Per duodena regit sol aureus astra. Virgilius. Paris, A la Librairie Ancienne et Moderne, Au Palais-Royal, Galerie de Bois, Nº 263-264. 1827.

2 Volumes encadernados em 1. In 8º pequeno de 10,6x7,4 cm. com 171 + 180 págs.

Encadernação da época inteira de pele com ferros a ouro na lombada e título gravado sobre rótulo vermelho.

Ex-libris de Henrique Botelho colada no interior da pasta anterior.

Rara e elegante edição de pequeno formato de um célebre poema descritivo e narrativo que teve 1ª edição em 1779. Além do poema em doze cantos contém uma nota biográfica do autor, um conjunto de poesias diversas incluindo as que escreveu na prisão, notas e variantes. 

O poema descreve em belos versos dodecassílabos pareados o ambiente, condições climatéricas, as principais características de cada mês, os trabalhos agrícolas, as festas campestres, os trabalhos das gentes do mar e também um naufrágio.    

Jean-Antoine Roucher (Montpellier 1745-1794) foi um dos melhores poetas franceses do Século XVIII destinguindo-se em especial nas descrições da natureza e pelos poesias dedicadas à mulher e à filha enquanto esteve preso antes de ser condenado à morte.

Roucher apoiou as ideias da Revolução Francesa, mas tinha posições políticas moderadas, presidiu a um clube anti-jacobino e escreveu artigos no Journal de Paris contra a tirania dos demagogos. Em 1790 publicou uma tradução da Riqueza das Nações de Adam Smith.

Durante o Terror foi preso, em 1793, julgado e guilhotinado em 25 de Julho de 1794, juntamente com muitas outras pessoas entre elas o célebre poeta Andrè Chenier, tendo ficado célebre por ter ido a declamar a tragédia Andrómaca de Racine juntamente com o seu amigo Chenier enquanto era transportado para o local da execução. Em 1797 foi publicada a obra «Consolations de ma captivité» reunindo as cartas que escrevera da prisão.