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RUGENDAS. (Johann Moritz) HABITANTE DE GOYAS, QUADRO A ÓLEO PINTADO SOBRE MADEIRA. |
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Clique nas imagens para aumentar. CANTOS. (Paulo José de) PORTUGAL.O que todo o português deve conhecer. Com modelos a reproduzir por si, para si e para os outros. Livraria Povoense. Póvoa de Varzim. 1938. De 17,5x12 cm. Com 138 págs. Brochado, por aparar. Ilustrado com coloridos símbolos, figuras, mapas, partituras musicais e iniciais decoradas, num interessantíssimo e cuidado trabalho gráfico, muito modernista. Inclui dois extratextos colados sobre folhas de papel castanho reciclado. Exemplar muito bem estimado, com etiqueta da Livraria Santo António, Lisboa na folha de anterrosto; e carimbo da Brotéria e ex-libris oleográfico na folha de rosto. Muitas das páginas não se encontram numeradas, mas constam da paginação, como se confirma pelo índice, sendo a última página numerada a 85. Muito raro. A Biblioteca Nacional apenas tem um exemplar. Atlas de bolso sobre Portugal continental e províncias ultramarinas. Inclui antologia de citações, recolha de música e ditos populares de tradição oral das várias regiões. É um exemplo paradigmático da estética de Paulo de Cantos, muito importante para o estudo da tipografia modernista portuguesa. A obra divide-se em três partes: a primeira, que ocupa a maior parte da obra, aborda a geografia e etnografia de todas as províncias de Portugal Continental; a segunda faz uma contextualização do país na Europa; e a última apresenta uma descrição de «Portugal Além-Mar», apresentando as ilhas e as ilhas e colónias portuguesas, como a Madeira, os Açores, Cabo Verde, Angola, Moçambique, São Tomé e Príncipe, e os territórios ultramarinos na Índia, Macau e Timor. Paulo de Cantos aplica o seu estilo gráfico característico, integrando simbolismo, formas geométricas e elementos iconográficos muito próprios, para transmitir uma visão lúdica e enciclopédica do país. É uma peça visualmente inovadora e complexa que inclui bandeiras, símbolos militares, mapas, vistas de edifícios e trajes típicos, que criam ricas representações visuais sobre a geografia e os aspetos culturais das diferentes regiões. Esta detalhada narrativa visual faz parte do método pedagógico de Cantos, que visava transformar o texto e os símbolos visuais em ferramentas cognitivas que iam além do que era comum nos manuais da época, criando um sistema de aprendizagem visual que, de certa forma, antecipa as abordagens modernas à «infografia». Paulo José de Cantos (Lisboa, 1892 – Lisboa, 1979) foi editor, bibliófilo, pedagogo e tipógrafo amador com um lugar particular na modernidade artística em Portugal, tendo escrito, desenhado e editado freneticamente, entre 1920 e 1960, cerca de 70 títulos, entre livros, manuais didáticos e opúsculos. Foi professor de liceu e autor de uma vasta obra editorial onde construiu um estilo explosivo e experimental. Os seus livros, embora em grande parte destinados a fins educacionais, transcendem a função de simples manuais escolares. A sua abordagem ao design gráfico combinava texto e imagem de forma inovadora, com ilustrações diagramáticas que não eram comuns nos materiais didáticos da época. O reconhecimento da obra de Paulo de Cantos tem vindo a crescer significativamente desde a década de 1990, com a redescoberta do seu trabalho por designers, bibliófilos e académicos. O interesse pela sua produção tem sido impulsionado por exposições e estudos que destacam a sua inovação gráfica e pedagógica. Desde 2012, o atelier de design Barbara Says tem desempenhado um papel crucial na investigação e divulgação da sua obra, organizando iniciativas como as «Jornadas Cantianas» (2011-2013), que culminaram na publicação de «Livr-o-mem»; e um arquivo online que reúne o acervo da coleção de Paulo de Cantos. Outros marcos do reconhecimento de Cantos são uma exposição no Museu Gulbenkian em Paris em 2017 e a recente análise da sua obra na monografia «A Cantos Compendium: A Designer of Pedagogical Theories», confirmando-o como uma figura pioneira no design gráfico e na pedagogia visual. Ref.: Gomes, António Manuel Sucena Silveira. Ver e Ler - Paulo Cantos: Um Projeto Bio-Bibliográfico. Doutoramento em Arte Contemporânea, Colégio das Artes da Universidade de Coimbra, 2016. Pelayo, Raquel. Paulo de Cantos: Máquina de Ensinar Pelo Desenho. Repositório Universidade do Porto. 2014. Martins, Raquel. Paulo de Cantos: um editor à frente do seu tempo. Público. Lisboa. 2013. [em linha] Barbosa, Jorge. Paulo José de Cantos [13 de Março de 1892 - 9 De Abril De 1979] Uma Personalidade Erudita e Singular. Biblioteca Municipal Rocha Peixoto. Póvoa de Varzim. 2013. Arquivo Online Cantosverso. Referência: 2410SB007
Local: M-17-D-36 Caixa de sugestões A sua opinião é importante para nós. Se encontrou um preço incorrecto, um erro ou um problema técnico nesta página, por favor avise-nos. ![]() |
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