I. Mare, ex Iure Naturae seu Gentium, omnium hominum non esse Commune, sed Dominii privati seu Proprietatis capax, pariter ac Tellurem, esse demonstratur. II. Serenissimun Magnae Britanniae Regem Maris circumflui, ut individuae atque perpetuae Imperii Britannici appendicis, Dominium esse asferitur. Accedunt Marci Zverii Bozhornii Apologia Pro navigationibus Hollandorum adversus Pontvm Hevtervm, et Tractatvs Mvtvi Commercii & navigationis inter Henricvm VII. Regem Angliae & Philippvm Archiducem Austriae. LONDINI, Iuxta Exemplar Will. Stanesbeii pro Richardo Meighen. M DC XXXVI. [1636].

In 8.º (de 15.5x9 cm) com [xxiv], 504, 61 pags.

Encadernação da época em pergaminho com título manuscrito na lombada.

Ilustrado com gravuras no texto sendo que 2 mapas são da Inglaterra em página inteira.

Frontispício impresso preto e a vermelho. Algumas passagens no texto em caracteres àrabes e hebraico.

Obra jurídica sobre o direito jurisdicional e comercial dos reis sobre os mares do Oriente e da América onde se refuta a obra do holandês Hugo Grocio «Mare Liberum», publicada na Holanda em 1608. Esta polémica gerou uma discussão europeia em torno dos direitos adquiridos pelos portugueses com os Descobrimentos, as várias bulas papais concedidas a favor do «Mare Clausum» e sobretudo sobre a livre circulação de mercadorias e capitais no mundo, influenciando assim de forma capital o «Direito das Gentes», A polémica ganhou nova importância quando em 1635 John Selden publica a obra Mare Clausum Seu De Dominio Maris, defendendo os interesses ingleses, quando os seus monarcas quiseram proibir os pescadores holandeses de utilizar a suas águas para pescar.

'Mare Clausum was probably the most widely read of all Selden’s treatises. The work considered the question of dominion of the seas. The title literally translated from Latin means enclosed sea, in pointed opposition to the work Mare Liberum, or free sea, published by Hugo Grotius in 1609. While Grotius, a prominent Dutch legal scholar, argued that the sea was openly navigable by all countries for trade, Selden countered that the sea was as subject to a country’s private dominion as land. Mare Clausum provided the basis of England’s official position on the seas for over 100 years. Although in time Seldens argument failed, his participation in the debate helped launch the field of modern international law. Mare Clausum has a secure place in the canon of classic legal texts.' - in Tarlton Law Library, Univ. of Texas.