RUGENDAS. (Johann Moritz) HABITANTE DE GOYAS, QUADRO A ÓLEO PINTADO SOBRE MADEIRA.

     
 
 

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BARBOSA MACHADO, Diogo. BIBLIOTHECA LUSITANA. Historica, Critica, e Cronologica.

NA QUAL SE COMPREHEDE A NOTICIA DOS AUTHOres Portuguezes, e das Obras, que compuseraõ desde o tempo da promulogaçaõ da Ley da Graça até o tempo presente OFFERECIDA À AUGUSTA MAGESTADE DE D. JOAÕ V. NOSSO SENHOR POR DIOGO BARBOSA MACHADO Ullyssiponense Abade da Parochial Igreja de Santo Adriaõ de Sever, e Academico do Numero da Academia Real. Tomo I. LISBOA OCCIDENTAL, Na Officina de ANTONIO ISIDORO DA FONSECA. Anno de M. D. CC. XXXXI. [1741] Com [lxxx], 767 pags. Tomo II. LISBOA: Na Officina de IGNACIO RODRIGUES. Anno de M. D. CC. XLVII. [1747] Com [iv] 926, [ii] pags. Tomo III. LISBOA: Na Officina de IGNACIO RODRIGUES. Anno de M. D. CC. LII. [1752] Com[iv], 798, [ii] pags. Tomo IV. QUE CONSTA DE MUITOS AUTHORES NOVAMENTE collocados na Bibliotheca, e de outros ilustrados, e emendados, impressos nos três Tomos precedentes. LISBOA, Na Officina Patriarcal de FRANCISCO LUIZ AMENO. M. DCC. LIX. [1759] Com [vi], 721, [v] pags.

Encadernações do início do século xx inteiras de marroquim vermelho de 36,5 x 23 cm., com ferros ricamente lavrados a ouro e a seco nas lombadas e nas pastas. Cortes dourados por folhas.

Exemplar  Ilustrado com uma magnífica e rara gravura desdobrável do autor assinada Kelberg pixit S. H. Thomassin Scup. e espetaculares vinhetas e letras capitulares gravadas por Debrie.

Exemplar com ex-libris de Bernardino Ribeiro de Carvalho e com falta de dois fólios às páginas 505 a 508 [Aaaaa e Aaaaa ii] do iv volume referentes ao índex das matérias da obra. Apresenta também um pequeno e antigo restauro marginal, no último fólio inumerado do iv volume correspondente à uma folha de erratas, atingindo um pouco o texto que encontra substituído por texto manuscrito.

Obra de grande raridade no mercado português e internacional e que muito poucas bibliotecas podem apresentar na sua edição original.

Diogo Barbosa Machado é o pai da bibliografia portuguesa por ter publicado a obra Biblioteca Lusitana, que é um dos raros monumentos tipográficos portugueses. Todos os bibliógrafos portugueses que lhe seguiram (ou que venham a seguir) trabalharam baseados na sua colossal obra. Por exemplo Inocêncio ao iniciar a seu Dicionário Bibliográfico descartou automaticamente os livros portugueses impressos em latim, remetendo a consulta dos mesmos para a Biblioteca Lusitana de Barbosa Machado.

A sua obra principal do ponto de vista tipográfico e cultural apenas é comparável ao Vocabulário de Bluteau. Ambas foram publicadas na sumptuosidade da magnificência vivida em Portugal no reinado de D. João V. No entanto a grande importância da Biblioteca Lusitana está no fabuloso trabalho de pesquisa biográfica acerca dos autores portugueses que publicaram livros tanto em Portugal como no estrangeiro, em língua portuguesa, latina ou em outras.

Este mesmo trabalho é a principal fonte da historiografia portuguesa, abrange um período de tempo que vai desde a invenção da impressa até ao governo do Marquês de Pombal. Sem esta obra muitos nomes e factos importantes da nossa história teriam desaparecido irremediavelmente da nossa memória coletiva.

Inocêncio II, 144. “DIOGO BARBOSA MACHADO, Presbytero secular, Abbade da igreja parochial de Sancto Adrião de Sever, no bispado do Porto, um dos primeiros cincoenta academicos da Academia Real da Historia Portugueza, etc. etc. - Foi natural de Lisboa, filho segundo do capitão João Barbosa Machado e de sua mulher D. Catharina Barbosa, teve por irmãos D. José Barbosa, mais velho, e Ignacio Barbosa Machado, mais novo que elle, ambos distinctos escriptores, dos quaes faço a devida memoria em seus logares. - N. a 31 de Março de 1682, e depois de larga vida, consagrada ao exercicio e cultura das letras, faleceu na mesma cidade a 9 de Agosto de 1772, sendo sepultado o seu cadaver na igreja dos padres da Congregação da Missão, em Rilhafoles. Para mais amplo conhecimento das acções e trabalhos litterarios d"este varão illustre, cuja memoria será sempre chara e universalmente respeitada dos bibliographos e amadores das letras portuguezas, veja se além do que elle de si escreveu no tomo I pag. 634, e tomo IV pag. 93 da sua Bibl. Lusit., o pequeno folheto, hoje mui pouco vulgar, e de que possuo com merecida estimação um exemplar, intitulado: Oração funebre nas exequias do Reverendo Sr. Diogo Barbosa Machado, Abbade Reservatario da igreja de Sancto Adrião de Sever etc...... celebradas na ermida de N. S. da Conceição no sitio de Rilhafoles, em o dia 9 de Septembro de 1772. Lisboa, na R. Offic. Typ. 1773. 8.º de 43 pag. O abbade Barbosa foi, como não podia deixar de ser pela natureza dos seus estudos, um zeloso e apaixonado bibliophilo. A custa de muitos sacrificios e despezas, e com insaciavel curiosidade conseguiu reunir uma copiosa e selecta livraria, composta de alguns milhares de volumes, em que principalmente se incluiam os livros mais raros, pertencentes á historia portugueza, e uma immensidade de opusculos avulsos, e noticias do mesmo genero, colligidas em mais de cem tomos de folio pequeno. Havia tambem dous volumes de formato maximo, contendo 690 retratos antigos e modernos de reis, principes e infantes de Portugal; quatro tomos da mesma forma, que continham 1:380 retratos de portuguezes celebres; e mais um tomo, exclusivamente formado de cartas e mappas geographicos do reino e suas conquistas. Todas estas preciosidades foram por elle offerecidas a elrei D. José, que as fez depositar no seu paço, para com ellas compensar a perda da antiga bibliotheca regia, consumida no terremoto de 1755. Transportadas depois para o Brasil, por occasião da retirada do senhor D. João VI para aquelles estados, constituem ainda hoje a maior parte do fundo primitivo com que se organisou a bibliotheca publica do Rio de Janeiro. O catalogo das obras impressas de Barbosa, chronologicamente enunciadas na ordem por que elle as apresenta (com excepção da Bibl. Lusit. que reservo para ultimo logar) é como se segue: 112) (C) Bibliotheca Lusitana, Historica, Critica, e Chronologica, na qual se comprehende a noticia dos auctores portuguezes, e das obras que compuzeram desde o tempo da promulgação da Lei da Graça até o tempo presente. Offerecida á Augusta Magestade de D. João V nosso senhor. Tomo I. Lisboa, na Offic. de Antonio Isidoro da Fonseca 1741. fol. gr. de LXXVIII 767 pag., com o retrato do auctor gravado por Thomassin. Comprehende alem do prologo, licenças, elogios etc. as letras A a E. Bibliotheca Lusitana etc. offerecida ao Ex.mo e R.mo Sr. D. Fr. José Maria da Fonseca e Evora, Bispo do Porto, do Conselho de Sua Magestade. Tomo II. Lisboa, na Offic. de Ignacio Rodrigues. 1747. fol. gr. de 527 pag. (contendo as letras F a I ) - Assim se publicou este segundo volume. Alguns porém extranharam, que tendo sido o primeiro tomo dedicado a elrei, o segundo o fosse ao bispo do Porto: e quer por conselhos de amigos, quer por ordem ou insinuação superior, o auctor teve de fazer arrancar a todos os exemplares do dito segundo volume o rosto e dedicatoria, e substituil os por novos frontispicios. Procedendo se com tanta diligencia e cuidado n"esta substituição, que é hoje não só raro, mas rarissimo encontrar algum exemplar da Bibliotheca com o segundo tomo dedicado ao bispo do Porto, tal como primeiramente appareceu publicado. Bibliotheca Lusitana etc. Tomo III. Lisboa, na Off. de Ignacio Rodrigues 1752. fol gr. de 799 pag. (Comprehende as letras L a Z.) - Este terceiro tomo apresenta a singularidade notavel de apparecerem d"elle menos exemplares que de qualquer dos outros, de maneira que muitos jogos da obra existem incompletos por falta do terceiro volume. Eu não o possuo tendo na minha pequena collecção os outros tres. Tonho ouvido interpretar por diversos modos a razão d"este facto; e ainda não ha muito me communicou o meu amigo o sr. A. J. Moreira o que em tempos mais antigos ouvíra a este respeito ao academico Pedro José de Figueiredo, homem sisudo e sabedor das tradições que corriam entre os seus contemporaneos, muitos dos quaes o foram de Barbosa. Dizia se que este, sendo de genio violento e irascivel. se apaixonára por ver que a obra não obtivera a extracção que se promettia; e que indignado pelas censuras e reparos, talvez injustos, dos seus emulos, levara o agastamento a ponto de, n"um accesso de cholera, destruir e inutilisar todos os exemplares do torceiro tomo que tinha em seu poder. Confesso que esta explicação me não parece de todo plausivel, e satisfatoria; mas apresento a tal qual a recebi. Bibliotlheca Lusitana etc. Tomo IV. Lisboa, na Off. Patriarchal de Francisco Luis Ameno 1759. fol. gr. de VI 725 pag. (Contém addições, illustrações e emendas aos tres primeiros volumes, e os indices geraes de todos.) Esta obra, que em tempos antigos se vendeu por elevados preços (e ainda Monsenhor Ferreira Gordo adquiriu por 38:400 réis o exemplar que possuia na sua bibliotheca) foi decrescendo de valor, maximè quando affluiram ao mercado alguns exemplares na epocha da suppressão dos conventos. Estes escacearam successivamente, sendo procurados para dentro e fóra do reino, e tornaram se a final de difficil acquisição, dando isso logar a que o valor da obra augmentasse d"então para cá; e julgo que algum exemplar que hoje appareça deverá valer quantia excedente á que fica mencionada. O exemplar que existe na livraria do falecido Joaquim Pereira da Gosta foi comtudo avaliado no respectivo inventario em 19:200 réis. Barbosa declara na Bibl. tomo I pag. 295, que fornecêra a Moreri mais de trezentos elogios de auctores portuguezes, os quaes elle incluíra no novo supplemento ao seu Dictionnaire Historique da edição de 1725; e são todos os que ahi se distinguem com as palavras Mem. de Portug., ou Bibl. Port. ms.” Inocêncio IX, 120. Quanto á Bibliotheca Lusitana (cujos preços tem regulado ultimamente de 40:000 a 50:000 réis) li ha tempos, com grande admiração, ou antes extranheza, na Historia de la Literatura Española de G. Ticknor, traduzida e annotada pelo muito erudito critico, arabista e bibliographo hespanhol o sr. D. Pascual de Gayangos, no tomo III, pag. 401, que esta importante obra é tambem desgraçadamente uma das mais raras, por haver perecido a maior parte do tomo IV no incendio que se seguiu ao lastimoso terramoto de Lisboa em 1755...!!! E isto diz-se, quando o tomo IV da Bibl. só veiu a imprimir-se quatro annos depois do terramoto no de 1760!! Eis-aqui desgraçadamente os lapsos em que se deixam cahir até os mais instruidos e abalisados estrangeiros, sempre que se lhes offerece occasião para tractarem de cousa que nos diga respeito.”


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Referência: 1307CS002
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