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RUGENDAS. (Johann Moritz) HABITANTE DE GOYAS, QUADRO A ÓLEO PINTADO SOBRE MADEIRA. |
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Clique nas imagens para aumentar. MEMORIAS DE LITTERATURA PORTUGUEZA, PUBLICADAS PELA ACADEMIA REAL DAS SCIENCIAS DE LISBOA. [8 VOLUMES]Tomo I [a Tomo VIII]. Lisboa. Na Officina da mesma academia. Anno M. DCC. XCII. – M. DCC. XII. [1792 – 1812]. 8 Volumes de 21,5x16 cm. Com [viii], 433, [iii]; 414, [iv]; [iv], 471, [i]; 467, [v]; [iv], 428, [vi]; 437, [vii]; 377, [vii]; 229, [iii] págs. Encadernações da época com lombadas em pele, com ferros a ouro. Ilustrado com ocasionais tabelas no texto, incluindo uma desdobrável no primeiro volume. Símbolo da academia xilogravado nos rostos. Exemplar com falta da folha de rosto e anterrosto do oitavo volume. Última página em branco. Primeira edição muito rara e quase completa das Memórias de Literatura Portuguesa publicadas pela Academia Real das Ciências entre 1792 e 1812. O oitavo volume teve uma segunda parte publicada em 1814, com as memórias V a IX, com paginação seguida ate à 401. Foi publicada uma segunda edição que surgiu em meados do século XIX, que juntou as duas partes do oitavo volume num só. Em 2017 foi publicado um estudo sobre a obra, da autoria de Eurico José Gomes Dias, pela Universidade de Coimbra. Contribuição inestimável para a historiografia e a crítica literária em Portugal, proporcionando um registo sistemático e abrangente da língua, cultura e história nacionais. A coleção reúne 50 memórias que ajudaram a consolidar o conhecimento literário e científico do país, alinhando-o com os ideais iluministas de progresso e utilidade pública. Segundo Inocêncio «constitui, por si só, um dos mais importantes e valiosos subsídios para os estudos do filólogo português». Folhas preliminares do primeiro volume com introdução e dedicatória. Alguns volumes incluem as folhas de rosto e anterrosto na paginação, nomeadamente o segundo, o quarto, e os sexto a oitavo. As últimas páginas não numeradas apresentam índice e catálogo de obras da Academia. SOBRE A OBRA Segundo o plano inicial adotado pela Academia, ao decidir publicar as suas Memórias em quatro classes separadas — Ciências Naturais e Exatas, Economia e Indústria, Agricultura e Literatura Portuguesa — consideraram-se pertencentes a esta última classe os escritos cujo tema fosse «a língua e a história portuguesas, consideradas em todos os possíveis aspetos e relações», intenção essa que é confirmada na advertência preliminar do primeiro volume. É portanto apenas natural que a colecção percorra uma vasta gama de temas, que vão desde a poesia bucólica até aos manuscritos e códices de Alcobaça, passando por análises sobre fenómenos naturais e medicinais e origens de cargos judiciais em Portugal. Este projeto editorial visava estruturar um saber orientado para a preservação da história e da literatura nacionais, contextualizando a evolução cultural de Portugal num período de transformação política e social, marcado pelo crescimento do liberalismo. Com estas publicações, pretendia-se alinhar o país com o espírito iluminista, promovendo os ideais de progresso e racionalidade que caracterizavam a época. Como tal os temas variavam ainda para além da literatura e da história, abrangendo tópicos técnicos e científicos que também tinham impacto na sociedade portuguesa da época. A coleção foi organizada e sustentada por intelectuais de renome que contribuíram com ensaios especializados, cada um focado em aspetos distintos do património português. Ao todo as «Memórias» incluem 55 ensaios, elaborados por 24 autores. Destacam-se António Ribeiro dos Santos, que lidera com catorze memórias, seguido de António Caetano do Amaral, com quatro, e António das Neves Pereira, com três. Outras figuras importantes são: António Pereira de Figueiredo, com duas memórias, e António de Araújo de Azevedo, Francisco Dias Gomes, João de Sousa, João Pedro Ribeiro e Joaquim de Santo Agostinho de Brito França Galvão, cada um com uma memória. A criação da Academia Real das Ciências de Lisboa, em 1779, surge como parte de um esforço maior para integrar Portugal no movimento iluminista europeu, que promovia o progresso científico e intelectual como um meio de avanço social. Inspirando-se em academias europeias, como a Royal Society em Londres e a Académie des Sciences de Paris, a Academia portuguesa procurou reunir os mais brilhantes estudiosos da época para contribuírem com estudos inovadores e aplicáveis à realidade portuguesa. Para além das «Memórias de Literatura Portugueza», a Academia publicou outras coleções, como as «Memórias de Agricultura» (1788-1791) e as «Memórias Económicas» (1789-1815), que abordavam temas práticos e científicos destinados ao desenvolvimento técnico e agrícola do país. O período de publicação das «Memórias de Literatura Portugueza» coincide com a transição do Antigo Regime para uma era de abertura liberal, influenciada pelas ideias do Iluminismo que valorizavam o uso racional do conhecimento para o benefício público, aspiração refletida no lema da Academia: “Nisi utile est quod facimus, stulta est gloria” (“Se não for útil o que fazemos, a glória será vã”). Lista das memórias organizadas por tomo: Ref.: Inocêncio VI, 200-203, n.º 1649. GOMES DIAS. Eurico José. Memorias de litteratura portugueza [1792-1814] : Os homens e as letras na Academia Real das Ciências de Lisboa Referência: 2411SB002
Local: M-10-D-72 Caixa de sugestões A sua opinião é importante para nós. Se encontrou um preço incorrecto, um erro ou um problema técnico nesta página, por favor avise-nos. ![]() |
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