Revista de Educação Physica e Actualidade (Continuação de O Tiro Civil e da Revista de Sport). Publicação Quinzenal Ilustrada. Director: Anselmo de Sousa. Redactor: Pinto da Cunha. Secretario da Redacção: Eduardo de Noronha. Redactor gerente: Senna Cardoso. Anno X. N.º 274 - 15 de Janeiro de 1904. Editor responsável: Candido Chaves. Lisboa. 1904–1913.

8 Volumes de 30x21 cm. Com cerca de 500 págs. por volume, cada número com paginação própria. Encadernações da época com lombadas em pele, ferros a ouro e folhas de guarda decorativas. Preserva algumas capas de brochura originais. 

Profusamente ilustrado com fotografias, gravuras e desenhos a preto e branco ao longo do texto. Inclui também vários extratextos, com desenhos a cores e fotografias coladas sobre papel mais encorpado.

Texto disposto em duas colunas. Os primeiros números foram impressos em papel poroso, mas os últimos são inteiramente em papel couché.

Exemplar com etiquetas de cota e carimbos oleográficos nas guardas anteriores, incluindo os do encadernador David Caeiro, Lisboa. A ilustração extratexto do número 369 encontra-se solta.

Colecção completa e raríssima, ausente mesmo das coleções da Biblioteca Nacional de Portugal e da Hemeroteca Municipal de Lisboa, que apenas conservam até ao ano 1910.

Publicada entre 15 de janeiro de 1904 e 30 de junho de 1913, a revista Tiro e Sport surgiu da fusão de duas publicações anteriores — O Tiro Civil e a Revista de Sport — e manteve a numeração do primeiro, começando no n.º 274. Inicialmente quinzenal, aumentou a frequência para três edições por mês a partir de 1908. Ao longo de quase uma década, constituiu o principal órgão da cultura física e do desporto em Portugal, refletindo não só a evolução das modalidades como também o seu papel sociopolítico no contexto da monarquia constitucional. Em cada número encontram-se numerosas biografias, crónicas desportivas e reportagens sobre ténis, tauromaquia, ciclismo, futebol, automobilismo e muito mais.

Fonte fundamental para o estudo do desporto em Portugal, das suas instituições e protagonistas, a revista acompanha o alargamento do fenómeno desportivo da elite aristocrática para as novas classes médias urbanas, nomeadamente do Futebol, que ocupa a partir de 1911 um lugar de destaque na revista. A sua linha editorial visava a promoção de uma ideia de regeneração moral e física da nação, assim como o do reforço da imagem do rei D. Carlos I como símbolo do progresso, saúde e modernidade. A publicação contou com colaborações regulares de nomes como Joshua Benoliel, Francisco Valença, Alfredo Pinto, entre muitos outros. 

Lista dos números contidos em cada volume: Volume I: N.os 274–297 (1904); Volume II: 298–321 (1905); Volume III: 322–345 (1906); Volume IV: 346–369 (1907); Volume V: 370–405 (1908); Volume VI: 406–435 (1909); Volume VII: 436–483 (1910–1911); Volume VIII: 484–513 (1912-1913).

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