RUGENDAS. (Johann Moritz) HABITANTE DE GOYAS, QUADRO A ÓLEO PINTADO SOBRE MADEIRA.

     
 
 

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PINTO RIBEIRO. (João) DESENGANO AO PARECER ENGANOSO, QUE SE DEU A EL-REY DE CASTELLA D. PHELIPPE IV. CONTRA PORTUGAL. [EDIÇÃO 1730]

Offerece o Joaõ Pinto Ribeyro. [Publicado em: OBRAS VARIAS, Compostas Pelo Doutor JOAÕ PINTO RIBEYRO, do Conselho de Sua Magestade, e Dezembargador do Paço. PARTE SEGUNDA. Contem Os Tratados Da Uzurpaçam Retencam e Restauração De Portugal; das Injustas sucessoens dos Reys de Leão & Castella, & Izenção de Portugal: a reposta sobre o elogio de D. João de Castro, escritto pelo Doutor Simaõ Torrezaõ Coelho, Collegial do Collegio mayor de S. Pedro, Lente de Canones na Universidade, & Deputado da Meza da Consciencia, & Ordens: demonstraçaõ sobre a Preferencia das Letras às Armas: de que a acçaõ de acclamar ElRey D. João o IV. foy mais glorioza, que a dos que o seguiraõ acclamado: carta sobre os Titulos da Nobreza de Portugal, & seus Privilegios: Relaçaõ feyta ao Pontifice sobre a confirmaçaõ dos Bispos de Portugal: & o Dezengano do parecer emganozo, que se deu a ElRey de Castella D. Phelippe IV. contra Portugal. Dedicada ao Excellentisssimo Senhor D. FRANCISCO XAVIER MENEZES, Conde da Ericeyra, do Conselho de S. Magestade, Sargento Mór de Batalha, Deputado da Junta dos tres Estâdos, &. EM COIMBRA. Na Officina de JOSEPH ANTUNES DA SYLVA. Impressor da Universidade, & Familiar so S. Officio. M. DCCXXX. [1730]. Com toda as licenças necessarias, & à sua custa.]

De 29,5x21,5 cm. Com 44 págs. Encadernação da época com lombada e cantos em pele e folhas de guarda novas.

Texto em português com citações em latim. Impresso em caractéres redondos e alguns itálicos, nomeadamente nas citações, ornamentado com um cabeção formado por motivos tipográficos e uma inicial decorada com motivos florais na primeira página. Inclui ainda um grande florão de remate que ocupa quase metade da última página.

Exemplar com desgaste nas pastas da encadernação e finos picos de traça até à página 14. Com extensas anotações em letra coeva, nas margens das páginas 6, 12 e 28. 

Esta reedição foi publicada como parte das «Obras Várias compostas pelo doutor João Pinto Ribeiro, etc. Parte segunda», Coimbra, 1730. Edição muito rara, a Biblioteca Nacional não regista exemplares. Apenas a Biblioteca Pública Arquivo Regional de Ponta Delgada cataloga esta obra como livro separado da coletânea, com 3 exemplares.

Foi publicada pela primeira vez por Paulo Craesbeeck em 1645, Lisboa, no formato in 4.º, com [iv], 148 págs. Além da diferença no arranjo gráfico e formato da obra, que nesta edição é in fólio, o título distingue-se do da presente edição tanto pela grafia do nome Filipe como na forma de usar os numerais romanos, constando dessa outra: «Dom Felippe IIII» ao invés de «D. Phelippe IV».

Esta obra é um panfleto patriótico que visa defender a legitimidade da separação portuguesa no contexto da Guerra da Restauração. A obra é um exemplo claro da retórica política utilizada durante este período crucial da história portuguesa, em que o país lutava pela sua independência após 60 anos sob o domínio da União Ibérica.

Ribeiro critica o parecer de um ministro espanhol que aconselhara Filipe IV sobre como proceder em relação a Portugal, num tom assertivo e focado em desmontar as razões apresentadas pelo governo espanhol para justificar a continuidade do domínio sobre Portugal. A publicação deste trabalho em 1645, cinco anos após a Restauração de 1640, reflete o clima de tensão ainda presente entre os dois reinos e a necessidade de reforçar a posição política e moral de Portugal no cenário internacional.

O Desengano pode ser entendido como uma peça de propaganda política e uma resposta às campanhas espanholas para reconquistar Portugal.

João Pinto Ribeiro (Lisboa, c. 1590 – Lisboa, 1649), oriundo de uma família da região de Amarante, formou-se em Direito Canónico pela Universidade de Coimbra, onde suprimiu o apelido «Ribeiro» durante os seus estudos. Foi nomeado Juiz de Fora em Pinhel e Ponte de Lima. Em 1635 foi enviado a Roma, incumbido de tratar dos negócios particulares da casa de Bragança, relativamente aos seus padroados para a sub-divisão das respectivas rendas, em várias comendas. Em 1639, foi admitido na Ordem de Cristo e nomeado cavaleiro, recebendo a comenda de Santa Maria de Guimulde.

Pinto Ribeiro desempenhou um papel crucial na Revolução de 1 de Dezembro de 1640, como um dos principais intermediários entre os conspiradores e o duque de Bragança, futuro D. João IV. Destacou-se por ter mantido o duque na resolução de aceitar a coroa que lhe ofereciam, vencendo as suas hesitações. Após a restauração, recebeu diversas nomeações importantes, como Desembargador do Paço, Contador-mor da Fazenda e Guarda-mor da Torre do Tombo. Faleceu em Lisboa em 1649, sendo lembrado como patriota e intelectual de grande engenho.

Escreveu várias obras jurídicas e políticas, incluindo «Discurso sobre os fidalgos e soldados portugueses não militarem em conquistas alheias» (1632); «A Usurpação, retenção e restauração de Portugal» (1642), «Preferência das letras às armas» (1645) e «A acção de aclamar el-rei D. João IV» (1644).

Refs.:

Inocêncio IV, 22-24, n.º 1213 e 1220; X, 333-336.

Portugal - Dicionário Histórico, Corográfico, Heráldico, Biográfico, Bibliográfico, Numismático e Artístico, Volume VI, pp. 265-266 [em linha]


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Referência: 2407SB001
Local: SACO SB230-11


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