Manuscrito inédito agora publicado, com introdução de Raul Rêgo. Lisboa. 1956.

De 22x17 cm. Com XVI, 24 págs. Brochado. Ilustrado com fac-simile de parte do manuscrito autografo de Ribeiro Sanches.

Exemplar com título de posse oleográfico na folha de guarda do Arquitecto Frederico George.

Publicação de um manuscrito de Ribeiro Sanches, sobre a questão das pessoas de religião judaica em Portugal, que foram obrigadas a converter-se ou a emigrar, no fim do século XV e início do XVI. Os que ficaram e os seus descendentes foram objecto de desconfiança, exclusão e perseguição em especial pela Inquisição.

O autor, ele próprio de ascendência judaica, que será classificado como "Estrangeirado" pelos historiadores posteriores, expressão que pode ter conotações negativas ou positivas consoante o ponto de vista de quem a utiliza, defende a abolição da distinção entre os descendentes de judeus e os outros portugueses, como sendo a melhor forma de resolver os conflitos resultantes dessa situação, baseando-se no facto de tal distinção não existir antes do Século XVI. Esta foi a solução posteriormente adoptada pelo Marquês de Pombal em 1773.

A introdução de Raul Rego descreve a circunstâncias em que tomou conhecimento de uma das cópias manuscritas da obra e realça a importância deste escrito para o estudo da mentalidade e a evolução religiosa dos exilados durante o Século XVIII.