RUGENDAS. (Johann Moritz) HABITANTE DE GOYAS, QUADRO A ÓLEO PINTADO SOBRE MADEIRA.

     
 
 

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ASSUNÇÃO BRANDÃO. (Frei Mateus da), Luís António Carlos Furtado de Mendonça e Faustino José da Madre de Deus. RESPOSTA Á CARTA I. DE NÃO SEI QUEM [18 FOLHETOS DE TRÊS AUTORES MIGUELISTAS CONTRA A MAÇONARIA E O LIBERALISMO]

Por Hum Amigo dos Portugueses. LISBOA: Na Impressão Regia. 1830. Com Licença.

18 Folhetos in 4.º encadernados num volume de 19,5x13,5 cm. Com 16; 23, [i]; 8; 11, [i]; 8; 11, [i]; 16, 8, 12; 15, [i]; 8, 19, [i]; 12, 16; 60; 27, [i em br.]; 34, [ii]; v, [i em br.], 166 págs.

Encadernação da época com lombada em pele e ferros a ouro com o título: "Miscellanea". Cortes das folhas mosqueados de azul.

Encadernação com desgastes de manuseamento nas pastas, nos cantos e à cabeça da charneira anterior

Na frente da primeira folha de duas em branco colocadas entre a folha de guarda e a de rosto tem um índice manuscrito em letra coeva das obras incluídas no volume, com numeração a lápis e paginação de cada uma. No verso da segunda folha em branco tem anotações a lápis relativas a Inocêncio e na folha de rosto do primeiro folheto apresenta a indicação dos autores dos folhetos anónimos: Doutor Frei Matheus d"Assumpção e o Prior Mor de Christo (de acordo com Inocêncio) manuscrita em letra coeva diferente da usada no índice.

Os folhetos encadernados neste volume são muito raros e importantes e formam um conjunto muito homogéneo e representativo para o estudo dos debates entre vários defensores do Antigo Regime, apoiantes do Miguelismo, nomeadamente a sua visão da Maçonaria: «facção anárquica e perversa» e dos maçons: «temíveis e venenosos monstros», «seita de monstros formados das escórias do inferno» segundo Faustino José da Madre de Deus, que Malheiro da Silva considera - «operoso publicista contra-revolucionário, muito interessante do ponto de vista doutrinário».

Os dois primeiros, da autoria de Frei Mateus da Assunção, um dos mais importantes ideólogos tradicionalistas, são respostas às duas primeiras cartas do Prior Mor de Cristo, D. Luís António Carlos Furtado de Mendonça, que havia de publicar um total de 19 cartas, sobre o mesmo assunto. Perante a Revolução de 1830, em França, que depôs o rei Carlos IX, o Prior Mor de Cristo escreve uma série de cartas para exortar os portugueses à fidelidade ao rei D. Miguel, enquanto Frei Mateus da Assunção defende que os portugueses são exemplos de grande fidelidade aos seus reis e não seguirão os terríveis exemplos de outros povos.

Os dois autores, tal como Faustino José da Madre de Deus, atacam repetidamente e com grande virulência a Maçonaria, que consideram ser responsável pela revolução francesa e por todos os males daí decorrentes, incluindo as lutas políticas em Portugal.

As quatro obras finais são da autoria de Faustino José da Madre de Deus, e além de críticas às posições políticas atribuídas a Garrett, (afinal eram de Midosi) incluem extensas e muito documentadas obras em que é feita uma análise totalmente negativa da Constituição de 1822 e da Carta Constitucional de 1826.

Lista dos folhetos n.º 2 a 18:

2 - ASSUNÇÃO. (Frei Mateus da) RESPOSTA Á CARTA II. DE NÃO SEI QUEM, Por Hum Amigo dos Portuguezes. LISBOA: Na Impressão Regia. 1830. Com Licença.

3 a 14 - FURTADO DE MENDONÇA. (D. Luís António Carlos) Prior da Ordem de Cristo. CARTA 2.ª [a CARTA XIII.] DE NÃO SEI QUEM A OUTRO QUE TAL. LISBOA, Na Impressão Regia. Anno 1830. Com Licença.

A Carta 1.ª e a Carta 2.ª têm folha de rosto, as restantes Cartas da 3.ª à 13.ª têm o pé de imprensa no fim do texto.

15 - MADRE DE DEUS. (Faustino José da) O COMBATE [sobre a Constituição de 1822] Dedicado Ao Serenissimo Senhor D. Miguel, Infante de Portugal, ou A Declaração e Protesto das CORTES Extraordinarias, combatido por Faustino José da Madre de Deos. Segunda Edição LISBOA. Na Imprensa da Rua dos Fanqueiros N.º 129 B. Anno 1824.

Segunda edição muito rara, que não é referida por Inocêncio. A primeira foi publicada em 1823.

16 - MADRE DE DEUS. (Faustino José da) POUCAS PALAVRAS SOBRE GARRET, Por Faustino José da Madre de Deos. Em Dezembro de 1828. LISBOA Na Impressão Regia. 1829. Com Licença.

Exemplar com assinatura de posse rasurada na folha de rosto.

Tinha por objecto combater e refutar o opúsculo - Quem é o legítimo rei?, que a final não era de Garrett, e sim de Paulo Midosi, ver Inocêncio IX, 204.

17 - MADRE DE DEUS. (Faustino José da) JUSTIFICAÇÃO DA DISSIDENCIA PORTUGUEZA Contra a CARTA CONSTITUCIONAL: Por Faustino José da Madre de Deos. Em Novembro de 1827. LISBOA:1828. Na Imprensa da Rua dos Fanqueiros N.º 129 B. Com licença.

18 - MADRE DE DEUS. (Faustino José da) A CONSTITUIÇÃO DE 1822 Commentada e Desenvolvida na Pratica Por Faustino José da Madre de Deos. LISBOA: Na Typografia Maigrense. 1823.

É 1.ª edição, foi publicada 2.ª edição no mesmo ano.

Frei Mateus da Assunção Brandão (Valença do Minho, 1781 - Roma, 1837) Monge Beneditino, professou a 15 de Outubro de 1796, Doutor em Teologia pela Universidade de Coimbra, em 1817, Pregador Régio, Censor Régio para exame e censura dos livros, Censor privativo da Imprensa Régia, nomeado em 1824, Deputado da Junta do exame e melhoramento temporal das Ordens religiosas, Ministro do tribunal da Nunciatura Apostólica; Sócio livre da Academia Real das Ciências de Lisboa. Foi autor de mais de uma vintena de obras e de traduções do francês, tais como: Historia abreviada das perseguições, assassinato e desterro do clero francez durante a revolução, Trad. em portuguez por ** M. B. Porto, na Ofic. de Antonio Alves Ribeiro, 1795, 2 volumes.

Luís António Carlos Furtado de Mendonça (Rio de Janeiro, 1765? - Lisboa, 1832) Estudou na Universidade de Coimbra entre 1783 e 1790 e obteve o grau de Doutor em Cânones a 18 de Julho de 1790; deão da sé de Braga, prior-mor da Ordem de Cristo, e depois nomeado arcebispo de Braga; sócio da Academia Real das Ciências de Lisboa. É autor das seguintes obras: Oração fúnebre nas solenes exéquias de D. Fr. Caetano Brandão, arcebispo de Braga, Lisboa, 1806; Oração gratulatória pela restauração do reino, de Portugal, Coimbra, 1808; Oração fúnebre nas exéquias da rainha D. Maria I, Rio de Janeiro, 1816; Oração gratulatória recitada na capela real do Rio de Janeiro pelos desposórios do príncipe real, Rio de Janeiro, 1818; Elenco dos erros, paradoxos e absurdos que contém a obra intitulada «O Cidadão Lusitano» oferecido á mocidade portuguesa, Lisboa, 1822; Pastoral do Prior-mor da Ordem de Cristo, Lisboa, 1823; As minhas observações à custa do Dr. Abrantes, Lisboa, 1825; Defesa do Prior-mor da Ordem de Cristo, Lisboa, 1827; Oração gratulatória, pelo restabelecimento da saúde d’el-rei o sr. D. Miguel, Lisboa, 1829; Cartas de Não sei quem a outro que tal, Lisboa; são ao todo 19 cartas, sendo as 13 primeiras publicadas em 1830 e as restantes em 1831; Carta pastoral ao clero e fieis da prelazia de Tomar, por ocasião da queda do governo constitucional, datada de 6 de Agosto de 1823, seguida duma epístola em latim ao sumo pontífice, Lisboa, 1823.

Faustino José da Madre de Deus de Sousa Coutinho (Lisboa, 1770? - 1833) Estudou no colégio de S. Lucas na Casa Pia, e foi discípulo em matemática do célebre professor José Anastácio da Cunha. Entrando depois no serviço da armada, chegou ao posto de segundo, ou primeiro Tenente, do qual se diz que pediu a demissão, por desgosto motivado pela preterição que sofrera. Lecionou em colégios e casas particulares, onde ensinava filosofia racional, e matemática elementar. Foi mação em tempos antigos, mas abandonou depois a sociedade, e escreveu contra ela. Residia na freguesia de S. Tomé, onde faleceu de cólera. Foi autor de cerca de uma vintena de obras e colaborou nos periódicos, Trombeta Final, e Gazeta de Lisboa, em 1828.

Referências:

PEREIRA. (Maria da Conceição Meireles) Mateus da Assunção Brandão versus José Agostinho de Macedo - Uma polémica em torno da Revolução Francesa. Actas do Colóquio A Recepção da Revolução Francesa em Portugal e no Brasil 2 a 9 de Novembro de 1989. Universidade do Porto. 1989, p. 305 a 321.

Arquivo da Universidade de Coimbra. Índice dos alunos 1537 - 1919. Luís António Carlos Furtado de Mendonça.

SILVA. (Armando Malheiro da) O discurso Ideo-Político de Faustino José da Madre de Deus. Contribuição para a história das Ideias Anti-Liberais em Portugal. In Estudos de História Contemporânea. Homenagem ao Professor Víctor de Sá. Organização do Centro de História da Universidade do Porto. Horizonte Histórico. Livros Horizonte. Lisboa p. 163 a

Inocêncio VI, 162-164 e XVII, 9-10. Mateus da Assunção Brandão.

Inocêncio V, 217-218 e XIII, 339-340. Luís António Carlos Furtado de Mendonça.

Inocêncio II, 253-254 e IX, 204. Faustino José da Madre de Deus de Sousa Coutinho.


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