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RUGENDAS. (Johann Moritz) HABITANTE DE GOYAS, QUADRO A ÓLEO PINTADO SOBRE MADEIRA. |
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Clique nas imagens para aumentar. ADAMSON. (John) MEMOIRS OF THE LIFE AND WRITINGS OF LUIS DE CAMOENS.By..., F.S.A. London, Edinburgh, and Newcastle upon Tyne. Vol I. [Vol. II]. Printed for Longman, Hurst, Rees, Orme, and Brown. London. MDCCCXX. [1820]. 2 Volumes de 20,5x13,5 cm. Com xiv, [ii], 310; [ii], 392 págs. Encadernações recentes de muita qualidade, com lombadas em pele, com rótulos, nervos e ferros a ouro. Folhas de guarda decorativas em papel de fantasia vermelho e cortes das folhas aparados e carminados à cabeça. Incluem fitas marcadoras em tecido. Primeiro volume ilustrado em extratexto, sobre papel encorpado, com um retrato de Camões por William Skelton em face do rosto. Contém ainda diversas xilogravuras: na folha do rosto, a reprodução do verso da medalha dedicada à memória de Camões pelo Barão de Dillon, datada de 1782 e onde se lê: «Apollo portuguez honra de Espanha. Nasceu 1524 Morreu 1579 Optimo poetæ it Baro de Dillon dedicavit 1782»; o brasão de armas de Thomas Davidson, a quem a obra é dedicada, na pág. iii; a reprodução da medalha dedicada ao poeta pelo Morgado de Mateus (cujo ensaio é traduzido ao longo da obra), o anverso na pág. v e o reverso na pág. xiv. — a encimar e a rematar o prefácio, datada de 1819, onde se lê: «D. I. M. Sovza. Excvdi Ivssit - A. MDCCCXIX.»; pequena gravura à cabeça da primeira página em árabe, com o lema «Simvl in vnvm»; a meio do volume na pág. 149, uma ilustração da «Gruta de Camões». Segundo volume ilustrado em extratexto, sobre papel encorpado, com um retrato de Inês de Castro gravado por William Skelton em face do rosto; e três calcogravuras: um retrato de Manuel de Faria e Sousa (págs. 312-313) e um retrato de Camões (págs. 316-317), ambos copiados da edição de 1639 anotada por Faria e Sousa, e outro retrato do poeta, este desdobrável (págs. 350-351), cópia do que acompanha a edição portuguesa dos Lusíadas de 1721. Estas ultimas gravuras têm no pé a seguinte indicação: «Published June 1819, by Longman, Hurst, Rees. Orme y Co. London». Contém ainda três xilogravuras: na folha do rosto, a reprodução do anverso da medalha do Barão de Dillon; e os bustos de D. Francisco de Almeida e D. Garcia de Noronha, nas págs. 318 e 319. Tal como é notado por Inocêncio, nem todos os exemplares contêm as gravuras em extratexto, mas apenas os mais raros. Impressão sobre papel de boa qualidade e muito limpo. Exemplar com carimbos a seco nas folhas de rosto, com as iniciais «LC», e oleográficos de posse e números de cota, no verso das mesmas. Etiqueta do alfarrabista Manuel Ferreira no verso da capa anterior do primeiro volume. Tem apenso ainda uma folha solta com o talão de compra e comprovativo de envio do alfarrabista Manuel Ferreira. Primeira e única edição muito rara. Teve uma tiragem muito reduzida. Obra muito importante, um marco histórico nos Estudos Camonianos, sendo considerada a primeira monografia europeia dedicada ao poeta português. A sua dimensão e valor na cronologia dos Estudos Camonianos levaria a Academia das Ciências de Lisboa a nomeá-lo sócio honorário, em sessão ordinária de 28 de Abril de 1820. Preliminares do primeiro volume com dedicatória a Thomas Davidson e prefácio. Esta completa monografia inclui: uma biografia do poeta (págs. 1-236); uma nota sobre as Rimas (237-310); a tradução do ensaio sobre os Lusíadas de D. José Maria de Sousa, Morgado de Mateus, desde a pág. lxxv à cxiv da edição de 1817 (págs. 3-58, 2.º. vol.); um estudo sobre as traduções e os tradutores dos Lusíadas (59-252); um estudo das edições das obras de Camões (253-379), e finalmente notas sobre os seus comentadores e apologistas (380-392). Páginas preliminares em numeração romana com prefácio, incluindo erratas. Nesta obra, Adamson realiza um estudo profundo e especializado da vida e obra do poeta português, muitas décadas antes da publicação dos trabalhos realizados por Richard Burton (Camoens: His Life and his Lusiads, 2 vols. 1881) e Wilhelm Storck (Luis de Camoens Leben, nebst geschichtlicher Einleitung, 1890). Ao longo de dois volumes, colige o maior número possível de dados biográficos, bibliográficos e críticos sobre Camões, apoiado numa leitura atenta da maior parte das obras que haviam sido publicadas até à data. Foi muito bem recebida na época, com a Academia das Ciências a nomeá-lo sócio honorário pouco depois da sua publicação e Robert Southey, poeta e lusófilo de renome, a expressar o seu apreço na Quarterly Review de Abril de 1822. Num longo ensaio, Adamson procura reconstruir a biografia de Camões através de uma leitura comentada da sua obra, nomeadamente de passagens de Os Lusíadas e de diversas composições líricas, que considerava conterem referências autobiográficas e expressarem da forma mais genuína os sentimentos do poeta. O retrato de Camões que Adamson compõe reflete a visão romântica da época, apresentando-o como um génio proscrito e desgraçado, vítima da incompreensão humana e da hostilidade da natureza, mas igualmente encarado como um símbolo do período áureo da história e cultura portuguesas. Esta obra consolidou a reputação de Adamson como um importante lusófilo e especialista em Camões, contribuindo para a divulgação da literatura portuguesa na Europa. John Adamson (Gateshead, 1787 – Newcastle-upon-Tyne, 1855) foi um advogado, antiquário e estudioso da literatura portuguesa. Educado na Newcastle Grammar School, partiu para Lisboa em 1803, onde trabalhou no escritório do seu irmão mais velho, Blythman, um comerciante estabelecido na capital portuguesa. Durante a sua permanência em Portugal, Adamson dedicou-se ao estudo da língua e da literatura do país, iniciando uma valiosa coleção de livros de autores lusófonos. No entanto, em 1807, devido às invasões napoleónicas, regressou a Inglaterra, onde seguiu a carreira jurídica, exercendo a advocacia em Newcastle e desempenhando diversos cargos públicos e administrativos. Ao contrário da maioria dos ingleses que visitaram Portugal, Adamson não se dedicou à publicação de relatos de viagem, interessando-se, ao invés, por um estudo literário mais profundo. A sua incursão no mundo das letras ocorreu em 1808, com a publicação de uma tradução inglesa da tragédia Inês de Castro, de Nicolau Luís, intitulada Dona Inez de Castro, A Tragedy from the Portuguese. Paralelamente à sua atividade profissional, Adamson foi membro ativo e fundador de importantes sociedades culturais, como a Literary and Philosophical Society of Newcastle-upon-Tyne (1811) e a Antiquarian Society of Newcastle (1813), e participou na criação da Typographical Society of Newcastle, que viria a editar muitas das suas publicações. O seu interesse pela lusofilia desenvolveu-se não apenas através do contacto com intelectuais britânicos interessados em temas ibéricos, como Robert Southey e William Julius Mickle, e de livreiros e bibliófilos como James Gooden e Richard Heber, a quem Adamson adquiria regularmente edições e espécimes de grande valor. Além disso, conheceu autores portugueses refugiados na Grã-Bretanha, que fugiam das perseguições de D. Miguel, como Almeida Garrett. Manteve também correspondência com figuras proeminentes, como D. Pedro de Sousa Holstein, Duque de Palmela; José Gomes Monteiro; e D. José Maria de Sousa Botelho, Morgado de Mateus. Assim, serviu de elo entre os diversos elementos da geração romântica de lusófilos britânicos e as figuras cimeiras da vanguarda intelectual e literária de Portugal. Seguindo uma tendência comum entre os autores ingleses oitocentistas que se interessaram por Portugal e pelas suas letras, debruçou-se igualmente sobre Camões, tornando-se numa figura ímpar, talvez mesmo aquele que maior número de obras produziu sobre o assunto e com maior regularidade. As suas obras mais reconhecidas entre os estudiosos da literatura portuguesa foram Memoirs of the Life and Writings of Luis de Camoens (1820) e Lusitania Illustrata (1842-1846). Em 1838, foi condecorado pela Rainha Maria II de Portugal, após sugestão de Almeida Garrett e do Duque de Palmela, pelos seus serviços à literatura portuguesa, recebendo as ordens de Cristo e da Torre e Espada.
First volume illustrated hors-texte on thick paper, with a portrait of Camões by William Skelton on the title page. It also contains several woodcut engravings: on the title page, a reproduction of the back of the medal dedicated to the memory of Camões by the Baron de Dillon, dated 1782 and reading: 'Apollo portuguez honra de Espanha. Born 1524 Died 1579 Optimo poetæ it Baro de Dillon dedicavit 1782'; the coat of arms of Thomas Davidson, to whom the work is dedicated, on p. iii; the reproduction of the medal dedicated to the poet by the Morgado de Mateus (whose essay is translated throughout the work), the obverse on p. v and the reverse on p. xiv. - at the top and end of the preface, dated 1819, which reads: 'D. I. M. Sovza. Excvdi Ivssit - A. MDCCCXIX.'; small engraving at the head of the first page in Arabic, with the motto 'Simvl in vnvm'; in the middle of the volume on p. 149, an illustration of the 'Camões Cave'. Second volume illustrated hors-texte, on thick paper, with a portrait of Inês de Castro engraved by William Skelton on the front page; and three woodcut engravings: a portrait of Manuel de Faria e Sousa (pp. 312-313) and a portrait of Camões (pp. 316-317), both copied from the 1639 edition annotated by Faria e Sousa, and another portrait of the poet, this one folding (pp. 350-351), copied from the one accompanying the 1721 Portuguese edition of the Lusiads. These last engravings have the following indication at the foot: 'Published June 1819, by Longman, Hurst, Rees. Orme y Co. London'. It also contains three woodcuts: on the title page, a reproduction of the obverse of the medal of the Baron of Dillon; and the busts of D. Francisco de Almeida and D. Garcia de Noronha, on pages 318 and 319. As Inocêncio quotes, not all the copies contain the hors-texte engravings, but only the rarest ones. Printed on good quality, very clean paper. Copy with blind stamps on the title pages, with the initials 'LC', and ownership oleographic stamps and library shelf marks the back. Label of the bookseller Manuel Ferreira on the front pastedown of the first volume. There is also a loose leaf attached with the purchase receipt and proof of dispatch from the book dealer Manuel Ferreira. Very rare first and only edition. It had a very small print run. Very important work, a milestone in the studies of Camoens work, considered the first European monograph dedicated to the Portuguese poet. Its size and value in the chronology of Camonian Studies led the Lisbon Academy of Sciences to appoint Adamson as an honorary member, in an ordinary session on 28 April 1820. Preliminaries of the first volume with dedication to Thomas Davidson and preface. This complete monograph includes: a biography of the poet (pp. 1-236); a note on the Rhymes (237-310); the translation of the essay on the Lusiads by José Maria de Sousa, Morgado de Mateus, from p. lxxv to cxiv of the 1817 edition (pp. 3-58, 2nd vol.); a study of the translations and translators of the Lusíadas (59-252); a study of the editions of Camões" works (253-379), and finally notes on his commentators and apologists (380-392). Preliminary pages in Roman numerals with preface, including errata. In this work, Adamson carries out an in-depth and specialised study of the life and work of the Portuguese poet, many decades before the publication of the works by Richard Burton (Camoens: His Life and his Lusiads, 2 vols. 1881) and Wilhelm Storck (Luis de Camoens Leben, nebst geschichtlicher Einleitung, 1890). Over the course of two volumes, he collates as much biographical, bibliographical and critical data on Camões as possible, supported by a careful reading of most of the works that had been published to date. It was very well received at the time, with the Academy of Sciences making him an honorary member shortly after its publication and Robert Southey, a renowned poet and lusophile, expressing his appreciation in the Quarterly Review of April 1822. In a long essay, Adamson tries to reconstruct Camões" biography through an annotated reading of his work, namely passages from Os Lusíadas and various lyrical compositions, which he considered to contain autobiographical references and to express the poet"s feelings in the most genuine way. Adamson"s portrait of Camões reflects the romantic vision of the time, presenting him as an outcast and disgraced genius, a victim of human incomprehension and the hostility of nature, but also seen as a symbol of the golden age of Portuguese history and culture. This work consolidated Adamson"s reputation as an important Lusophile and Camões expert, contributing to the dissemination of Portuguese literature in Europe. John Adamson (Gateshead, 1787 - Newcastle-upon-Tyne, 1855) was a lawyer, antiquarian and scholar of Portuguese literature. Educated at Newcastle Grammar School, he left for Lisbon in 1803, where he worked in the office of his older brother, Blythman, an established merchant in the Portuguese capital. During his stay in Portugal, Adamson devoted himself to the study of the country"s language and literature, starting a valuable collection of books by Lusophone authors. However, in 1807, due to the Napoleonic invasions, he returned to England, where he pursued a legal career, practising law in Newcastle and holding various public and administrative posts. Unlike most Englishmen who visited Portugal, Adamson didn"t dedicate himself to publishing travellers" accounts, but was instead interested in more in-depth literary study. His foray into the world of letters came in 1808, with the publication of an English translation of the tragedy Inês de Castro, by Nicolau Luís, entitled Dona Inez de Castro, A Tragedy from the Portuguese. Alongside his professional activity, Adamson was an active member and founder of important cultural societies, such as the Literary and Philosophical Society of Newcastle-upon-Tyne (1811) and the Antiquarian Society of Newcastle (1813), and took part in the creation of the Typographical Society of Newcastle, which would go on to publish many of his publications. His interest in Lusophilia developed not only through contact with British intellectuals interested in Iberian themes, such as Robert Southey and William Julius Mickle, and booksellers and bibliophiles like James Gooden and Richard Heber, from whom Adamson regularly acquired valuable editions and specimens. He also met Portuguese authors who were refugees in Britain, fleeing persecution by King Miguel, such as Almeida Garrett. He also corresponded with prominent figures such as Pedro de Sousa Holstein, Duke of Palmela; José Gomes Monteiro; and José Maria de Sousa Botelho, Morgado de Mateus. In this way, he acted as a link between the various elements of the romantic generation of British Lusophiles and the leading figures of Portugal"s intellectual and literary avant-garde. Following a common trend among nineteenth-century English authors who were interested in Portugal and its letters, he also focussed on Camões, becoming a unique figure, perhaps even the one who produced the greatest number of works on the subject and with the greatest regularity. His most recognised works among scholars of Portuguese literature were Memoirs of the Life and Writings of Luis de Camoens (1820) and Lusitania Illustrata (1842-1846). In 1838, he was honoured by Queen Maria II of Portugal, at the suggestion of Almeida Garrett and the Duke of Palmela, for his services to Portuguese literature, receiving the Orders of Christ and of the Tower and Sword. Bibliografia/Bibliography: Referências/References: Referência: 2502SB002
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