Ilustrações de Eduardo Malta. Livraria Clássica Editora. MCMXXXI [1931].

De 26x19,5 cm. Com 61, [ii] págs. Encadernação do editor realizada por Paulino encadernador na R. da Trindade em Lisboa, em tela castanha com gravações a ouro, inclui fita em tira de cetim. Ilustrado no texto com desenhos a preto e branco de Eduardo Malta. Ornamentado com iniciais decorativas. 

Exemplar com desgaste e falhas de tela, rasura e dedicatória de oferta do Padre José Roque a Joseph Eduardo de Pisam Brunay na folha de guarda anterior. 

Muito rara, 1.ª edição. Não existe exemplar catalogado na Porbase. Contém texto introdutório do Doutor Cónego Martins Pontes, e uma introdução do autor. 

Obra notável da literatura infantojuvenil, com linguagem acessível e as ilustrações contribuem para tornar a história evolvente e educativa, e adaptada para as crianças. Oferece uma narrativa poética da vida de Jesus, em quinze capítulos, desde o nascimento à ressurreição. 

Augusto Santa-Rita (Lisboa, 1888- Lisboa, 1956), foi escritor português, filho do poeta Guilherme Augusto de Santa Rita e irmão de Guilherme Augusto Cau da Costa de Santa Rita mais conhecido pelo seu nome artístico Santa-Rita Pintor. Teve os seus primeiros passos literários dados na senda do pós-simbolismo, da geração do Orpheu. sublinhou Óscar Lopes que a obra poética de Agusto de Santa-Rita evoluiu para «uma sentimentalidade saudosista, uma religiosidade vulgar e formular, um pitoresco muito previsível e enumerativo, um nacionalismo de propaganda». 

As suas primeiras obras foram: Árias Rezas - Canções e Cantares, I série, 1912, II série, 1916; Praias do Mistério, poemas, 1916, Teatro Lírico e A Rosa de Papel, poema dramático, 1917. Destacou-se pela poesia e teatro, onde inclui literatura infantil. Autor de várias obras, entre elas: O Mundo dos Meus Bonitos, 1920; Pá-Tá-Pá, 1928; De Marçano a Milionário, 1930; A Bomba Mágica, 1932; A Princesa Estrelinha, 1951; Lobos no Povoado, 1916; O Zagalote, 1950; O Poema de Fátima, 1929; Poema de Lisboa, 1957; entre outras. Dirigiu, a partir de 1926, sob o pseudónimo Pápim, e com o desenhador Eduardo Malta (Pápusse), o suplemento infantil Pim-Pam-Pum!, no jornal O Século.