Quer Dizer: Apontoado de Versos Macarronicos Latino-Portuguezes, que alguns Poetas de bom humor destilárão do alambique da cachimonia para desterro da melancolia. A que se ajunta hum segundo apontoado de algumas Obras em Verso, e prosa, alinhavadas na linguagem Portugueza, e guarnecidas de conceitos arrastrados, e frazes esteiradas, para Instrucção de Novatos buçaes, e desfastio de Leitores leigos. QUARTA IMPRESSÃO. Accrescentada com o Sabio em mez e meio, e a segunda parte a economia; e algumas outras Obras. Lisboa: Na Impressão Regia. Anno de 1816. Com licença. Vende-se em casa de João Nunes Esteves, Mercador de Livros, Rua da Gloria, Nº 14.

In 8º de 15x9,6 cm. com [iv], 329 págs. Encadernação da época inteira de pele.

Exemplar com picos de traça marginais.

Rara 7ª edição que não é referida por Inocêncio. A obra foi publicada pela 1ª vez em Lisboa, 1765, 2ª ediçõ em Lisboa 1786, 3ª edição no Porto em 1787, 4ª edição Porto 1790, 5ª edição Porto 1791, 6ª edição Lisboa 1792. Durante o Século XIX foi publicada em 1843 e 1890. Algumas das obras que integram este livro foram publicadas pela primeira vez, em folhetos de cordel, no Século XVIII.      

Livro muito popular constituído por diversas obras em prosa e verso português e com imitações de latim, com caracter humorístico geralmente referentes aos meios estudantis como a Universidade de Coimbra.

Contém 26 obras como o Palito Métrico, Bisnaga Escolástica, Brincatio Poetica e Caloiriados. Em português inclui o Frerio Metrico, Carta de Guia para Novatos, Queixas de um estudante, O sabio em mez e meio. Os autores que é possível identificar são:

P. João da Silva Rebelo (Sortão, Vimeiro 1) Inocêncio IV, 36 que assina obras com o pseudónimo de António Duarte Ferrão e Bonjamé Bernardino de Albuquerque e Faro (Inocêncio I, 390)  

José António Xavier Coutinho (Almada 17? - ?) Inocêncio IV, 240, que usa o anagrama . 

Francisco Manuel Gomes da Silveira Malhão (Óbidos 1757 - 1809) Inocêncio II, 435 e IX, 330, autor de o sábio em mês e meio e Economia Escolastica.  

Inocêncio V, 343 e 344. XVI.