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RUGENDAS. (Johann Moritz) HABITANTE DE GOYAS, QUADRO A ÓLEO PINTADO SOBRE MADEIRA. |
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Clique nas imagens para aumentar. CARDOSO PIRES. (José) DINOSSAURO EXCELENTISSIMO. [1.ª EDIÇÃO - TIRAGEM ESPECIAL]Ilustrado por João Abel Manta. Editora Arcádia. Lisboa. 1972. De 25x17,5 cm. Com 93, [ii] págs. Encadernação do editor com pastas em cartão a imitar pele castanha, com gravações a ouro na lombada e na pasta anterior, e folhas de guarda decorativas em papel de fantasia cinzento. Protegida por uma sobrecapa de acetato. Profusamente ilustrado com interessantes desenhos de João Abel Manta, que misturam fotografia e pintura, através de colagens. Exemplar n.º 79 de uma tiragem especial de 120 em papel offset CSB, cor de laranja, numerados à mão e assinados pelo autor e pelo ilustrador em face da folha de rosto. Primeira edição muito rara. «Dinossauro Excelentíssimo» é uma sátira mordaz de José Cardoso Pires, que utiliza uma fábula para ilustrar o regime autoritário de Salazar e o Estado Novo em Portugal. Com ironia e amargura, Cardoso Pires retrata Salazar como um «imperador astuto, diabo e ladrão», num «Reino do Mexilhão» onde o povo, os «mexilhões», vive sob a opressão e manipulação dos poderosos. A narrativa aborda a ascensão e queda do «Dinossauro», refletindo sobre os métodos de governo autoritários e a ilusão de poder após o acidente que incapacitou Salazar. A obra ganhou relevância nacional quando um deputado pró-regime a usou como exemplo da liberdade de expressão em Portugal, blindando-a contra a censura. José Cardoso Pires (Vila de Rei, 1925 - Lisboa, 1998) foi um dos mais importantes escritores portugueses do século XX. Natural de São João do Peso, mudou-se para Lisboa, onde abandonou a carreira na Marinha Mercante e dedicou-se ao jornalismo e à literatura. Cardoso Pires construiu uma obra marcada pela crítica ao regime autoritário português, mantendo uma posição de resistência que o alinhou temporariamente com o movimento neorrealista. A sua trajetória literária, no entanto, não seguiu um caminho linear ou associado a um único género. Nos seus dezoito livros, publicados ao longo de cinquenta anos, cada obra abriu um novo ciclo de criação, sem repetir fórmulas, mas mantendo sempre o compromisso de traduzir a realidade portuguesa com uma abordagem inovadora e satírica, como se vê em «O Delfim» (1968) e «Dinossauro Excelentíssimo» (1972). A sua escrita é também influenciada por correntes literárias europeias e americanas, como o estilo documental de Hemingway e a fragmentação narrativa característica das vanguardas dos anos 60. Além de romancista, Cardoso Pires foi cronista e editor, recebendo vários prémios e homenagens, como a Grã-Cruz da Ordem do Mérito, o Prémio de Crónica do PEN Clube e o Prémio Dom Dinis. Destacou-se como um dos mais influentes cartoonistas e ilustradores portugueses, especialmente nas décadas de 1960 e 1970, com publicações em jornais como «Diário de Lisboa», «O Século Ilustrado», «Seara Nova» e «Diário de Notícias». Os álbuns «Cartoons, 1969-1975» (1975) e «Caricaturas Portuguesas dos Anos de Salazar» (1978) tornaram-se marcos na história da caricatura política portuguesa. Manta é também conhecido pelos projetos de arquitectura pública em Lisboa e por murais e painéis cerâmicos, com contribuições para locais icónicos como a Fundação Calouste Gulbenkian. Referência: 2410SB009
Local: M-9-D-43 Indisponível Caixa de sugestões A sua opinião é importante para nós. Se encontrou um preço incorrecto, um erro ou um problema técnico nesta página, por favor avise-nos. ![]() |
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