QVAE AMPLISSIMI PHILOSOPHICI ORDINIS IVSSV AD VSVM ACADEMICVM ELVCVBRAVIT EMMANUEL IOSEPHVS BARJONA. CONIMBRICAE [Coimbra], TYPIS ACADEMICIS: A. D. cIc. Iccc. LXXXXVIII. [1798].

In 8.º (de 15x10 cm) com xii, 302 pags.+ 4 gravuras desdobráveis.

Encadernação da época inteira de pele com finos ferros a ouro na lombada.

Ilustrado com 4 estampas desdobráveis em extratexto, mostrando a forma de extrair, triturar, decantar/seleccionar, e processar os metais em fornos e cadinhos.

Obra contém os processos de elaborar as ligas metálicas dos metais nobres (ouro, prata, platina, etc).

Inocêncio XVI, 287: “Manuel José Barjona, Doutor e Lente da Faculdade de Filosofia na Universidade de Coimbra, e natural da mesma cidade. Era cavaleiro professo na ordem de Cristo. Desde 1791 até 1828 exerceu o magistério, primeiro na qualidade de Lente substituto, e depois na de proprietário da cadeira de Zoologia e Mineralogia. Menos feliz que o seu colega Manuel de Serpa Machado com quanto se recusasse a reconhecer e jurar o sr. D. Miguel como reinante, e até a subscrever o auto, que em tais ocasiões era de uso lavrar se na Universidade, o pobre Barjona, então septuagenário, foi logo preso na cadeia da Universidade em Junho de 1828, e processado como revolucionário e desafecto ao governo, valendo lhe apenas a influência e protecção de um realista seu discípulo e amigo para que lhe concedessem livrar-se em Coimbra, e não perante a Alçada do Porto, como lhe estava destinado. Na falta de prova bastante para o condenarem foi solto, ficando porém sob a vigilância da polícia, que nunca o perdeu de vista! Á prisão e processo seguiu se a demissão, e com esta a perda do ordenado de lente, conservando-se-lhe contudo uma pensão como compensação dos Compêndios de Metalurgia e Mineralogia, que eram propriedade sua, e de que a Faculdade se servia no ensino das respectivas cadeiras. Em tão tristes circunstâncias, privado dos auxílios de seu filho o Sr. Dr. Antonio Joaquim Barjona, que andava então emigrado por Galiza e Inglaterra, o infeliz velho vendeu tudo o que possuía, e contraiu não poucas dívidas, valendo-se da generosidade de amigos entre os quais se contavam até alguns realistas, que o conheciam de perto, e apreciavam o seu mérito e boas qualidades. Nesta penosa e amargurada situação agravaram-se-lhe os padecimentos próprios da idade, e faleceu miseravelmente em 1831.

832) Metallurgiœ Elementa, quœ amplissimi Philosophici Ordinis jussu ad usum academicien elucubravit. Conimbriæ, Typ. Acad. 1708. [aliás 1798] 8.º de XII 302 pag., com quatro estampas. Estas obras deixaram desde muito tempo de servir de compêndios no ensino das respectivas disciplinas.

 Binding: contemporary full calf gilt at spine.

Illustrated with 4 folding plates hors-text, showing how to extract, grind, decant / select, and process the metals in furnaces and crucibles. This work contains the procedures for preparing the alloys of heavy metals (gold, silver, platinum, etc).

Inocêncio XVI , 287 : 'José Manuel Barjona , and Doctor of the University of Coimbra, and a native of the same town, Knight of the Order of Christ. Since 1791 until 1828 he held the chair of Zoology and Mineralogy. Less happy than his colleague Manuel de Serpa Machado he refused to recognize King Miguel as reigning. The poor Barjona then septuagenarian was soon arrested at the University jail in June 1828, and processed as revolutionary with the only influence and protection of a realistic disciple and friend to grant him get rid of Coimbra. In the absence of sufficient evidence to convict was released, but getting under the surveillance of the police, who never lost him sight! This painful and bitter situation worsened her own ailments of age, and died miserably in 1831. In middle 19th Century his works have left a long time to serve as textbooks in teaching their respective disciplines”.