1 Documento. SUPORTE. Papel.

NOME DOS PRODUTORES: Helena Palmeirim Costa. HISTÓRIA BIOGRÁFICA. Helena Palmeirim Costa pelos apelidos e data do único documento existente é irmã mais nova da anterior e filha de Maria Luísa de Almeida Palmeirim (Fundo, n.º 5) e de João Costa (Fundo, n.º 8).      

ÂMBITO E CONTEÚDO. Fundo constituído pelo seguinte documento: PT-AFC/FHPC/1 - 17 de Julho de 1897, Nomeação pela Comissão Municipal de Lisboa, para um lugar [na expectativa] de merceeira da Capela de D. Sancha, com obrigação de assistir na Real Igreja de Santo António.  

8 - FUNDO JOÃO COSTA.

CÓDIGO DE REFERÊNCIA. - PT-AFC/FJC. NÍVEL. Fundo. TÍTULO. Fundo de João Costa. 

DATAS. 1900-1925. DIMENSÃO. 29 Documentos. SUPORTE. Papel.

NOME DOS PRODUTORES: João Costa.

HISTÓRIA BIOGRÁFICA. João Costa (Lisboa, 05-07-1861 - Lisboa 15-07-1926) Jornalista e escritor. Trabalhou no comércio, foi sub-chefe da repartição de contabilidade das Obras do Porto de Lisboa. Exerceu as funções de 2.º conservador da Biblioteca Nacional de Lisboa, nomeado a 24-12-1901, aquando da reorganização dos serviços introduzida pelo decreto de 24 de Dezembro de 1901; exerceu, em comissão de serviço, o cargo de Administrador Geral da Imprensa Nacional, de 08-06-1909 a 05-10-1910, foi promovido a 1.º bibliotecário a 08-06-1912; em 17-05-1919 foi colocado no Arquivo Nacional da Torre do Tombo. Quando foi nomeado para a Biblioteca Nacional de Lisboa, o director era o seu amigo Gabriel Pereira, com quem colaborou em iniciativas editoriais, e posterioremente trabalhou nesta instituição quando Xavier da Cunha e Faustino da Fonseca exerceram as funções de directores.      

Iniciou a sua carreira de jornalista no jornal A Discussão fundado por Manuel Pinheiro Chagas, que o chamou mais tarde para o Correio da Manhã, depois Diário da Manhã, onde ficou a fazer parte do corpo redactorial. Acompanhou Pinheiro Chagas a Madrid quando foi presidir à comissão de jornalistas que acompanhou o Rei D. Luís I, na sua visita ao Rei Afonso XII, de Espanha. Depois da dissidência do Partido Regenerador e a convite de Hintze Ribeiro, assumiu a direcção do seu órgão na imprensa - Notícias de Lisboa. Dirigiu a revista Brasil-Portugal, que era propriedade do Almirante Augusto de Castilho, e dos jornalistas Jaime Vítor e Lorjó Tavares e colaborou no O Dia, quando foi dirigido por Moreira de Almeida, com as crónicas - Dia a Dia, com o pseudónimo de Ix. Dirigiu a Revista Administrativa da União dos Empregados Administrativos de Portugal. Lisboa, 1919-1920.   

Traduziu: Adeus ao mundo ou despedida de São Luís Gonzaga da casa paterna. Coimbra, Tip. J. J. Reis Leitão, 1897.    É autor de - O Ano parlamentar, 1905: A questão dos Tabacos. Lisboa, Viúva Tavares Cardoso, 1906; do Prefácio do Catálogo da Livraria de Fialho de Almeida. Coimbra, Inspecção das Bibliotecas Eruditas e Arquivos, 1915; de colaboração na obra de Francisco Tavares Proença - F. A. Oliveira Feijão, o Professor, o cirugião, o homem do Mundo, o Lavrador: Homenagem saudosissima do seu amigo. Edição do Autor, 1922; do Prefácio e das notas da correspondência entre Castilho e Camilo. Coimbra, Imprensa da Universidade, 1924; e do prefácio dos inéditos da Torre do Tombo. 

Foi muito ligado ao mundo do teatro, dirigiu a revista Lisboa Elegante, Contos e versos, teatro e bailes crónica mensal, 1886 e 1887; foi proprietário de Música e teatros, revista quinzenal, 1908; e traduziu diversas peças de teatro, tais como as seguintes comédias: Mulheres nervosasO PerfumeAmantes legítimos; e Pouca Sorte.     

ÂMBITO E CONTEÚDO. A documentação deste fundo de João Costa é constituída por um total de 29 documentos estruturados em duas séries, a primeira que compreende documentos comprovativos da nomeação para o exercío de funções profissionais, da concessão de títulos honoríficos e da participação em associações. A segunda reune um conjunto de correspoindência recebida.  

SÉRIE, 1. 

CÓDIGO DE REFERÊNCIA. - PT-AFC/FJC/01. NÍVEL. Série. TÍTULO. Documentos profissionais, honoríficos e associativos.  

DATAS. 1902-1914. DIMENSÃO. 10 Documentos. SUPORTE. Papel.

ÂMBITO E CONTEÚDO. Integra três documentos relativos à concessão de títulos de ordens honoríficas de Espanha e da Noruega, um documento relativo à concessão do título de sócio honorário e corresponfdente de uma universidade colombiana, três documentos comprovando a pretença a associações e três documentos relativos à nomeação para o exercício de funções na administração pública nos Serviços Hidráulicos e Especiais, da Direcção Geral de Obras Públicas e Minas e na Biblioteca Nacional de Lisboa. Segue-se a lista dos documentos:     

PT-AFC/FJC/01/01 - 30 de Julho, de 1902, Diploma de Sócio Correspondente da Real Academia de Amadores de Música.  

PT-AFC/FJC/01/02 - 23 de Outubro, de 1903, Diploma de Cavaleiro de 1.ª Classe da Ordem de Santo Olavo, do Reino da Noruega e da Suécia.  

PT-AFC/FJC/01/03 - 6 de Fevereiro, de 1904, Diploma de concessão, pelo Rei Afonso XIII, da Ordem de Isabel a Católica, por Decreto de 1 de Fevereiro de 1904. 

PT-AFC/FJC/01/04 - 24 de Fevereiro de 1904, Diploma de provimento no Quadro de Escriturários com a categoria de Escriturário de 1.ª Classe, nos Serviços Hidráulicos e Especiais, da Direcção Geral de Obras Públicas e Minas. Passou-se por Portaria de 27 de Julho de 1900. Registado a fl. 68 v. do Livro 1.º de Provimentos. Bifólio (38x25,5) com selo de papel.    

PT-AFC/FJC/01/05 - 4 de Agosto de 1904, Carta de Nomeação para o lugar de Segundo Conservador da Biblioteca Nacional de Lisboa. Bifólio (49,4x29,8) com tarja de tecido com as cores nacionais e selo branco sobre papel.    

PT-AFC/FJC/01/06 - 7 de Setembro de 1905, Diploma de Sócio Honorário, n.º 1293, do Real Montepio Portuense, Wenceslau de Lima, Associação de Socorros Mútuos. 

PT-AFC/FJC/01/07. - 1 de Novembro de 1906, Diploma de Sócio Efectivo da Associação da Imprensa Portuguesa.  

PT-AFC/FJC/01/08. - 7 de Outubro de 1907, Diploma de nomeação, por Decreto de 2 de Outubro de 1907 do Rei D. Afonso XIII, de Comendador de número da Ordem Civil de Afonso XII  

PT-AFC/FJC/01/09. - 23 de Setembro de 1909, Diploma de Sócio Honorário e Correspondente da Universidade Espanhola e Americana de Santa Fé de Bogotá. 

PT-AFC/FJC/01/10. - 27 de Dezembro de 1914, Diploma de Funções Públicas de Primeiro Bibliotecário da Biblioteca Nacional de Lisboa, nomeado por Decreto de 8 de Junho de 1912.  

SÉRIE, 2. 

CÓDIGO DE REFERÊNCIA. - PT-AFC/FJC/02. NÍVEL. Série. TÍTULO. Correspondência recebida.

DATAS. 1900-1925. DIMENSÃO. 19 Documentos. SUPORTE. Papel.

ÂMBITO E CONTEÚDO. Compreende um conjunto de cartas remetidas a João Costa, tratando de questões profissionais como a publicação de artigos em publicações periódicas e obras colectivas, assim como apresntando felicitações pela nomeação para cargos dirigentes, a marcar encontros e com recordações dos tempos passados durante a Monarquia Constitucional. A lista dos documentos é a seguinte:    

PT-AFC/FJC/02/01 -  Carta do Conde de Arnoso, Cascais, 24 de Agosto 1900, Secretaria Particular de S. M. El Rei  D. Carlos I, sobre um artigo para a revista Brasil Portugal.  

PT-AFC/FJC/02/02 - 1 de Maio de 1909, Carta do Marquês de ValdeIglesias. Agradece as felicitações de João Costa pela Concessão da Comenda da Ordem de Santiago. 

PT-AFC/FJC/02/03 - 2 de Agosto de 1909, Carta de António da Silva Marinho remetendo uma carta de José Cervaens y Rodriguez 

PT-AFC/FJC/02/04 - 27 de Agosto de 1909, Carta do Conde de Arnoso datada do Real Palácio de Mafra, Secretaria Particular de S. M. El Rei D. Manuel. 

PT-AFC/FJC/02/05 - 16 de Novembro de 1909, Carta de Luciano Lallement felicitando João Costa por ter sido nomeado Administrador Geral da Imprensa Nacional.   

PT-AFC/FJC/02/06 - 18 de Agosto de 1911, Carta de Ramalho Ortigão em resposta a carta de João Costa em nome da Biblioteca Internacional de Obras Célebres, que lhe pedia uma contribuição sobre o estado da cultura portuguesa no início do século XX. Ver 2002PG012. 

PT-AFC/FJC/02/07 - 12 de Setembro de 1911, Carta de D. Augusto Eduardo Nunes, Arcebispo de Évora. Acusa a recepção de uma carta de João Costa de dia 9 e outra missiva anterior com cartão de recomendação de Gabriel Pereira e marca audiência em qualquer dia das 12 até às 15.   

PT-AFC/FJC/02/08 - 18 de Setembro de 1911, Carta de D. Augusto Eduardo Nunes, Arcebispo de Évora. Informa sobre a publicação de uma glosa do Dies Irae, e discute a extensão do artigo que lehe foi solicitado.  

PT-AFC/FJC/02/09 - 1 de Outubro de 1911, Carta de D. Augusto Eduardo Nunes, Arcebispo de Évora. Discute a extensão da sua contibuição, apresenta uma lista dos autores que devem ser incluidos na Antologia.  

PT-AFC/FJC/02/10 - 9 de Outubro de 1911, Carta de D. Augusto Eduardo Nunes, Arcebispo de Évora. Informa que concluiu o seu trabalho, e discute as formas de o enviar a os meios de pagamento. 

PT-AFC/FJC/02/11 - 12 de Outubro de 1911, Carta de D. Augusto Eduardo Nunes, Arcebispo de Évora. Acusa a recepção de uma carta de João Costa, remete o seu artigo junto e sugere vários trechos para serem incluídos na antologia. 

PT-AFC/FJC/02/12 - 15 de Novembro de 1911, Carta de D. Augusto Eduardo Nunes, Arcebispo de Évora. Agradece a remessa do cheque relativo ao pagamento do artigo.   

PT-AFC/FJC/02/13 - 28 de Novembro de 1912, Carta de D. Augusto Eduardo Nunes, Arcebispo de Évora. Acusa a recepção de uma separata do artigo que enviou para a Biblioteca Internacional de Obras Célebres e pergunta se a pode oferecer a pesoas amigas, antes da publicação do respectivo volume. 

PT-AFC/FJC/02/14 - 24 de Janeiro de 1914, Carta de Wenceslau de Sousa Pereira de Lima, datada de Vila Darling, Chemin des Lauriers, Pau. onde o remetente vivia exilado. Venceslau de Lima combina uma possível visita de João Costa, informa da falta de saúde dele e da sua mulher, lamenta o estado de saúde de Vilaça, que está em Portugal, mostra tristeza e desânimo pela situção em Portugal e relembra com saudade Hintze Ribeiro.    

PT-AFC/FJC/02/15 - 7 de Maio de 1924, Carta de Maximiano Pereira da Fonseca e Aragão, Presidente do Instituto Etnológico da Beira. 

PT-AFC/FJC/02/16 - 6 de Julho de 1924, Carta de Branca de Gonta Colaço. Agradece de forma efusiva o artigo que João Costa esceveu para o livro de homenagem ao pai da autora.  

PT-AFC/FJC/02/17 - 7 de Janeiro de 1925, Carta de Branca de Gonta Colaço. Pede a João Costa que recomende alguma pessoas de confiança para organizar e higienizar a biblioteca da Condessa de Sabugosa.   

PT-AFC/FJC/02/18 - 11 de Março de 1925, Carta de Branca de Gonta Colaço. Informa que o Conselheiro Luís de Magalhães irá a sua casa (Casa de... Estrada da Luz 26) ler versos da sua autoria, no próximo domingo e convida João Costa a estar presente.   

PT-AFC/FJC/02/19 - 18 de Março de 1925, Carta de Branca de Gonta Colaço. De volta de Santo Amaro pede a intercessão de João Costa junto do senhor Valdez, que tinha começado o trabalho na biblioteca da Condessa de Sabugosa, deixou de ir e ainda falta muito. Diz que se o motivo for o montante a pagar não haverá problema.     

Ref: 

Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, VII, 875-876.  

Alfredo Cunha - Jornalismo Nacional: das malogradas associações de Imprensa à alvitrada Ordem dos jornalistas portugueses, Conferência (1929-1942) Sindicato Nacional dos Jornalistas. Lisboa. 1941. 

Ana Isabel Pipa - Os protagonistas da historiografia e do património, Viseu, séculos XVII a XX. Câmara Municipal de Viseu. 2021.   

BIOGRAFIAS:

BERNARDO PINHEIRO CORREIA DE MELO, 1.º Conde de Arnoso, por Decreto de 28 de Setembro de 1895, (Guimarães, 1855 - Vila Nova de Famalicão, 1911) Oficial de engenharia do Exército, tendo atingido o posto de general de brigada, em Fevereiro de 1908, diplomata e escritor. Foi nomeado par-do-reino em 29 de Dezembro de 1900. Exerceu as funções de secretário da Embaixada Extraordinária à China, em 1887, de oficial-às ordens e secretáreio particular do rei D. Carlos I, que acompanhou em diversas visitas oficiais às ilhas adjacentes e ao estrangeiro assim como o Príncipe D. Luís Filipe, quando participou nas cerimónias de coroação de Eduardo VII. 

Como escritor foi amigo de Eça de Queiroz, pertenceu ao célebre grupo dos Vencidos da Vida, é autor de obras memorialísticas - Azulejos, 1886; contos em colaboração com o Conde de Sabugosa - De braço dado, 1894; do relato da participação na embaixada à China - Jornadas pelo mundo, 1895; de  peças de teatro - Suave milagre, 1901; A primeira nuvem, 1902; e de uma vasta colaboração publicada em diversas publicações periódicas da época, tais como: A Arte e a Natureza, Porto,1902-1908A imprensa (1885-1891), A semana de Lisboa (1893-1895) Brasil-Portugal; na revista Novidades inseriu notas da viagem a Pequim realizada em 1887, 

JOSÉ DUARTE RAMALHO ORTIGÃO (Porto, 1836 - Lisboa, 1915) escritor da Geração de 70, membro do grupo dos Vencidos da Vida, amigo de Eça de Queiroz, escreveu em parceria com ele o romance O Mistério da Estrada de Sintra e as célebres Farpas, que continuou depois a escrever sózinho. Monárquico, aquando da implnatção da República demitiu-se das suas funções públicas e exilou-se em Paris de 1910 a 1912. É autor de uma vasta obra constituída por descrições de viagens, biografia, crítica literária e uma vasta coloboração em grande número de publicações periódicas da época.     

D. AUGUSTO EDUARDO NUNES, (Portalegre, 1849 - 1920) Arcebispo titular de Perge, coadjutor de Évora, em 13 de Novembro de 1884, Arcebispo de Évora de 1890 a 1920. Juntamente com os restantes Bispos de Portugal protestou contra a Lei da Separação do Estado e das Igrejas, de 1911 e foi exilado para Elvas. Exerceu uma grande obra de reconstrução da Arquidiocese de Évora depois das perseguições republicanas. É um dos grande oradores sagrados da primeira metade do século XX em Portugal, tendo uma parte das suas homílias sido publicada em 4 volumes, pela Junta Distrital de Évora de 1963 a 1970. É autor também de tratados teológicos - Institutiones Theologiae Fundamentalis. Conimbricae, 1893 e 1897; poesias - Rosas misticas, 1908 e colaboração em diversos periódicos como na revista Lusitânia.     

WENCESLAU DE SOUSA PEREIRA DE LIMA (Porto, 1858 - Lisboa, 1919) geólogo, professor, investigador da paleontologia, viticultor e político português, que, entre outras funções, foi deputado, ministro e presidente do Conselho de Ministros.Entre 1882 e 1897 foi deputado em várias legislaturas, eleito por diferentes círculos eleitorais. Foi vogal do Conselho Superior de Instrução Pública (1884), Ministro dos Negócios Estrangeiros (1903-1904, 1906, 1908), presidente do Conselho de Ministros (1909), pasta que acumulou com a de Ministro do Reino. Presidiu à Câmara Municipal do Porto (1896-1898 e 1900), ao Governo Civil dos distritos de Vila Real (1884-1885), de Coimbra (1891-1892) e do Porto (1901-1903), foi Par do Reino (1894), Par Vitalício da Câmara dos Pares (1901) e membro do Conselho Real (1909).

Venceslau de Lima foi diretor da Escola Médico-cirúrgica do Porto e da Companhia Agrícola e Comercial dos Vinhos do Porto, S.A.R.L. entre 1887 e 1909, presidente da Comissão Anti Filoxérica do Norte, provedor da Santa Casa da Misericórdia do Porto e Vice-presidente da Comissão Executiva da Assistência Nacional aos Tuberculosos. Integrou a Comissão do Patronato Portuense e dirigiu diversas instituições de beneficência.

BRANCA EVA DE GONTA SYDER RIBEIRO COLAÇO (Lisboa, 1880 - 1945) escritora, poetisa, dramaturga, conferencista e recitalista, filha do poeta Tomás Ribeiro e da poetisa inglesa Ann Charlotte Syder. Casou com o ceramista Jorge Rey Colaço. Foi uma defensora da Monarquia, tendo publicado poemas por ocasião do atentado de Fevereiro de 1908 e em memória de D. Carlos e D. Luís Filipe. Ao mesmo tempo defendeu a emancipação da mulher tendo pertencido ao CNMP - Conselho Nacional das Mulheres Portuguesas, desde a sua fundação, em 1914, onde presidiu às secções da Paz (1928-1934) e de Arte (1936-1937).   

É autora de uma extensa obra: pelo menos quatro livros de poesia, peças de teatro, crónicas, conferências e um livro de memórias - Memórias da Linha de Cascais, 1943, com 2.ª edição em 1999. Deixou vasta colaboração dispersa por revistas e jornais da época e editou a Correspondência de seu pai com Camilo Castelo Branco, 1922; e as Memórias da Marquesa de Rio Maior, 1930.        

INSTITUIÇÕES:

JUNTA DO COMÉRCIO foi criada pelo Decreto de 30 de Setembro de 1755 e obteve a confirmação dos seus estatutos por Decreto de 16 de Dezembro de 1756. Pela Lei de 5 de Junho de 1788 foi elevada a tribunal supremo passando a designar-se por Real Junta do Comércio, Agricultura, Fábricas e Navegação e foi extinta pelo Decreto de 18 de Setembro de 1834. 
A Direcção da Junta era constituída por um provedor, um secretário, um procurador, seis deputados, um juiz conservador (por lhe ter sido concedida jurisdição privativa) e um procurador fiscal. Os deputados eram, obrigatoriamente, homens de negócio acreditados nas praças de Lisboa ou do Porto.
Tinha vastas atribuições: fiscalização do comércio de retalho na cidade de Lisboa, definição da política mercantil, tomada de medidas de prevenção, repressão e fiscalização de contrabandos, fiscalização da indústria a nível nacional, supervisão da Mesa do Bem Comum dos Mercadores, poder judicial nas causas de comércio, naturalização de estrangeiros, supervisão da Real Fábrica das Sedas, administração e inspecção dos faróis, tudo o que diz respeito à navegação e à Aula do Comércio, assim como uma função de carácter consultivo relativamente à agricultura e minas.

ORDEM MILITAR DE SANTIAGO chegou a Portugal, por volta de 1172/1173, onde recebeu a vila de Arruda, os castelos de Monsanto, Abrantes, seguindo-se a doação de Alcácer e Palmela. Desde 1551 o mestrado da ordem foi incorporado na Coroa Portuguesa

GUARDA NACIONAL, criada pelo Decreto de 22 de Março de 1823 e dissolvida pela Carta de Lei de 13 de Junho de 1823, foi novamente organizada por decreto de 29 de março de 1834. A nova organização da GN previa que seriam constituídas unidades de infantaria, cavalaria e artilharia. A infantaria seria constituída por batalhões, divisões de batalhão, companhias, secções e esquadras; cavalaria por esquadrões, companhias e secções e a artilharia, cujas unidades só seriam organizadas mais tarde, incluiria batalhões, companhias e divisões de companhia. Novamente, não existiria um comando unificado, ficando os batalhões e esquadrões dependentes das autoridades civis. Os oficiais e graduados continuavam a ser eletivos, com excepção dos comandantes de unidades independentes, que seriam escolhidos pelo Governo. Cada batalhão teria uma bandeira das cores azul e branca com a legenda 'Rainha e a Carta' e cada esquadrão teria um estandarte com as mesmas cores e legenda. Mais tarde, devido ao elevado número de unidades existente em Lisboa (mais de 20 batalhões) foi criado um Comando-Geral da Guarda Nacional de Lisboa, diretamente dependente da Secretaria de Estado dos Negócios do Reino. O novo regime liberal atribuiu uma importância tão elevada à GN, que a incumbiu — em detrimento do Exército — da guarda de edifícios públicos importantes como o Palácio Real, o Palácio das Cortes e o Banco de Lisboa (banco central). Na sequência da Revolução de Setembro e da restauração da Constituição de 1822, pela portaria de 14 de setembro de 1836, a legenda das bandeiras da GN foi alterada para 'Rainha, e Constituição de 23 de Setembro de 1822'. Ao contrário do seu objetivo principal, que era o de manutenção da ordem, a Guarda Nacional acabou por se tornar um foco de instabilidade durante a sua existência. Os seus batalhões, com os seus quadros eletivos, tornaram-se espécies de clubes políticos, frequentemente envolvidos em conspirações e golpes. Por esta razão, esta força foi tendo cada vez menos confiança por parte das autoridades, acabando por ser extinta em 1847.

ASSOCIAÇÃO DE JORNALISTAS E ESCRITORES PORTUGUESES Esta Associação, segundo Alfredo da Cunha, foi fundada a 10 de Junho de 1880, aquando das festas comemorativas do tricentenário da morte de Camões. Tinha como objectivos estabelecer uma biblioteca do jornalismo português, um cofre de coadjuvação editorial, um júri de honra para os conflitos de Imprensa e organizar cursos livres de ciências naturais e sociais. Os estatutos desta associação foram aprovados a 14 de Outubro de 1880 e neles se indicava que a colectividade tinha por fim “promover e defender os interesses legítimos, morais e materiais, das colectividades ou corporações formadas pelas classes que a constituem, e individualmente os interesses dos seus associados, em tudo ao que diga respeito ao exercício da sua profissão”.

O seu primeiro presidente foi, à época, o decano dos jornalistas portugueses, António Rodrigues Sampaio, redactor principal daquele que nessa altura era o jornal mais antigo do país, o Revolução de Setembro. Entre os fundadores estavam Teófilo Braga, Luciano Cordeiro, Ramalho Ortigão, Magalhães Lima, Manuel Pinheiro Chagas e Eduardo Coelho e a ela aderiram, posteriormente, grande parte dos mais conhecidos jornalistas lisbonenses, como Emídio Navarro, Mariano de Carvalho, Brito Aranha, Latino Coelho, Mendes Leal e outros. A Associação dos Jornalistas e Escritores Portugueses incluía entre os seus fins a «beneficência e socorro» aos mais necessitados. Apesar de uma tentativa de revitalização desencadeada por uma revisão estatutária, em Janeiro de 1885, acabou por desaparecer com poucos projectos realizados e sem conseguir cativar jornalistas de fora de Lisboa.

IRMANDADE DO SANTÍSSIMO SACRAMENTO DA IGREJA DE SÃO NICOLAU. Fundada em data muito antiga anterior a 1565 continua hoje a promover e intensificar o culto ao Santíssimo Sacramento e a Nossa Senhora da Caridade, a fomentar a vocação cristã dos seus membros, a colaborar em acções pastorais da Paróquia e a empreender obras de caridade. Em 1857, por alvará régio de 30 de março, uniu-se com a Irmandade de Nossa Senhora da Caridade.   

ASSOCIAZIONE DE SALVATORI PER UMANI SOCORSI ED OPERE BENEFICHE. Comitato Centrale. Napoli. Fundada em 1870? por Domenico Jaccarino (1840 - 1894), jornalista, escritor e poeta napolitano, que participou na Expedição de Garibaldi e traduziu em língua napolitana o Inferno de Dante - Lo' Nfierno, publicado em 1870.  

CONSERVATÓRIO REAL DE LISBOA. Estabelecimento público de ensino, criado em Lisboa, em 1836, por Decreto de D. Maria II de 17 de Novembro desse ano, por iniciativa de Alameida Garret e incorporando a Escola de Música fundada por Domingos Bontempo, em 1835. Depois da implantação da República passou a ser designado por Conservatório Nacional. Desde 1983, deu origem a diversas escolas artísticas autónomas. Nele estudaram os mais importantes compositores, intérpretes, actores, e bailarinos portugueses.     

REAL ACADEMIA DE AMADORES DE MÚSICA. Foi fundada Lisboa no ano de 1884, por um grupo de melómanos liderado por João Gregório Korth. No mesmo ano o rei D. Luís I atribuí-lhe o título de Real Academia. Criada com o intuito de desenvolver a cultura musical em Portugal, promoveu desde o inicio a organização de palestras, conferências, concertos no âmbito de um alargado programa de educação artística. Para tal, foi criada uma orquestra, orfeão e uma fanfarra que se mantiveram no activo até à década de vinte, altura em que a Academia passou por dificuldades económicas que conseguiu ultrapassar graças à acção do republicano Alexandre Ferreira e do marquês de Borba. Em 1941, Fernando Lopes-Graça assumiu o posto de director artístico adjunto e dinamizou em conjunto com o maestro João José Cochofel e a pianista Maria da Graça Amado da Cunha, uma série de actividades que definiram a imagem da instituição. Entre elas, a criação do Coro da Academia de Amadores de Música que após a sua morte, em 1994, recebeu o seu nome. Em 2022, o seu acervo foi doado à Biblioteca Nacional de Portugal. 

ORDEM DE SANTO OLAVO. A Real Ordem Norueguesa de Santo Olavo (em norueguês: Den Kongelige Norske St. Olavs Orden) é a mais alta ordem de cavalaria da Noruega, estabelecida por Óscar I em 21 de agosto de 1847. Foi assim designada em homenagem a Olavo II, que passou à posteridade como Santo Olavo. Durante mais de 80 anos, permaneceu como única condecoração real no país após a dissolução da Ordem do Leão da Noruega, que estava vinculada à união com a Suécia. A Ordem de Santo Olavo é dedicada aos indivíduos de grandes feitos em favor da Noruega e/ou da humanidade em geral. Desde 1985, é conferida a cidadãos noruegueses, bem como a chefes de Estados estrangeiros em sinal de amizade para com o povo norueguês. Em sua maioria, os estrangeiros agraciados com esta ordem têm sido os membros de demais realezas. Os agraciados são selecionados pelo Rei, o grão-mestre, com a aprovação de um conselho.

ORDEM DE ISABEL A CATÓLICA. Foi estabelecida em 14 de Março de 1815 por Fernando VII, em homenagem a Isabel de Castela, como Real y Americana Orden de Isabel la Católica. O intuito da criação da ordem foi galardoar os atos de lealdade à Coroa e os 'atos excepcionais' em favor do Império Colonial nas Américas. Em 1847, com a diminuição significativa das colónias espanholas, a Ordem foi reorganizada mediante Real Decreto de 26 de Julho de 1847 e recebeu a sua denominação e o seu regimento, que se conservam até aos dias de hoje.

DIRECÇÃO GERAL DE OBRAS PÚBLICAS E MINAS. Por Decreto de 30 de Agosto de 1852, a Direcção das Obras Públicas e Minas era constituída por duas Repartições: Central e Técnica. A Repartição Central compunha-se de duas secções: à 1ª Secção competia a elaboração de cartas de lei, decretos e regulamentos, certidões e contratos, nomeações e demissões, licenças, recompensas e reformas; a 2ª Secção procedia à abertura de correspondência e sua distribuição pelas Repartições a que pertenciam, conflitos, medidas de ordem e disciplina e ordens gerais. A Repartição Técnica era composta por 5 secções: a 1ª Secção ocupava-se das estradas, pontes e caminhos de ferro; a 2ª Secção tinha a seu cargo os rios, canais e portos, dessecamento de pântanos, irrigações, trabalhos geodésicos e faróis; a 3ª Secção tinha atribuições relativas aos monumentos históricos, edifícios públicos, obras de aformoseamento e recreio público; a 4ª Secção tratava das minas, pedreiras e trabalhos geológicos e a 5ª Secção era encarregada do arquivo geral e do depósito de cartas, plantas, memórias, modelos e instrumentos. Segundo a Carta de Lei de 6 de Junho de 1859 a Direcção de Obras Públicas e Minas compreendia duas Repartições: Repartição de Obras Públicas e Repartição de Minas, Geologia e Máquinas a Vapor. A Repartição de Obras Públicas estava dividida em 4 secções e a Repartição de Minas, Geologia e Máquinas a Vapor em duas secções. O Decreto de 31 de Dezembro de 1868 manteve as duas Repartições na Direcção Geral de Obras Públicas e Minas, alterando apenas o nome da segunda, que passou a ser designada por Repartição de Minas. As duas Repartições continuaram a ser constituídas por 4 e duas secções, respectivamente, tal como na Carta de Lei de 6 de Junho de 1859. Com o Decreto de 28 de Julho de 1886 a Direcção das Obras Públicas e Minas ficou dividida em três Repartições: Estradas, Obras Hidráulicas e Edifícios Públicos, Caminhos de Ferro e Minas.

BIBLIOTECA NACIONAL DE LISBOA. Fundada por Alvará régio de 29 de fevereiro de 1796, da Rainha D. Maria I, com o nome Real Biblioteca Pública da Corte, passou a ser designada por Biblioteca Nacional de Lisboa a partir de 1834 e depois de outras alterações por Biblioteca Nacional de Portugal desde 2006 (Decreto-Lei n.º 215/2006, de 27 de outubro). Tem por missão proceder à recolha, tratamento e conservação do património documental português, em língua portuguesa e sobre Portugal, nos vários tipos de suporte em que este se apresente, bem como assegurar o seu estudo, divulgação e as condições para a sua fruição e garantir a classificação e inventariação do património bibliográfico nacional.

REAL MONTEPIO PORTUENSE, WENCESLAU DE LIMA. Associação de socorros mútuos, com os estatutos aprovados por Alvará régio de 23 de Janeiro de 1905. 

ASSOCIAÇÃO DA IMPRENSA PORTUGUESA. Esta Associação, segundo Alfredo da Cunha, foi fundada em 1897, por iniciativa dos Jornalistas Alberto Bessa, José de Lemos, Vieira Correia e Ludgero Viana. Tinha um carácter “mais democrático” (p. 25), ou seja, menos elitista, dando acesso à condição de sócio aos informadores e repórteres (duas das categorias profissionais dos jornalistas de então) e tendo uma quota mensal cujo valor era metade do praticado pela Associação de Jornalistas. A Associação da Imprensa Portuguesa e a Associação de Jornalistas de Lisboa acabaram por se tornar rivais: “”os seus membros (…) cada vez mais seguiam direcções diversas e concorriam para formar na imprensa de Lisboa duas correntes, se não contrárias, pelo menos separadas e enfraquecedoras daquela almejada união que a todos daria prestígio e força”. Na avaliação de Alfredo da Cunha, a Associação da Imprensa Portuguesa distinguiu-se no socorro mútuo, na luta pela liberdade de imprensa e mesmo através da realização de eventos, como uma exposição de imprensa.

ORDEM CIVIL DE AFONSO XII. Ordem honorífica espanhola, estabelecida por Real Decreto de 23 de Maio de 1902, com a finalidade de premiar os méritos na docência e na investigação científica e ainda a acção nos campos da educação, ciência e cultura.

INSTITUTO ETNOLÓGICO DA BEIRA. Fundado em 27 de Janeiro de 1921, foi oficialmente reconhecido pelo Ministério da Instrução em 17 de junho desse ano. Os seu presidente e cofundador foi Maximiano Pereira da Fonseca e Aragão. Entre os sócios fundadores constam os nomes do Padre Marques de Castilho, Teófilo Braga, Leite de Vasconcelos, Cândido de Figueiredo, Fortunato d’Almeida, Aristides Girão, José Coelho, Almeida Moreira, Almeida e Silva e outros. Foram realizadas comunicações sobre antropologia, história e história local. O Instituto estava subordinado à Academia das Ciências de Portugal, que aprovou os seus estatutos e tinha de ser presidido por um sócio da mesma Academia. José Coelho elaborou o Plano Geral de Trabalhos, que contemplava: o estudo metódico dos pergaminhos do Arquivo do Cabido da Sé; a criação de um Arquivo Distrital de Viseu e de uma Biblioteca Erudita; a intensificação dos estudos etnológicos regionais e consequente criação de um Museu Etnológico da Beira e um vasto programa de conservação e estudo do património arqueológico e histórico do distrito de Viseu. O Instituto cessou os seus trabalhos com o falecimento, em 1929, do seu presidente Maximiano de Aragão.  


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Referência: 2407PG001
Local: Gravureiro Gav. 6-01


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