Memórias de sua irmã... R. S. D. Instituto das Irmãs de Santa Dorotéia. Livraria Bertrand. Lisboa. MCMXLVI [1946].

De 25x18,5 cm. Com xiv, [iii], 725, [ii] págs. Encadernação inteira de pele com nervos e ferros a ouro na lombada e nas pastas em forma de esquadria. Folhas de guarda marmoreado. Ilustrado em extratexto sobre papel couché com fotografias a preto e branco.

Exemplar preserva as capas de brochura, picos de ascidez nas folhas preliminares e fináis.

D. Eugénia de Jesus Maria José de Sousa e Holstein Beck (1866 - 1937) Marquesa de Sesimbra, neta do 1.º Duque de Palmela e segunda filha do 1.º Marquês de Sesimbra. Professou na congregação das Doroteias, em 28 de Março de 1895, foi Superiora do Colégio do Sardão e Provincial de 1919 a 1937. Durante o seu provincialato conduziu o retorno a Portugal da sua Congregação, depois da expulsão em 1910, tendo providenciado a abertura ou reabertura de casas e colégios em Lisboa - Obra de Protecção às Raparigas em Santa Marinha, 1919; Colégio e escola gratuita na Gandarinha, em Sintra no ano de 1920, assim como colégios no Porto, Vila do Conde, Évora, Viseu e Covilhã. 

Foi também durante o seu período de governo da Congregação, a 16 de Julho de 1921, que Lúcia, Vidente de Fátima, entrou no Instituto Van-Zeller na cidade do Porto, único local de Portugal em que tinham ficado algumas irmãs incógnitas, tendo depois entrado no noviciado em Tui, onde proferiu os primeiros votos em 3 de Outubro de 1928 e os votos perpétuos no ano de 1934.

Lúcia teve aparições de Nossa Senhora, por várias vezes, enquanto esteve na Congregação até 1945 imprimindo uma forte marca mariana às Doroteias de Portugal. Por isso a Madre Monfalim convocou todas as Casas já abertas em Portugal para uma grande concentração em Fátima, a 21 de Maio de 1936, onde a Província Portuguesa das Doroteias foi consagrada à Virgem Maria.