RUGENDAS. (Johann Moritz) HABITANTE DE GOYAS, QUADRO A ÓLEO PINTADO SOBRE MADEIRA.

     
 
 

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BANQUETE, REVISTA PORTUGUESA DE CULTINÁRIA. [COLECÇÃO COMPLETA]

N.º 1 - Março 1960 [até N.º 175, Dezembro 1975]. Directora: Maria Emília Cancella de Abreu. Propriedade da CIDLA- Combustíveis Industriais e Domésticos. Lisboa. 1960-1975.

9 Volumes de 30x21,5 cm. Com cerca de 5000 págs. com numeração diversa. Cada número tem entre 24 a 32 págs. numeradas em árabe. Os primeiros 25 números apresentam ainda uma segunda numeração em romano, seguida ao longo dos mesmos, que vai até à página CDXLIV. Encadernações inteiras de percalina vermelha, com ferros a ouro nas lombadas. Preservam as capas de brochura.

Profusamente ilustrados com fotografias, gravuras e publicidades a preto e branco, e a cores nas capas. Cada número é impresso a duas cores, num cuidado arranjo gráfico que combina o preto com uma outra, como o verde, o amarelo, o laranja ou o rosa, utilizada em alguns títulos, iniciais decorativas e vários ornamentos tipográficos.

Exemplar com o miolo dos volumes 7 e 8 parcialmente descolado das lombadas. 

Colecção completa e muito rara, que inclui o número de índice. A revista Banquete foi a primeira revista de culinária portuguesa do século XX, destacando-se como um marco pioneiro na valorização e salvaguarda da cozinha tradicional portuguesa, e constituindo um elemento muito importante para o seu estudo.

Cada volume reúne 20 números da revista, com exceção do nono que reúne os últimos 15. O número 175 constitui um completo índice remissivo dos números 1 a 174, com 116 págs., apresentando as receitas por ordem alfabética e agrupadas nas categorias: sopas e açordas; acepipes e entradas; peixes, mariscos e crustáceos; carnes, aves, caça e enchidos; acompanhamentos e pratos de legumes; sobremesas e bolos grandes; bolinhos, bolachas, biscoitos e guloseimas; conservas - doces e salgadas; pães, sanduíches, massas levedas e salgadinhos; molhos - doces e salgados; bebidas e refrescos; diversos - doces e salgados.

Publicada entre 1960 e 1977 pela Gazcidla, O Banquete foi lançada com o objetivo promocional de fomentar o consumo de gás butano e de equipamentos domésticos, como os novos fogões a gás. Rapidamente ultrapassou essa função comercial, assumindo-se como uma publicação de reconhecimento cultural e pedagógico. Com uma linha editorial simultaneamente tradicionalista e progressista, a revista oferecia receitas testadas, conteúdos de economia doméstica, dietas, etiqueta e cultura gastronómica, adaptando-se à nova realidade das mulheres que conciliavam o trabalho fora de casa com a gestão do lar.

O Banquete teve um papel especialmente relevante na construção de um património culinário identitário português, reunindo e sistematizando centenas de receitas tradicionais enviadas pelas leitoras de todo o país e das colónias, muitas das quais hoje estariam perdidas. Surgida no contexto político do Estado Novo e num período de profundas transformações sociais e económicas — marcado pelo surgimento da classe média (à qual principalmente se dirigia), pelo desenvolvimento do turismo, pela chegada da televisão e pela progressiva emancipação feminina —, a revista afirmou-se como defensora acérrima da gastronomia portuguesa face à influência dominante da cozinha francesa. Nesse sentido, contribuiu decisivamente para a reabilitação da culinária nacional, depois de um interregno de 24 anos desde a publicação de Culinária Portuguesa, de António Maria de Oliveira Bello.

Desde o seu primeiro número em Março de 1960, foi publicada mensalmente e de forma assídua ao longo de 14 anos. Em 1974 a publicação é suspensa, após a saída do número de outubro/novembro. Em 1975 é publicado apenas um volume de índice e o derradeiro número, uma edição especial ausente deste conjunto, seria publicado dois anos depois, no Natal de 1977. O seu fim, pouco depois do 25 de Abril, decorreu do processo de nacionalização da Gazcidla e da quebra do modelo de comunicação estatal que a sustentava. A sua longevidade e consistência tornaram-na a mais relevante publicação culinária do país durante o regime.

Maria Emília Cancella de Abreu (Lisboa, 1916 – Lisboa, 2001) foi uma das mais importantes figuras da gastronomia portuguesa no século XX. Aristocrata culta, foi a fundadora e única diretora da revista Banquete. À frente do Instituto Culinário da Gazcidla, desempenhou um papel decisivo na recolha, valorização e sistematização da culinária nacional, tendo representado Portugal na Federação Internacional da Imprensa Gastronómica e Vinícola, da qual foi vice-presidente. Além da direção da revista, publicou receitas e organizou eventos de promoção gastronómica, mantendo sempre uma postura de exigência, modernidade e respeito pelas raízes culturais portuguesas.

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Referência: 2505SB028
Local: SACO SB253-01


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