Dedicado ao Serenissimo Senhor D. JOAÕ, Principe do Brazil. Composto por José Antonio da Rosa, Sargento Môr, e Lente de Artilheria na Real Academia Militar. Segunda impressão. Lisboa: M. D. CC. XCIV [1794]. Na R. Typ. de João António da Silva. Impresor de Sua Majestade. Com licença da Real Meza da Commissaõ Geral sobre o Exame e Censura dos Livros.

De 20x13 cm. Com [vi], 268, [v, i br.], [xxx] págs. Notável encadernação da época, inteira de pele, com belos e elaborados ferros a ouro nas pastas e na lombada com nervos e rótulo vermelho com título gravado. Folhas de guarda recentes em papel decorativo marmoreado ao gosto da época. Corte das folhas mosqueado a vermelho.

Ilustrado em extratexto com 10 quadros de dados em 7 desdobráveis, entre as páginas 106 e 107, e, nas últimas páginas não numeradas, com 15 gravuras desdobráveis, numeradas das I a XV, apresentando um total de 52 figuras muito detalhadas. Inclui uma vinheta com as armas reais no rosto; uma bela gravura a encabeçar a primeira página numerada representando duas explosões causadas pela detonação de minas, junto de uma fortaleza, com detalhes de destroços, canhões, soldados e cavalos a serem projetados no ar; uma inicial decorada também com as armas reais. Todas as gravuras e decorações foram abertas em chapa de metal.

Exemplar com cerca de três folhas antes do início e trinta e um folhas no final, todas em branco. A encadernação pode ter sido restaurada ou aproveitada de outro livro. Apresenta uma mancha à cabeça das gravuras junto ao festo.   

Obra rara. Inocêncio não refere esta edição, mas apenas a primeira, publicada em 1791.

Escrita pelo autor para servir de apoio às suas aulas na Real Academia de Artilharia, Fortificação e Desenho, trata das técnicas de construir minas para fazer desmoronar os panos de muralha das praças fortes e também da arte de executar contraminas. Esta terá sido a sua única obra dada ao prelo. 

Toda a atividade mineira é explicada em três secções, num total de vinte e sete capítulos. A primeira secção contém «Definições e instruções dadas aos mineiros até que cheguem à galeria ao lugar em que se deve construir a câmara»; a segunda «Da teoria da pólvora aplicada às minas, e do que o mineiro deve executar até as fazer voar»; a terceira aborda «Os diferentes sistemas de contraminas: da aplicação delas ao ataque e defesa das Praças».

José Antonio da Rosa (Mourão, 1745 - Lisboa, 1832) foi tenente general, conselheiro de guerra e comandante geral da artilharia. Deputado às Cortes Constituintes de 1821.

Ref.: Inocêncio, IV, 246. Porbase, S.A. 10323 P.; Internet Archive, urn:oclc:record:1042466448.