Coordenação... Metropolitanos de Lisboa. Lisboa. 1995.

De 30x24 cm. Com 57, [i] págs. Brochado. Profusamente ilustrado com fotografias, esquemas e projectos arquitectónicos a cores e a preto e branco.

Exemplar com danos no pé da lombada, marcas de manuseamento nas capas de brochura, dedicatória de oferta manuscrita a caneta azul na folha de rosto. Tem junto um guardanapo com dedicatória do artista Martins Correira, colado no verso da capa anterior.

«Martins Correia, na estação de Picoas, pretendeu visar, no seu traço figurativo, muito particular, uma situação popular onde as personagens se desenvolvem, ao longo de 12 painéis, em poses livres e dignas. Isto é, segundo ele, 'quis criar, dedicando à mui nobre e leal cidade de Lisboa, as atitudes e as expressões do nosso povo, sempre povo, mas com tendências dignificantes,... em tipo moderno, ou seja, numa situação nova de linhas modernas'.

Nas estações de metro é exigida uma nova postura estética de liberdade expressiva, em que os riscos, as formas e as cores se encontram misturados com os utentes. (...) 'A estação de Picoas é uma das estações onde se cruza muita gente. Tudo isso se presta a um dinamismo particular. No meu caso, é um dinamismo popular autêntico, com estilo, que se deseja superior. Tem uma movimentação e uma elegância própria, uma exigência de proporção e ritmo'.

Martins Correia ao pensar nos jovens espera que 'com a minha presença de artista estimulei a juventude ao trabalho e respeito pela moderna obra de arte e os seus artistas' e o seu desejo é que 'os jovens continuem a amar a minha a profissão - a nossa profissão de escultores portugueses - pela forma e estilo corrente expressionista da função poética'».

Joaquim Martins Correia (Golegã, 1910 – 1999) foi um professor e escultor português. Pertence à segunda geração de artistas modernistas portugueses.