Por Albano da Silveira Pinto, Guarda roupa da Camara de Sua Magestade El-Rei o Senhor D. Luiz I; [...]. Dedicada a Sua Magestade Fidelíssima El-Rei o Senhor D. Luiz I. Desenhos de António Januário Corrêa, gravuras de D. José Severini. Tomo I. [Tomo II]. Empreza Editora de Francisco Arthur da Silva. Lisboa. [s.d. folhas de rosto] 1883–1890.

2 Volumes de 30x21,5 cm. Com xlvii, 693, [iv]; [vi], iv, 5-786, [vi] págs. Encadernações com lombadas em pele, com nervos e ferros a ouro em casas fechadas. Folhas de guarda encorpadas, em papel decorativo azul e efeitos dourados. Preservam as capas de brochura.

Ilustrados no texto com reproduções de brasões e vinhetas a preto e branco. Folhas de rosto impressas a azul e vermelho.

Exemplar com falhas de pele nas lombadas. Pasta anterior do segundo volume separada da lombada e primeiro caderno solto.

A obra foi inicialmente publicada em fascículos, constando do verso das folhas de rosto as datas de 1883 e 1885, respetivamente. A data de 1890 vem da assinatura do preâmbulo do segundo volume. Devido à morte do autor aquando do início da elaboração do segundo volume, este foi continuado pelo Visconde de Sanches de Baena.

Obra de grande valor e rigor informativo ao nível da genealogia e da heráldica portuguesa. Contém as genealogias aristocráticas à data da publicação, incluindo extensas notas biográficas dos reis de Portugal e dos membros da família real. A obra está organizada por ordem alfabética dos títulos, com pormenorizadas referências aos pais e avós, registos das criações dos títulos, descrição das origens das famílias e referências aos ascendentes que mais se distinguiram em cada geração anterior aos avós.

Preliminares do primeiro volume com dedicatória e introdução, e do segundo com preâmbulo elucidativo. Apresenta índices remissivos nas últimas páginas não numeradas de ambos os volumes.

Albano Antero da Silveira Pinto (Porto, 1819 – Maia, 1885) foi perito em paleografia, formado pela Academia Politécnica do Porto, e um dos fundadores do Jornal do Commercio. Filho do Conselheiro Agostinho Albano da Silveira Pinto e de D. Maria da Piedade Pereira e irmão de Antero Albano da Silveira Pinto, casou com Bárbara Luísa Pereira, com quem teve um filho chamado Agostinho Albano da Silveira Pinto (1839-1901). Exerceu funções como Guarda-roupa da Câmara de Sua Majestade El-Rei D. Luís I e Moço Fidalgo com exercício na Casa Real. Foi agraciado com diversas distinções honoríficas, incluindo as ordens de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa, da Torre e Espada, de São Gregório Magno de Roma, de Leopoldo da Bélgica, de Carlos III de Espanha, do Santo Sepulcro de Jerusalém, dos Guelfos de Hanôver e a Legião de Honra de França.

Augusto Romano Sanches de Baena e Farinha de Almeida Portugal da Silva e Sousa (Vairão, 1822 — Lisboa, 1909), 1.º Visconde de Sanches de Baena, foi um médico, historiador, genealogista e heraldista português, autor de várias obras de referência nestas áreas. Formado em Farmácia pela Universidade de Coimbra, destacou-se como moço fidalgo com exercício no Paço, cavaleiro de Honra e Devoção da Ordem de Malta, comendador das Ordens do Santo Sepulcro e de São Gregório Magno. Foi membro de diversas instituições académicas e científicas, tanto em Portugal como no estrangeiro, incluindo a Academia Real das Ciências de Lisboa, o Instituto de Coimbra e a Academia Sevilhana de Belas Artes. Foi sócio fundador da Associação dos Jornalistas e Escriptores Portuguezes, da Sociedade de Geographia de Lisboa, e de muitas outras no estrangeiro. Casou-se no Rio de Janeiro, a 5 de março de 1859, com Felicíssima Constança Manuel Salgado. O título de Visconde de Sanches de Baena foi-lhe concedido por decreto de 13 de fevereiro de 1869, pelo rei D. Luís I.

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Referências:
QUEIROZ. (Francisco) e João Miranda Lemos. A FAMÍLIA SILVEIRA PINTO E O PALACETE DE S. PAIO, Actas do I Congresso O Porto Romântico, Volume I, pp. 179-198.
Inocêncio VIII, 20-21; VIII, 346-347; XXII, 486.