RUGENDAS. (Johann Moritz) HABITANTE DE GOYAS, QUADRO A ÓLEO PINTADO SOBRE MADEIRA.

     
 
 

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SANTOS BARROS. (J. H.) A HUMIDADE.

Colecção Garajau. Poesia 2. Edição da Delegação da Cooperativa Semente em Lisboa. 1979.

De 21x15,5 cm. Com [ii], 50 págs.

Capa ilustrada por José Lúcio Lima. Brochado.

Muito rara 1ª edição que contém bibliografia do autor, um poema de Luís Maia Varela, datado  "Alcanena, 19-10-1976", citações de Virginia Wolf e de Roberto Mesquita e quarenta poemas em verso livre.

José Henriques dos Santos Barros (Angra do Heroísmo, 1946 - Mérida, 1983), após a conclusão de estudos secundários, empregou-se como funcionário público.

Segundo João de Melo: «Anos depois, deu início àquela que viria a ser a «aventura» da sua vida: a poesia, a animação cultural, o suplementarismo e o ensaio literário, o sindicalismo, a literatura. A mobilização para a guerra colonial, como furriel miliciano, levou-o a Angola (entre 1969 e 1971). Foi a partir de então que nele mais se notabilizou uma extraordinária propensão para as coisas da cultura. O seu nome não pode deixar de associar-se a um movimento de renovação inscrito, nos Açores, desde a criação (por Carlos Faria) do suplemento "Glacial" no jornal angrense A União (foi seu coordenador entre 1972 e 1974). J.H. Santos Barros acreditou na possibilidade de unir numa só frente uma postura de vanguarda ideológica, militante, com a ideia libertária de uma cultura em duplo: popular e de grupo.

Com outros intelectuais angrenses fundou a galeria de artes plásticas «Degrau»; animou cooperativas, sindicatos, rádios e jornais; fundou e dirigiu o suplemento «Cartaz» (nova série, 1972-1974) e a revista "A Memória da Água-Viva", de parceria com Urbano Bettencourt (1978-1980). Mas foi no suplemento "Contexto", do jornal Açores (residindo já em Lisboa, de 1979 até à data da sua morte) que mais e melhor sistematizou todo um trabalho de animação e coordenação. Esse trabalho estender-se-ia à crítica, à polémica literária, à ensaística de fundo e até a uma curiosa experiência heteronímica que o levaria a subscrever, com diversos nomes, posições e conceitos propositada e provocatoriamente contraditórios. Foi assim, por exemplo, em relação à controversa questão da existência (ou não) de uma "literatura açoriana", que muito interessou os escritores açorianos da sua geração.

Como poeta, estreou-se aos 18 anos - dando-nos depois folhas, cadernos policopiados, opúsculos e excelentes livros de poemas. Como ensaísta literário, interessou-lhe a conjugação da "açorianidade" (expressão sensíve1 do local e do regional insular) com a "universalidade" potencial de toda a Literatura. Como contista (autor de alguns dispersos), andou pelos imaginários oníricos e surrealizantes. Deixou inédito um diário (O Aprendiz de Mundos) e raros poemas.

No essencial da sua poesia, a fidelidade da radicação aos temas insulares não é de molde a inscrevê-la no tão pouco apreciado apego ao regionalismo da escrita literária. Pelo contrário, o regional e o tradicional de J.H. Santos Barros tornam-se matriz e ponto de partida da alternância ilha/mundo, ora no tom abrasivo de uma "poética do quotidiano", ora na excelência de uma voz erguida à proclamação de versos como estes: "Pregar um prego, lavar pratos, cortar a erva / custa. Mas nunca nada me custou tanto que / carregar um verso das coisas mais difíceis. A fazer / do outro lado da literatura os nós do mundo."

Faleceu num acidente de viação no sul de Espanha com a sua mulher, Ivone Chinita (1949 - 1983), uma poetisa igualmente notável.


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Referência: 1806PG043
Local: 8-14-C-299


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