Director: Cónego Dr. Avelino Gonçalves. Secretário da Redacção: Dr. Manuel António Valente Pombo. Editor Monsenhor António José Moita. Redacção: Campo dos Mártires da Pátria, 43. Administração: R. Capelo, 5, 2.º Esq. Lisboa. 1937 a 1951.   

15 Volumes de 24,5x18,7 cm. Com [iv], 920; 772; 736, [iv]; 748; 752; 736; 764; 748; 784; 736, [vi]; 752; 760; 735, [i]; 751, [i]; 703, [i] págs. Encadernações do editor, em percalina azul com gravações douradas, nas lombadas e nas pastas anteriores.

Ilustrado com dois mapas desdobráveis das Visitas Pastorais, no Patriarcado de Lisboa, em extratexto, no terceiro volume e no quarto volume. Ilustrado no texto com mapas comparativos da receita dos Indultos Pontifícios nos arciprestados da Diocese de Portalegre, e da Diocese de Bragança e Miranda, nos anos de 1936 e 1937, no primeiro volume e no mesmo volume com tabelas e reproduções de modelos de documentos administrativos.  

Muito importante para o estudo da imprensa católica, das posições da Igreja sobre questões políticas e sociais durante o Estado Novo, da recepção, em Portugal, dos documentos do magistério da Igreja, da autoria dos Papas e das congregações da Cúria Romana, assim como das posições da Igreja sobre as obras literárias do século XIX e XX, sobre questões de moral e de liturgia.     

A revista era composta e impressa na Tipografia da União Gráfica, em Lisboa e foi criada pelo episcopado português para aumentar a cultura e o acesso aos documentos mais recentes da Igreja, pelo clero e também pelos leigos. Veio substituir os órgãos de comunicação escrita de cada uma das dioceses, situação que tinha vantagens e desvantagens. As primeiras foram a possibilidade de alcançar um público mais vasto e publicar as determinações e cartas pastorais dos bispos das dioceses mais pequenas e mais pobres, que tinham dificuldade em manter publicações. Por outro lado, diminuiu a diversidade e não conseguiu substituir a elevada qualidade das publicações periódicas das dioceses mais ricas e de maiores dimensões como Lisboa, Porto ou Braga.

Depois do Concílio Vaticano II, voltaram a ser publicadas revistas de cada uma das dioceses, mas a Lumen continuou a ser publicada até ao século XX, situação que reflete o enriquecimento e alargamento da Imprensa Católica.  

O primeiro número apresenta a estrutura que se irá manter nos seguintes: Actos do Papa, incluindo Encíclicas, Mensagens radiofónicas, cartas e decretos; Actos das Sagradas Congregações, compreendendo decretos, respostas a dúvidas, instruções e declarações. Seguem-se os Actos Episcopais de cada uma das dioceses de Portugal, o Homiliário Litúrgico da autoria de Monsenhor Pereira dos Reis; Respostas a consultas sobre moral, direito canónico, direito civil, direito comercial; secções sobre Teologia, Sagrada Escritura, Direito Canónico, História, Cultura Social, Cultura Literária; uma apresentação da LSS - Liga da Santidade Sacerdotal, por J. Ferreira Fontes; sobre as actividades do Apostolado da Oração, da Acção Católica e a Bibliografia. 

Outros números contêm secções sobre liturgia, apologética, sobre a Acção Católica, sobre o que se pensa e se escreve, classificação moral dos livros, crónicas de Portugal, da Cidade do Vaticano, de vários países, como Espanha, França, Alemanha e Áustria, Bélgica. Inclui o articulado da Concordata e do Acordo Missionário no quarto volume, páginas 321 a 347.   

Inclui estudos e artigos sobre a relação entre a Fé e a Ciência, sobre questões de filosofia e teologia atinentes à vivência da Fé, como, por exemplo: a necessidade da Incarnação e da Redenção em Luís de Molina, de José de Medeiros, no quarto volume. 

Apresenta também obituários de Padres, a aprovação de uma Caixa de Previdência do Clero Português, com o respectivo regulamento, e tabelas dos subsídios e pensões, no quarto volume, página 237 a 248 e artigos sobre padres como o artigo de Denis da Luz sobre o Padre Sena Freitas.