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RUGENDAS. (Johann Moritz) HABITANTE DE GOYAS, QUADRO A ÓLEO PINTADO SOBRE MADEIRA. |
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Clique nas imagens para aumentar. PINHEIRO CHAGAS. (Manuel) et al. HISTÓRIA DE PORTUGAL. [3.ª EDIÇÃO - 12 VOLUMES]Popular e Illustrada. Terceira edição. [Continuada desde a chegada de D. Pedro IV à Europa até à morte de D. Maria II por J. Barbosa Cohen e d’ahi até aos nossos dias por Marques Gomes]. Empreza da Historia de Portugal, Sociedade Editora. Lisboa. MDCCCXCIX [1899] – 1907. 12 Volumes de 30x21 cm. Com xx, [ii], 624; 638; 640; 640; 635; 638; 638; 626, [iii]; vii, 647; 632; 642; 600, xliv págs. Encadernações do editor executadas por Alfredo David e por Paulino, com lombadas em pele com elaborados ferros a ouro e pastas em tela vermelha com belas estampas coloridas. Folhas de guarda decorativas, com diferentes padrões em cada volume. Ilustrado com gravuras de página inteira e outras intercaladas no texto, todas a preto e branco, com retratos de personagens da História de Portugal, com reproduções de monumentos e recriações de acontecimentos históricos e brasões. Inclui também um extratexto, em face da folha de rosto, com o retrato do autor sobre papel couché. Texto impresso em duas colunas, separadas por filete simples. Exemplar com as iniciais F.M.P. gravadas a ouro no pé da lombada. Terceira edição rara e significativamente ampliada de uma das obras fundamentais da historiografia portuguesa. Destaca-se pela abrangência cronológica, sendo a primeira a traçar uma perspectiva liberal sobre o percurso histórico nacional até ao final do reinado de D. Carlos em 1908. A sua ampla difusão e acessibilidade contribuiu para a formação da consciência histórica das elites nacionais até ao aparecimento da História de Barcelos, dirigida por Damião Peres, a partir de 1928. A par dos romances históricos de Camilo Castelo Branco e da História de Portugal de Oliveira Martins, Pinheiro Chagas contribuiu para forjar uma imagem negativa da dinastia reinante no Portugal constitucional e assim, involuntariamente, para a sua queda em 1910. Páginas preliminares do primeiro volume com o prólogo desta edição, assim como os da primeira e da segunda. As últimas páginas de cada volume contêm uma explicação das respectivas gravuras e um índice de conteúdos. As últimas páginas em numeração romana do 12.º volume apresentam um extenso índice geral alfabético de todas as gravuras que ilustram os anteriores doze volumes. A 3.ª edição da História de Portugal de Manuel Pinheiro Chagas foi publicada em 14 volumes entre 1899 e 1909, ampliando significativamente o escopo e a profundidade da narrativa original. Enquanto a 1.ª edição (1867-1874) se cingia a oito volumes, esta edição alargou-se com mais seis, que abarcam o período que vai desde a chegada de D. Pedro IV à Europa até ao fim do Reinado de D. Carlos. Os volumes IX, X e XI foram elaborados por José Augusto Barbosa Colen (até à morte de D. Maria II) e o XII por Marques Gomes. Joaquim Alfredo Gallis foi o autor dos dois últimos volumes dedicados ao Reinado de D. Carlos (1890-1908) com o subtítulo: Um Reinado Trágico. A primeira edição da História de Portugal surgiu sob o pseudónimo coletivo de "Sociedade de Homens de Letras". Pinheiro Chagas justificou esta escolha com a intenção inicial de contar com a colaboração de outros autores, embora tenha sido o principal responsável pela obra. A obra de Pinheiro Chagas representa uma narrativa histórica extensa, baseada em trabalhos de historiadores nacionais e estrangeiros como Ferdinand Denis, H. Schaefer, Prescott, Coelho da Rocha, Herculano e Rebelo da Silva. Caracteriza-se por traços fundamentais da narrativa liberal: teoria política e voluntarista da formação de Portugal, inspirada em Alexandre Herculano; rejeição de tradições míticas de fundação ainda comuns na primeira metade do século XIX – como o milagre de Ourique e as Cortes de Lamego; adoção da tese da aliança da coroa com as classes populares contra as ordens privilegiadas; ausência de feudalismo em Portugal; valorização do municipalismo e da descentralização; e um juízo crítico acerca do absolutismo, responsabilizando este, juntamente com a Inquisição e a Companhia de Jesus, pela decadência nacional. Em todos estes pontos, Pinheiro Chagas seguia de perto a filosofia da história de Alexandre Herculano, sem esquecer o seu providencialismo abstrato e a sua teoria relativa à função do indivíduo na história. No que respeita ao juízo negativo sobre os monarcas da dinastia de Bragança (com exceção de D. Pedro V e de D. Luís), bem como à aliança luso-britânica desde o século XVII, o autor aproximava-se da crítica negativa que, a este respeito, viriam a desenvolver autores republicanos como Teófilo Braga, Consiglieri Pedroso ou José de Arriaga. Manuel Joaquim Pinheiro Chagas (Lisboa, 1842 – Lisboa, 1895) foi um reputado jornalista, escritor e divulgador histórico do século XIX. Filho de um major liberal, formou-se no Colégio Militar, na Escola do Exército e na Escola Politécnica, mas enveredou pela carreira jornalística, colaborando em periódicos como A Revolução de Setembro e O Diário da Manhã. Embora tivesse a patente de capitão, nunca exerceu funções de combate, dedicando-se à escrita de folhetins, críticas literárias e obras historiográficas, como a sua obra magna História de Portugal. Foi também deputado em nove legislaturas, ministro da Marinha (1883-1886), professor no Curso Superior de Letras e membro de instituições como a Academia das Ciências. Reconhecido pelos contemporâneos pela sua retórica e erudição, Pinheiro Chagas deixou um legado historiográfico e literário que moldou a consciência histórica das elites portuguesas até ao advento da República. José Augusto Barbosa Colen (Lisboa, 1849 – Lisboa, 1917) foi jornalista, ensaísta e polemista, com um percurso profundamente marcado pela militância ideológica e pela atividade crítica em publicações como A Actualidade, A Opinião Social ou O Tempo. Embora formado em Medicina, destacou-se sobretudo como escritor político e pensador social, tendo produzido uma vasta obra centrada nos problemas da instrução pública, da liberdade religiosa e da reforma do Estado. Ref.: Dicionário de Historiadores Portugueses: da Academia Real das Ciências ao Final do Estado Novo. [em linha] Referência: 2504SB006
Local: M-SACO SB237 + SACO SB238 Caixa de sugestões A sua opinião é importante para nós. Se encontrou um preço incorrecto, um erro ou um problema técnico nesta página, por favor avise-nos.
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