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RUGENDAS. (Johann Moritz) HABITANTE DE GOYAS, QUADRO A ÓLEO PINTADO SOBRE MADEIRA. |
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Clique nas imagens para aumentar. VIEIRA. (Padre António) HISTORIA DO FUTURO.LIVRO ANTEPRIMEYRO Prologomeno A Toda A Historia do Futuro, em que se declara o fim, & se provaõ os fundamentos della. Materia, Verdade, & Utilidades da Historia do Futuro. Eescrito Pelo Padre ANTONIO VIEYRA da Companhia de JESUS, Prègador de S. Magestade. LISBOA OCCIDENTAL. Na Officina de ANTONIO PEDROZO GALRAM. Com todas as licenças necessárias. Anno de 1718. De 21x15,5 cm. com [xxxvi], 379, [i em br.] págs. Encadernação da época inteira de pergaminho flexível, com o apelido do autor e o título escritos à pena na lombada. Exemplar com ex libris de António Cupertino de Miranda colado no interior da encadernação e com assinatura de posse em letra coeva de Arthur Alberto Ferreira de ...?, na frente da folha de guarda anterior. Folhas preliminares sem numeração contêm censuras de Fr. José de Sousa e de P. Fr. António de Santo Elias pelo Santo Ofício, de Fr. José Pereira de Lacerda pelo Desembargo do Paço e as licenças. De páginas 339 a 379 contém um índice das citações das sagradas escrituras e outro índice das coisas notáveis. Obra dividida em doze capítulos que trata da definição do espírito profético, classifica as profecias em canónicas e não canónicas e demonstra que o Reino de Portugal, desde a sua fundação, fora um dos temas prediletos dos diversos profetas do antigo testamento entre os quais Isaías pode ser considerado como um «cronista dos descobrimentos de Portugal». É uma exaltação da pátria portuguesa, escolhida entre todas as nações do Mundo para propagar a fé cristã, predestinada a «descobrir o mundo ao mesmo mundo». Vieira dedicou uma parte muito importante do seu esforço às obras proféticas que considerava a parte mais importante da sua produção literária. Algumas das ideias expostas mereceram a desconfiança da Inquisição, que deteve o P. António Viera, durante largo tempo e que se viu obrigado a ir a Roma pedir uma intervenção do papa em sua defesa. Actualmente esta parte da obra Vieiriana, que era pouco considerada pelos anteriores estudiosos, tem sido cada vez mais valorizada. PADRE ANTÓNIO VIEIRA (Lisboa, 1608 - Salvador, Brasil, 1697) O maior escritor português, autor de uma vasta obra em português, latim e italiano, sendo definido lapidarmente, por Fernando Pessoa, como o «Imperador da língua portuguesa». Ao mesmo tempo desenvolveu com brilhantismo, visão e coragem actividades políticas e diplomáticas na defesa de Portugal durante a Guerra da Restauração, tendo entrado em conflito aberto com a Inquisição, que venceu com o apoio do Papa. Mais importante ainda foi a sua prolongada e dedicada actividade missionária, em que se distinguiu pela defesa da liberdade dos índios e pela condenação da escravatura, dentro dos moldes possíveis na sua época, pelo que chegou a ser expulso pelos colonos, que tratavam mal os escravos oriundos de África e queriam escravizar os índios, apesar das leis régias em contrário, que obteve de D. João IV e de D. Pedro II. Vieira conseguiu conciliar um grande realismo político com uma crença arraigada no Sebastianismo, começando por identificar D. João IV, como o Desejado do mito Sebastianista, que havia de ressuscitar. Apesar de Vieira dar grande valor e se ter dedicado prolongadamente às suas obras teológicas e proféticas, foram os sermões que o consagraram como grande orador e escritor. A sua forte personalidade e capacidade oratória atraíam multidões para ouvi-lo pregar, mas foi a possibilidade de se ter podido consagrar a rever e a acompanhar a publicação dos sermões, que os tornou obras literárias de grande valor e não apenas o frio registo das suas capacidades oratórias. É também uma figura tutelar e fundadora da cultura brasileira, país onde viveu e actuou com a maior coragem metade da sua vida e onde decidiu viver os seus últimos dias. Hoje a sua obra é muito influente e estudada no Brasil, sendo oriundos desse país alguns dos maiores especialistas em Vieira, tais como: Alcir Pécora, Adma Muhana, João Adolfo Hansen, a par dos portugueses, Margarida Viiera Mendes, Arnaldo do Espírito Santo, Ana Travassos Valdez e os referidos mais abaixo. Foi para a Baía com a família, em 1614, onde Vieira frequentou o Colégio da Companhia de Jesus. Relativa a esta época chegou até aos nossos dias, uma lenda, que refere ter o jovem Vieira dificuldades da aprendizagem, mas um certo dia, repentinamente, ultrapassou todas as suas dificuldades dando nas vistas pelas suas capacidades intelectuais e linguísticas, tendo sido escolhido pera redigir o relatório anual, em 1625, com apenas 17 anos, sendo este facto conhecido como o «Estalo de Vieira». Em 5 de Maio de 1623 iniciou o noviciado na Companhia e durante ele passou algum tempo na Missão do Espírito Santo, onde aprendeu a língua tupi e entrou em contacto com a cultura e a psicologia dos índios, que haveria de defender durante toda a sua vida. Em 6 de Maio de 1625 proferiu os primeiros votos e logo a seguir, como refirimos acima, foi encarregado de redigir a carta ânua relativa aos anos de 1624 e 1625 e começou a ensinar retórica no Colégio de Olinda, tendo sido ordenado sacerdote em 10 de Dezembro de 1634. Durante este período tornou-se notada a sua capacidade oratória e fez muitas pregações em casa da ordem, em missões e fazendas, tendo a primeira pregação oficial ocorrido no 4.º Domingo da Quaresma de 1634, na Igreja da Conceição da Baía. Em 27 de Fevereiro de 1641 acompanhou a Lisboa o filho do Marquês de Montalvão, Vice-rei do Brasil, começando um período de actividade política, como conselheiro de D. João IV, e diplomática, missões em Paris e Haia, de 1646 a 1648, Roma, em 1650, e outra vez Roma de 1669 a 1675, onde tentou reactivar o processo de canonização do Beato Inácio de Azevedo e obter o apoio do Papa, que lhe concedeu isenção perante a Inquisição Portuguesa pelo breve de 17 de Abril de 1675. Em Roma tinha começado a rever os seus sermões e o primeiro volume foi publicado em Lisboa, em 1679. Em 27 de Janeiro de 1681 partiu para o Brasil, tendo vivido até ao momento da sua morte perto da Baía ocupado na revisão dos seus sermões e em especial na redacção da sua obra de teologia e profética: Clavis Prophetarum. Ref: Padre António Vieira. Bibliografia. BNP. 1999. Nº 1187 Azevedo e Samodães, 3516, II Volume página 743. Inocêncio I, 291. Referência: 2412PG007
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