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RUGENDAS. (Johann Moritz) HABITANTE DE GOYAS, QUADRO A ÓLEO PINTADO SOBRE MADEIRA. |
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Clique nas imagens para aumentar. ROCHA. (Adolpho) ABISMO. POEMASDe Adolpho Rocha. Edição do autor. Tipografia da Atlantida. Coimbra. Março de 1932. De 20,5x14 cm. Com 26, [v], [i em br.] págs. Brochado. Exemplar preserva as capas de brochura. Com assinaturas de posse de Maria Eduarda Chiote Tavares (ver biografia em baixo) e de outros na capa de brochura anterior; com assinaturas de posse de Manuel Chiote Tavares na folha de anterrosto e na folha de rosto, datada de 23 de Agosto de 1945, e com anotação manuscrita que o autor passou a usar o pseudónimo de Miguel Torga; com a transcrição manuscrita de um poema: Vento, nos espaços em branco da página I a III, com anotação manuscrita na página IV e com um desenho da face de uma mulher em posição invertida na última página em branco. Com manchas nas capas e pequena perda de papel à cabeça da lombada. Impressão muito nítida sobre papel encorpado de excelente qualidade. Livro de poesia raríssimo, o último dos 5 primeiros livros publicados com o nome verdadeiro do autor, Adolfo Rocha, que os recusou e tentou recolher os exemplares, passando depois a iniciar uma nova vida literária, com o pseudónimo de Miguel Torga. A BNP e a Porbase, não têm qualquer exemplar catalogado. Só a BGUC possui um exemplar com a cota, RB-25-37. Nas últimas páginas apresenta uma lista das obras já publicadas com o nome de Adolfo Rocha: Rampa, Pão Ázimo, Tributo e informa que está para sair a obra: A criação do Mundo, novela, que viria a ser publicada já com o pseudónimo de Miguel Torga. Além da sua grande raridade este livro de poesia é muito importante para o estudo da obra e da evolução literária de Miguel Torga. Efectivamente as apreciações dos autores sobre a sua própria obra são muitas vezes erradas e mesmo que os poemas deste livro não tenham o nível literário alcançado pelos poemas da sua obra publicada com o pseudónimo, são muito importantes para o estudo dos temas e da formação do estilo do escritor. Adolfo Correia da Rocha (São Martinho da Anta, 1907 - Coimbra, 1995) Médico, escritor e poeta, um dos mais importantes do século XX. Começou a trabalhar aos dez anos, no Porto, como criado doméstico, de 1918 a 1920 frequentou o Seminário de Lamego, onde estudou português, geografia, história, latim e ganhou familiaridade com a Bíblia, conhecimentos fundamentais para o sua vocação de escritor. De 19120 a 1925 viveu em Minas Gerais, no Brasil, onde trabalhou numa fazenda do tio, que lhe pagou os estudos no Ginásio Leopoldinense, na cidade de Leopoldina, a conclusão dos estudos liceais em Portugal e depois os estudos de medicina, na Universidade de Coimbra, de 1928 a 1933. Exerceu medicina em Trás-os-montes, depois em Leiria, de 1939 a 1942 e depois estabeleceu-se em Coimbra, como médico otorrinolaringologista. Viajou pela Europa em fins de 1939 e início de 1940. Casou, em 1940, com Andreé Crabé, estudante belga, e foram pais de Clara Rocha autora de uma fotobiografia do pai. A principal característica do seu caracter foi uma grande independência, que marcou também a sua obra literária. Por causa disso teve obras proibidas, como: O Quarto dia da Criação do Mundo; o livro de contos, Montanha; o livro Sinfonia de 1947, em 1956 e o DiárioVIII, em 1960 e esteve preso em 1940 e a sua mulher foi demitida, em 1947, das funções professora da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Todo o seu Diário está cheio de críticas subliminares ao Estado Novo. Depois do 25 de Abril manteve grande distância em relação à vida política, com a única excepção, quando apoiou a candidatura à presidência da República, em 1976, do General Ramalho Eanes. Também se manteve sempre longe de qualquer grupo literário, com excepção da pertença ao Grupo da Presença, com o qual logo se incompatibilizou, em 1930. Tentou publicar revistas: Sinal, 1930 e Manifesto, 1936, mas não teve êxito e seguiu uma vida literária caracterizada pela independência. Publicou todas as suas obras em edições de autor e evitava enviá-las à censura. É autor de um vasto diário, composto por 16 volumes publicados entre 1941 e 1993; por cartorze de livros de poesia e pela obra de ficção de caracter autobiográfico: A Criação do Mundo em seis partes. Publicou também outras obras de ficção: Contos da montanha: (novo título de Montanha, aprendido em 1941); Novos Contos da Montanha; Bichos; Rua; Pedras Lavradas; Vindima; assim como teatro, ensaios, discursos, e impressões de viagens. Recebeu os seguintes prémios literários: Prémio Almeida Garret, do Ateneu Comercial do Porto, em 1954; Prémio Nacional de Literatura, em 1969, que recusou; Prémio Diário Notícias, no mesmo ano; Prémio Internacional de Poesia, da XII Bienal de Knokke-Heist, em 1977; Prémio Morgado de Mateus, em 1980; Prémio Montaigne, da Fundação PVS de Hamburgo, em 1981; Prémio Camões, em 1989; Prémio Vida Literária, da Associação Portuguesa de Escritores, em 1992; Prémio Figura do Ano, da Associação dos Correspondentes da Imprensa Estrangeira, em 1992; Prémio Écureil de Literatura Estrangeira, do Salon du Livre de Bordéus, no mesmo ano; e o Prémio da Crítica 1993 do Centro Português da Associação Internacional dos Críticos Literários. Maria Eduarda Chiote Tavares (Bragança, 1930 - ) Escritora e poetisa portuguesa, que usa o nome literário de Eduarda Chiote. Estudou na Universidade de Coimbra, a partir de 1951 e na Universidade de Lisboa. Licenciado-se em Ciências Histórico-Filosóficas. Trabalhou na area de Psicotécnia. Viveu no Porto e, posteriormente, fixou-se em Lisboa. Publicou obras de ficção e poesia desde 1974 e foi co-argumentista com Joaquim Pinto do filme, Uma Pedra no Bolso de 1988. O seu livro de poesia, O Meu Lugar à Mesa, recebeu o Prémio Teixeira de Pascoaes. Referências:
Referência: 2506PG004
Local: SACO M-PG143-4 Indisponível Caixa de sugestões A sua opinião é importante para nós. Se encontrou um preço incorrecto, um erro ou um problema técnico nesta página, por favor avise-nos.
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