RUGENDAS. (Johann Moritz) HABITANTE DE GOYAS, QUADRO A ÓLEO PINTADO SOBRE MADEIRA.

     
 
 

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SANTOS BARROS. (J. H.) 20 ANOS DE LITERATURA E ARTE NOS AÇORES. 1957 - 1977.

Colecção Garajau. Nº 1. Série Estudos. Lisboa. 1977.

De 20x15 cm. Com 85 págs. Brochado; Dactipolicopiado.

Muito rara 1ª edição que contém bibliografia do autor, algumas notas introdutórias, índice onomástico, 18 estudos sobre poetas e escritores dos Açores.

José Henriques dos Santos Barros (Angra do Heroísmo 1946 - Mérida1983). Após a conclusão de estudos secundários, empregou-se como funcionário público.

Segundo João de Melo: «Anos depois, deu início àquela que viria a ser a «aventura» da sua vida: a poesia, a animação cultural, o suplementarismo e o ensaio literário, o sindicalismo, a literatura. A mobilização para a guerra colonial, como furriel miliciano, levou-o a Angola (entre 1969 e 1971). Foi a partir de então que nele mais se notabilizou uma extraordinária propensão para as coisas da cultura. O seu nome não pode deixar de associar-se a um movimento de renovação inscrito, nos Açores, desde a criação (por Carlos Faria) do suplemento 'Glacial' no jornal angrense A União (foi seu coordenador entre 1972 e 1974). J.H. Santos Barros acreditou na possibilidade de unir numa só frente uma postura de vanguarda ideológica, militante, com a ideia libertária de uma cultura em duplo: popular e de grupo.

Com outros intelectuais angrenses fundou a galeria de artes plásticas «Degrau»; animou cooperativas, sindicatos, rádios e jornais; fundou e dirigiu o suplemento «Cartaz» (nova série, 1972-1974) e a revista 'A Memória da Água-Viva', de parceria com Urbano Bettencourt (1978-1980). Mas foi no suplemento 'Contexto', do jornal Açores (residindo já em Lisboa, de 1979 até a data da sua morte) que mais e melhor sistematizou todo um trabalho de animação e coordenação. Esse trabalho estender-se-ia à crítica, à polémica literária, à ensaística de fundo e até a uma curiosa experiência heteronímica que o levaria a subscrever, com diversos nomes, posições e conceitos propositada e provocatoriamente contraditórios. Foi assim, por exemplo, em relação à controversa questão da existência (ou não) de uma 'literatura açoriana', que muito interessou os escritores açorianos da sua geração.

Como poeta, estreou-se aos 18 anos - dando-nos depois folhas, cadernos policopiados, opúsculos e excelentes livros de poemas. Como ensaísta literário, interessou-lhe a conjugação da 'açorianidade' (expressão sensíve1 do local e do regional insular) com a 'universalidade' potencial de toda a Literatura. Como contista (autor de alguns dispersos), andou pelos imaginários oníricos e surrealizantes. Deixou inédito um diário (O Aprendiz de Mundos) e raros poemas. No essencial da sua poesia, a fidelidade da radicação aos temas insulares não é de molde a inscrevê-la no tão pouco apreciado apego ao regionalismo da escrita literária. Pelo contrário, o regional e o tradicional de J.H. Santos Barros tornam-se matriz e ponto de partida da alternância ilha/mundo, ora no tom abrasivo de uma 'poética do quotidiano', ora na excelência de uma voz erguida à proclamação de versos como estes: 'Pregar um prego, lavar pratos, cortar a erva / custa. Mas nunca nada me custou tanto que / carregar um verso das coisas mais difíceis. A fazer / do outro lado da literatura os nós do mundo.' Faleceu num acidente de viação no sul de Espanha com a sua mulher Ivone Chinita (1949 - 1983) uma poetisa igualmente notável.


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Referência: 1807PG070
Local: SACO PG 20

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